Wednesday, September 27, 2006

Tribunal rejeita anulação de eleições na P. do Sol

Tribunal rejeita anulação de eleições na P. do Sol

"Azelhice" por não ter havido recurso hierárquico leva a rejeição da acção que pedia a anulação das eleições para o conselho executivo

Gabriela Pombo foi reeleita num acto contestado por Lurdes Conduto.

in Dn a 27-09-2006

O Tribunal Administrativo de Círculo do Funchal (TACF) rejeitou uma acção interposta pela professora Maria de Lurdes Conduto que pedia a anulação do acto eleitoral para o Conselho Executivo da Escola Básica e Secundária da Ponta do Sol ocorrido a 17 de Julho último.

Lurdes Conduto era candidata e mandatária da lista A que perdeu as eleições para a lista B por uma diferença de 6 votos (92 da lista A contra 98 da lista B tendo havido 5 votos em branco).

Inconformada, a professora Lurdes recorreu ao TACF alegando, entre outras coisas, irregularidades nos cadernos eleitorais assim como na convocatória de encarregados de educação e alunos para a eleição dos seus representantes à assembleia eleitoral.

Pedia-se a repetição de todo o processo eleitoral mas o TACF, sem sequer debruçar-se sobre a questão de fundo, rejeitou o pedido por desrespeito ao regime jurídico que obriga a que haja recurso hierárquico (esgotamento da via graciosa) antes do recurso à via litigiosa.

A petição, que deu entrada a 14 de Agosto, diz que houve recurso para o Secretário da Educação que, a 1 de Agosto, indeferiu o pedido de anulação das eleições.

A sentença proferida a 13 de Setembro último diz que não foi atacado o acto homologatório dos resultados com data de 7 de Agosto. Seria esse o acto a impugnar, o que não aconteceu.

«Deveria ter havido recurso hierárquico, necessário, com efeito suspensivo, para o Secretário Regional da Educação, contra o acto de homologação. Não houve», remata a sentença que pode ser objecto de recurso para o TCA.



Emanuel Silva

Thursday, September 21, 2006

Jardim denuncia estratégia "criminosa" de Lisboa


Jardim denuncia estratégia "criminosa" de Lisboa

As provocações da República visam, em última instância, a autonomia regional da Madeira

in DN a 21-09-2006



Alberto João Jardim denunciou ontem, na Ponta do Sol, a estratégia de provocações de Lisboa e garantiu que, ao contrário do que esperam, está disposto a "jogar ao gato e ao rato" com o Governo de José Sócrates. O que é certo é que não dará argumentos para que digam, na Assembleia da República e ao Presidente da República, que «a pátria está em perigo».

Na inauguração do infantário do Livramento, na Ponta do Sol, o presidente do Governo falou das invejas e das provocações, mas também da atitude criminosa que Lisboa está a ter com os madeirenses. «Nem sequer é com o Alberto João», mas com a população, a quem se pede que seja solidária e se retira direitos e dinheiro. E isso, na opinião do chefe do executivo, «é criminoso», pois significa que, na Madeira, o povo não terá as mesmas condições que no resto do território português.

Isso, explicou depois, é uma provocação, um ataque à autonomia regional, uma forma de atingir a Assembleia Legislativa. Aliás, já com o discurso feito, a placa descerrada e as instalações visitadas, Alberto João Jardim confessou aos jornalistas que em Lisboa há uma estratégia deliberada de provocação. Todos os dias, de um modo ou de outro, tentam provocar, com a questão do dinheiro, reacções excessivas no Governo e no PSD. «Fazem isso conhecendo o meu feitio e o de alguns companheiros de partido».

O objectivo é dizer, com base nessas reacções, que «a pátria está em perigo» na Assembleia da República e ao Presidente da República . No entanto, Jardim, que já percebeu as intenções, está disposto a aguentar, a "jogar ao gato e ao rato". As reacções excessivas só tem quando quer. No fim, se verá quem ganhou o combate.


Marta Caires

Criminosos na mira de Jardim


Presidente recusa que a Madeira seja solidária à força com as asneiras do Estado

Criminosos na mira de Jardim



Jardim não esteve ontem pelos ajustes na inauguração de um infantário na Ponta do Sol. Denunciou as manobras que estão a ser feitas para que a Madeira pare o percurso de desenvolvimento, lembrando que houve História antes da Autonomia. E com muito dinheiro mandado para Lisboa.


in JM a 21-09-2006

Alberto João Jardim, que por euquanto se recusa a qualificar pessoalmente, o ministro das Finanças, classifica de loucura os cortes provocados pelo governante no que toca aos pagamentos para as obras públicas até ao final do ano.

«Toda a gente sabe que todos os portugueses são iguais à face da Lei». Esta foi uma das frases de Alberto João Jardim, ontem, pouco antes de explicar que «é criminoso estar a tirar os meios que permitam ao povo madeirense ter igualdade de direitos ao do continente».
A medida que o Governo da República quer tomar para provocar uma asfixia às contas da Região, é uma forma de tentar fazer com que a Madeira seja «solidária» à força com o Estado, algo terminantemente recusado pelo chefe do Executivo por três razões: a História da Madeira começa antes de 1976, quando se deu a autonomia, estivemos 550 anos a mandar dinheiro para Lisboa e a insularidade torna as coisas mais caras.
Alberto João Jardim, que por euquanto se recusa a qualificar pessoalmente, o ministro das Finanças, classifica de loucura os cortes provocados pelo governante no que toca aos pagamentos para as obras públicas até ao final do ano.
O líder do Executivo recordou, então, que «há trinta anos que andamos a dizer que as políticas de Lisboa estão erradas, tendo alertado o suficiente para agora questionar o que é isto que nos estão a fazer».
Por outro lado, o presidente do Governo Regional não entende porque é que «querem que os madeirenses sejam solidários com ele, mas dizem que não são solidários com os madeirenses». «Parece que está tudo louco», concluiu Jardim.
Antes de terminar, garantindo que não será solidário com os que fizeram asneiras, o governante classificou de mais grave ainda o facto de na Madeira existirem pessoas que colaboram com a pouca vergonha que essa gente está a fazer ao povo madeirense, porque é triste ver os nossos a nos trair».
Jardim não se esqueceu de cumprimentar o ex-autarca António Lobo, que esteve presente na cerimónia.
Por seu lado, quando usou da palavra, Rui Marques, o presidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol, aproveitou para pedir a Jardim que continue a dar uma «mãozinha» ao concelho.


Cristina Costa e Silva

Tuesday, September 12, 2006

Parapente encantou Pt. Sol

Desporto

Parapente encantou Pt. Sol

12-09-2006

O concelho da Ponta do Sol devido a sua aerologia é um concelho óptimo para a prática da modalidade da Parapente, pois possui uma excelente encosta desde a Madalena do Mar até aos Canhas, assim como condições meteorológicas impares.

Foi neste contexto que a Associação de Parapente da Madeira aproveitou as comemorações dos 505 anos do Concelho da Ponta do Sol para em conjunto com a autarquia local criar uma nova infra-estrutura para o Voo Livre.



Assim, esta Câmara Municipal na pessoa do presidente Rui Marques encetou mecanismos para que fosse possível a autorização dos donos do terreno para criar-se uma descolagem nova para a realização do II Torneio de Parapente da Madeira, evento denominado "Torneio de Parapente da Ponta do Sol" e aproveitar o momento para "testar" e confirmar as potencialidades do novo local de voo.

No sábado após alguns voos de experimentação vários populares quiseram inclusive experimentar a sensação de voo, através de um baptismo de voo. Já no domingo, e após vários voos de lazer, os pilotos de competição realizaram uma manga que devido ao excesso calor (quer ao nível do mar e em altitude) acabou por ser uma prova com pouca distância, pois nenhum piloto chegou a meta de chegada "Marina do Lugar de Baixo".

No entanto, o entusiasmo foi enorme entre os pilotos, pois mais importante do que a realização do evento foi a modalidade ter ganho mais uma infra-estrutura.

Jet Ski: GP Ponta do Sol confirma lideranças



Breves

Jet Ski: GP Ponta do Sol confirma lideranças

in JM a 12-09-2006

Laurindo Mendonça (geral “endurance” e Runabout Absoluta), Emanuel Mendonça (Runabout Stock 2 Tempos), António Paulo (Runabout Stock 4 Tempos), Diogo Nóbrega (Ski Juvenil) e António Cardoso (Ski Promoção) foram os grandes vencedores do Grande Prémio de Jet Ski da Ponta do Sol, 6.ª prova do Campeonato Regional de 2006, disputada no último domingo, no Lugar de Baixo. Mais uma “jornada” coroada de êxito, numa altura em que as classificações começam a ficar definidas. Assim, no “closed course” (bóias), em Ski Juvenil, lidera Diogo Nóbrega (699 pontos), com João Sousa em 2.º (605) e João André Luís em 3.º (584). Em Ski Promoção, comanda Tiago Silva (664 pontos), secundado por António Cardoso (586) e Frederico Gomes (293). Na disciplina de “endurance” (resistência), a geral tem como líder Laurindo Mendonça (689 pontos), João Gonçalves é 2.º (588) e Emanuel Mendonça 3.º (470). Por categorias, Laurindo Mendonça é líder na “Runabout Absoluta” (720 pontos), na “Runabout Stock 2 Tempos” comanda Emanuel Menonça (653 pontos) e sem oposição por parte de Francisco Andrade (161) e Roberto Gouveia (149). Já em “Runabout Stock 4 Tempos” João Gonçalves está destacado na frente (678 pontos), Francisco Mendonça é 2.º (447) e António Paulo o 3.º (360).

Vasco Sousa

Parapente

in JM a 10-09-2006


Breves

Parapente: nova descolagem dos Canhas


Numa organização da Associação de Parapente da Madeira (APRA Madeira), com o apoio da Câmara Municipal da Ponta do Sol está a decorrer este fim-de-semana a 2.ª prova do campeonato, evento denominado de Torneio da Ponta do Sol. Inserido nas comemorações dos 505 anos do referido concelho, a autarquia pontassolense disponibilizou aos pilotos de voo livre (parapente e asa delta) uma nova descolagem, situada nos Canhas para poderem realizar a prova, aproveitando as excelentes condições de aerologia da localidade, bem como da Madalena do Mar.

Voos de lazer e baptismos de voo

É neste contexto, que se irá desenrolar a 2.ª “etapa” do campeonato de parapente da Madeira, com a participação também dos pilotos do Aeroclube da Madeira, onde se pretende realizar paralelamente à prova, voos de lazer e baptismos de voo. Um fim-de-semana que constitui uma excelente oportunidade para testar todas as condições de voo da nova descolagem, tirando depois conclusões sobre a instalação definitiva da mesma. Relativamente à prova, o “briefing” realizou-se ontem pelo meio dia, nos Canhas, e, depois de analisadas as condições meteorológicas, a comissão de pilotos, conjuntamente com o director de prova (Nuno Gomes) decidiram pelo percurso da prova. Os voos de lazer e baptismos de voo começaram, entretanto, por volta das 10h30.


Vasco Sousa

Jet Ski e Moto Rally

in JM a 10-09-2006

Breves

Jet Ski em acção na Ponta do Sol

A Associação Jet Ski e Motonáutica da Madeira (AJET) e Câmara Municipal da Ponta do Sol levam a efeito hoje à 6.ª prova do Campeonato Regional de 2006, no Lugar de Baixo. O programa contempla duas mangas nas disciplinas de “endurance” (resistência) e de “closed course” (bóias). Os primeiros pilotos a entrar em acção são os da disciplina de “endurance”, com a 1.ª manga (11h00), para depois ser a vez dos jovem de ski juvenil e promoção (11h45). As 2.ªs mangas acontecem às 14h00 (“endurance”) e 14h45 “bóias”, respectivamente.



VIII Moto Rally “acelera” a Oeste
A 6.ª prova do Campeonato Regional de todo-o-terreno de motociclismo vai hoje para a estrada, com a realização do VIII Moto Rally Ponta do Sol, iniciativa sob responsabilidade da AD Pontassolense. Pilotos e máquinas terão pela frente cinco PEC, entre as 12h30 e as 16h30, nomeadamente com as “especiais” Pomar D. João/Muro Branco, com seis km, Moreirinha/Cova dos Louros, também seis km, nova passagem pelos dois primeiros “troços” e final com a classificativa Pomar D. João/Cova dos Louros, com cinco mil metros. A entrega de prémios e o jantar de encerramento finalizam o evento (19h00).

Monday, September 11, 2006

Para a frente e firmes

Jardim diz que geração da Autonomia é “arejada” e não se deixa enganar



Para a frente e firmes

in JM a 09-09-2006



Alberto João Jardim e Rui Marques, duas gerações de autonomistas. Na sessão solene dos 505 anos do concelho da Ponta do Sol, o presidente do Governo Regional teceu fortes elogios à nova geração da Autonomia, personificada no mais jovem presidente de Câmara.

O presidente do Governo Regional garantiu, ontem, na Sessão Comemorativa dos 505 Anos do Concelho da Ponta do Sol, que apesar das dificuldades e desafios que se colocam à Região, a Madeira não irá andar para trás. Muito pelo contrário. “Nós vamos para a frente. Com prudência, mas para a frente e firmes!”
Explicando que o desenvolvimento regional é irreversível, Jardim não se arrepende das políticas e decisões tomadas. “A preocupação da Madeira foi e é sempre fazer o mais possível e o mais depressa possível, nem que tenha de recorrer à dívida pública”. O chefe do Executivo defende que “se deve antecipar o mais possível o desenvolvimento integrado das populações. É esse o caminho que vamos seguir”, prometeu, independentemente do que querem “os colaboracionistas que fazem o frete a Lisboa e que ainda têm alma de escravo e que tentam sabotar o trabalho que estamos a fazer”. Por isso, pediu aos madeirenses para que “não tenham medo, porque vamos é para a frente e de uma maneira positiva”.
Jardim disse ainda para não terem pena dele, porque “está mais do que experimentado a levar pancada e a lutar”.
“Quero ganhar não só os actuais desafios, por muito miseráveis que eles sejam e que se nos estão a pôr agora, como também quero contribuir para que ganhemos os desafios do futuro”, sublinhou.
Jardim depositou ainda confiança na “geração da Autonomia”, representada pelo autarca pontassolense Rui Marques, a quem teceu largos elogios. “Esta geração da Autonomia já não vai ser tão enganada como os colaboracionistas actuais dos movimentos que querem afogar a sobrevivência da Madeira. Esta geração da Autonomia é arejada e, por isso, não contem com eles para voltar atrás. Contem com eles para a Madeira ser mais autónoma”, disse.
Há apenas dez meses na edilidiades, o mais jovem presidente de Câmara da Madeira fez um balanço do seu trabalho e da sua equipa. “Este tem sido um ano de “arrumar a casa”, tomar pulso à gestão da Câmara, de não cometer loucuras e tentar, na medida do possível, estabilizar a nossa situação financeira”, apontou Rui Marques.
Num primeiro ano de “contenção financeira”, foram várias as obras concretizadas e enumeradas pelo edil, para além dos apoios dados pela autarquia aos níveis culturais, desportivos e recreativos. “Este ano, o apoio ascendeu a mais de 400 mil euros”. No total, a edilidade gastou 7 milhões de euros, “em termos de encargos assumidos e pagos, até à presente data”. Rui Marques falou ainda dos projectos futuros, como a revisão do PDM e a apresentação do novo documento, no primeiro semestre de 2007.

Marques desafia autarcas do PS
O presidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol referiu, no seu discurso comemorativo dos 505 anos do concelho, que actualmente, a edilidade só pode contar com o apoio do Governo Regional, «já que da parte do Governo Central só nos chegam mais notícias», como por exemplo, o projecto de lei das finanças locais, que prevê mais competências aos municípios mas com menos verbas e que se traduz numa das «tentativas de afogamento financeiro aos municípios».
Perante esta situação, Rui Marques aproveitou a ocasião para deixar um desafio aos vereadores do PS: «solicito-os a tomarem uma posição pública relativamente à nova lei de finanças locais, em defesa dos interesses do município e de todos os pontassolenses. Já que tomam uma posição contra tudo e todos, desafio-os a se pronunciarem sobre o assunto».

Paula Abreu

Festas do Concelho 2006

Rui Marques desvaloriza polémica

in DN a 11-09-2006

Rui Marques desvaloriza polémica

O edil diz que a Câmara tem as armas para «lutar contra estes desestabilizadores»


O presidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol, Rui Marques, assumiu, ao DIÁRIO, que «eventualmente podem ter sido apresentadas queixas» quanto ao ruído provocado pela festa The Tube, organizada pela discoteca Vespas.

Rui Marques disse saber quem são as pessoas que avançaram com queixas sobre os ruídos. «São os mesmos populares que boicotaram o Madeira Paradise que ia acontecer na marina do Lugar de Baixo e que querem, novamente, causar problemas».

No que se refere ao ruído, o autarca não percebe o motivo das críticas avançadas porque, «em 365 dias, utilizámos apenas seis horas para fazermos uma festa para os jovens».

Rui Marques desvaloriza as críticas porque «eu estava na marginal e não conseguia ouvir tanto barulho como afirmam essas pessoas».

O presidente da edilidade ponta-solense aproveitou o momento para deixar claro que «a Câmara tem as suas armas para lutar contra esses desestabilizadores que na infância não tiveram oportunidade de se divertirem».

A festa, organizada pela discoteca Vespas, realizou-se na madrugada de domingo no túnel da Ponta do Sol (que actualmente serve de parque automóvel) e aconteceu no âmbito das comemorações dos 505 anos daquele concelho.

Música das Vespas na Ponta do Sol motiva várias queixas na PSP

O volume intenso dos sons electrizantes fez com que algumas casas do concelho da Ribeira Brava estremecessem

in DN a 11-09-2006


Música das Vespas ao vivo no túnel da Ponta do Sol incomodou moradores da Ribeira Brava.

Os sons electrónicos tocados durante a madrugada de domingo no túnel da Ponta do Sol - que agora funciona como parque de estacionamento - originaram uma onda de protesto motivada pelos residentes do concelho vizinho, a Ribeira Brava.

A intensidade da música do evento The Tube fez com que as pessoas que moram no concelho da Ribeira Brava não conseguissem dormir, ficando várias horas acordadas.

Em declarações ao DIÁRIO, Ezequiel Silva, um dos moradores que apresentou queixa à PSP, disse que «as pessoas não pregaram olho durante a madrugada» por causa da festa organizada pelas Vespas.

Ezequiel Silva explicou também que as casas estremeciam porque o volume da música «estava altíssimo». Só por volta das 6h00, altura em que terminou a festa, as pessoas puderam descansar, mas não sem antes contactarem as autoridades policiais.

Indignado com toda a situação, este ribeira-bravense acusou a Câmara da Ponta do Sol de «faltar ao respeito para com os moradores da Ribeira Brava» porque, de acordo com o queixoso, o executivo camarário da Ribeira Brava aprovou um regulamento que proíbe a realização de eventos musicais a partir das 23h00.

Alguns populares telefonaram para o Comando Regional da Polícia de Segurança Pública (PSP) e para a esquadra da Ponta do Sol, por forma a que os agentes tomassem alguma medida. Ezequiel Silva foi um dos moradores que apresentaram queixa junto das autoridades policiais, que, no momento da apresentação da denúncia, nada puderam fazer porque o evento musical estava devidamente licenciado pela autarquia.

Os moradores da Ribeira Brava que apresentaram queixa dizem que se o cenário voltar a acontecer, «vamos organizar um movimento de cidadãos e pedir explicações à Câmara. Situações destas não podem voltar acontecer», conclui.


Filipe Gonçalves

Favoritos dominaram GP da Ponta do Sol



Diário de Verão

Favoritos dominaram GP da Ponta do Sol

in DN a 11-09-2006



O Jet Ski regional voltou ontem a ter mais uma prova do Campeonato Regional de Endurance e Closed Course, desta feita na Ponta do Sol.

Este Grande Prémio, integrado nas comemorações das festas do concelho, contou com a presença de um bom número de pilotos, onde os "ditos" favoritos voltaram a dominar, tal como aconteceu em provas anteriores.


Assim sendo, e na classe Endurance, Laurindo Mendonça voltou a ser o mais forte, arrecadando o 1º lugar nas duas mangas, seguido de António Paulo e João Gonçalves.




Quanto à categoria de Runabout Absoluta, Laurindo Mendonça arrecadou mais um título, enquanto Emanuel Mendonça e António Paulo venceram na competição de Stock 2T e 4T, respectivamente.

Quanto à prova de bóias (Closed Course), o jovem Diogo Nóbrega voltou a mostrar um grande andamento, triunfando na classe Ski Juvenil, enquanto no Ski Promoção, António Cardoso este em evidência ao ganhar as duas mangas.


P. V. L.

Para além da foto de família (em cima), ficam aqui os grandes vencedores deste GP na classe de Endurance e Closed Course Juvenil.








Claro e ajustado triunfo

Lousada, 1 - Pontassolense, 3

Claro e ajustado triunfo

in DN a 10-09-2006


O Pontassolense conquistou, ontem, em Lousada, na abertura do campeonato, três preciosos pontos ao vencer a equipa da casa por 3 -1. Pese embora o facto de o Lousada ter entrado melhor no jogo, foi a equipa madeirense que criou a primeira oportunidade do encontro, após cabeçada de Mário que embateu no poste da baliza defendia pelo guarda-redes lousadense Pinho.

Depois de uma sequência de lances de perigo junto da área pontassolense, Kiwi marcou o golo que deu a vantagem à equipa da casa. Mesmo em cima do intervalo, aos 40' minutos, o Pontassolense chega à igualdade no marcador, por Pires. Perto do intervalo, a equipa insular deu a volta ao marcador. O golo surgiu na sequência da cobrança de um livre, com a bola a chegar aos pés de Adriano, que com um remate cruzado colocou o Pontassolense em vantagem.

No segundo tempo, o Lousada reentrou na partida com o espírito de dar a volta ao resultado, mas aos 49' minutos Glauco teve nos pés a oportunidade para ampliar ainda mais a vantagem, mas o remate saiu ao lado. O mesmo jogador, aos 61' minutos, chegou ao terceiro golo, com Glauco a aparecer isolado na grande área e a cabecear para o fundo das redes.

Opiniões

Filó (treinador do Lousada): "Isto é o futebol do pontapé para a frente. Neste jogo, não conseguimos ganhar as segundas bolas e consentimos dois golos de bola parada. Para além disto, o estado do relvado também não ajudou e, neste caso, o Pontassolense conseguiu adaptar-se melhor ao terreno de jogo".

Lito Vidigal (treinador do Pontassolense): "Esta vitória deve-se acima de tudo ao esforço dos jogadores. Depois de termos estado a perder frente a uma excelente equipa, o Pontassolense conseguiu inverter o resultado do jogo e chegar à vitória. Este resultado vem mostrar que podemos crescer, evoluir como equipa, respeitando sempre os adversários".


Rui Kurtz

Nuno Reis e Vítor Freitas ganham na Ponta do Sol


Moto Rali da Ponta do Sol decorreu sob calor intenso e muita poeira.

Nuno Reis e Vítor Freitas ganham na Ponta do Sol




Piloto da Yamaha Madeira já é campeão, na categoria de "duas rodas"

in DN a 11-09-2006

Os pilotos Vítor Freitas (Team Yamaha Madeira) e Nuno Reis (Florasanto) venceram ontem o Moto Rali da Ponta do Sol, penúltima prova do Campeonato Regional de Todo-o-Terreno e que ficou marcada pela saída de "estrada" de Paulo Lixa.

Para Vítor Freitas, este triunfo representa mais um título regional com a sua Yamaha YZ 250. O piloto cumpriu a prova em 19.27.6 minutos, enquanto Pedro Camacho (MZ Bike), em KTM EXC 525 obteve a 2.ª posição, o melhor resultado da época, com 21.22.1 minutos. No 3.º lugar, com 21.29.9, ficou Nélio Gouveia (Motor Clube da Madeira), em Husqvarna TE 450).

Nas "quads", Nuno Reis (Gas Gas 300, classe Q2) deu um "passo" para a conquista do título, cumprindo o traçado em 18.21.0, enquanto Jorge Gouveia (ADC Santo da Serra), em Yamaha Banshee 350 Q3, e o individual Miguel Dias, em Suzuki LTZ 450, fecharam o pódio, com 18.54.8 e 19.20.0. Na classe Q1, o melhor foi Nuno Correia (Quads Team), em Suzuki LTZ 400.

Por equipas, triunfou a ADC Santo da Serra, com o Quads Team e a Florasanto, nos lugares seguintes.


C. M.



I Torneio de Patinagem Sol Rolante chega ao fim

Patinagem

I Torneio de Patinagem Sol Rolante chega ao fim

in DN a 10-09-2006

Foi sob um calor intenso que se disputou, no Pavilhão da Ponta do Sol, o I Torneio de Patinagem Sol Rolante 2006, evento que contou com a presença de 28 patinadoras, em representação do CTM Ponta do Sol, clube organizador, GD Estreito, CDR Santanense e cinco atletas individuais.

Durante a manhã, e num ambiente de festa em torno da patinagem, estiveram em competição atletas, de infantis a juniores, tendo sido disputadas 2 provas por escalão: duas de destreza para infantis e 300 metros contra-relógio + 3.000 metros a eliminar para os iniciados, cadetes e juniores), sendo que as provas de Infantis masculinos e femininos foram as mais disputadas, o que augura um futuro risonho à modalidade.

No que diz respeito às classificações, em termos colectivos, a equipa da casa foi a grande vencedora, seguida do Santanense e Estreito. Quanto às classificações individuais, os primeiros lugares foram entregues aos seguintes patinadores: Carlota Mendes (CTMPS) e Nélio Freitas (CDRS), em infantis; Mónica Ramos (CTMPS) e Pedro Figueira (GDE), em iniciados; Sílvia Inácio (individual) e Julien Crutchelar (CDRS), em cadetes; Carolina Noronha (CTMPS) e Dinarte Silva (CDRS).


Paulo Vieira Lopes

Parapantistas têm nova zona de descolagem

Desporto

Parapantistas têm nova zona de descolagem


in DN a 09-09-2006

A nova pista de descolagem de parapente, localizada nos Canhas, vai ser testada hoje e amanhã durante a realização do Torneio de Parapente da Ponta do Sol, segunda prova a contar para o campeonato regional e inserida nas comemorações dos 505 anos do concelho.

O programa começa hoje, às 12:00 horas, com o "breefing", avaliando-se em seguida as condições meteorológicas a fim de ser decidido o percurso da prova, entre o respectivo director e os pilotos participantes, em representação do Aero Clube da Madeira.

Haverá voos de lazer e baptismo de voos, com início às 10h30m, uma oportunidade para os amantes da modalidade poderem experimentar novas emoções.

C. M.

Regional de TT "acelera" nas serras da Ponta do Sol

Regional de TT "acelera" nas serras da Ponta do Sol

Penúltima prova do campeonato tem lugar amanhã, com cinco provas de classificação

in DN a 09-09-2006



O Campeonato Regional de Todo-o-tereno regressa amanhã o Moto Rali da Ponta do Sol - que tem organização da Associação Desportiva Pontasolense, com apoios da Associação de Motociclismo da Madeira e Câmara Municipal local.

À entrada para a competição, Vítor Freitas (Yamaha Madeira) lidera a categoria de "duas rodas", com 115 pontos, seguido por Paulo Câmara (104) e Pedro Câmara (92), ambos pilotos da UD Santana, embora não estejam inscritos pelo facto do jovem piloto participar amanhã, na última prova do Campeonato Nacional de Iniciados, assistido pelo pai. Uma situação que poderá beneficiar Nélio Gouveia (Motor Clube Madeira), que é 4.º classificado, com 75 pontos.

Nas "quads", o comandante é Nuno Reis (Florasanto), com 102 pontos, enquanto Paulo Lixa (UD Santana) e Jorge Gouveia (ADC Santo da Serra) se encontram nas posições imediatas, com 102 e 92 pontos, respectivamente.

Quanto ao programa, as classificativas do Moto Rali da Ponta do Sol serão disputadas às 12:30 - Pomar D. João/Muro Branco; 13:30 - Moreirinha/cova dos Louros; 14:30 - Pomar D. João/Muro Branco; 15:30 - Moreirinha/Cova dos Louros e 16:30 - Pomar D. João/Cova dos Louros.

Jardim satisfeito com autarca

in DN a 09-09-2006

Jardim satisfeito com autarca

Jardim aconselhou Rui Marques a ignorar os «tipos que pensam que são políticos por terem chegado à cúpula do partido»


Jardim elogiou o trabalho desenvolvido pelo presidente da Câmara da Ponta do Sol.


Alberto João Jardim fez questão de participar nas comemorações oficiais do aniversário da Ponta do Sol, assinaladas ontem no Centro Cultural John dos Passos, para, em público, tecer rasgados elogios à forma como o jovem presidente da Câmara, Rui Marques, comandou os destinos do concelho nos quase 11 meses de mandato.

O presidente do Governo Regional disse a todos os presentes que tem «a melhor das impressões» referente ao autarca. Consciente das «dificuldades do passado» e de «um tempo especial que se vivia quando se tratou das últimas eleições autárquicas», Alberto João assumiu ontem que ao avançar com um nome desconhecido «era uma operação de alto risco».

Sempre atento ao trabalho desenvolvido por Rui Marques, ao fim de quase 11 meses de trabalho, Jardim disse que o presidente desenvolveu a missão que lhe foi destinada: «maior prudência na gestão», «passando pela criação de um espírito de corpo da sua câmara até à maneira como se deve, humildemente, educadamente, lidar com a população».

O presidente do Governo aproveitou o momento para dizer a Rui Marques para «continuar» a seguir o caminho que tem percorrido porque «é o caminho para o triunfo político».

Daí que Jardim aconselhou Rui Marques a «ir para a frente, com prudência. E firme. Não há que se preocupar com as asneiras que se podem ouvir na comunicação ou [dita] por meia dúzia de tipos que pensam que são políticos só porque chegaram à cúpula do partido».

Alberto João Jardim relembrou ainda as palavras de João Paulo II: «avancem, não tenham medo, vamos para a frente, independentemente das dificuldades que nos queiram pôr».

O presidente do Executivo madeirense aproveitou o momento para louvar o povo da Ponta de Sol, pelas causas que, desde há cinco séculos, tem sempre lutado.

Jardim disse que a população soube sempre cultivar valores, mesmo em tempos difíceis, sabendo sempre transmiti-los às gerações seguintes. «Os povos da Ponta de Sol - antes e após o 25 de Abril - souberam dizer sempre não a qualquer espécie de ditadura e de autoritarismo».

Alberto João Jardim relembrar à plateia que «não estamos a celebrar a festa do concelho; estamos a celebrar a festa dos valores do povo da Ponta do Sol».

Ano para «arrumar a casa»

O presidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol lançou um desafio aos vereadores socialistas para «tomarem uma posição pública» relativamente à nova Lei das Finanças Locais, em defesa dos interesses do município e de todos os ponta-solenses».

Rui Marques discursava ontem durante a sessão solene dos 505 anos do concelho da Ponta do Sol. O momento foi aproveitado para o edil fazer um balanço dos 10 meses de trabalho que assumiu ser dedicado «para arrumar a casa».

O presidente da edilidade explicou ainda que os primeiros meses foram de «adaptação, aprendizagem, organização, planeamento e estruturação de uma base sólida» na qual vai assentar o trabalho futuro desempenhado pelo autarca e vereação.

Rui Marques, dirigindo-se à população que assistia à sessão solene, lembrou que «foi realizada muita obra».

No entanto, face à situação herdada do anterior executivo camarário, o presidente explicou que «este primeiro ano foi de contenção financeira».

Apesar disso, Rui Marques afirmou ainda que a Câmara apoiou em meios físicos e humanos as diversas associações culturais e desportivas do concelho cujo montante alcançou os 400 mil euros.


Filipe Gonçalves

Regresso da competição no Lugar de Baixo

Jet Ski — Campeonato Regional domingo na Ponta do Sol

Regresso da competição no Lugar de Baixo


Espectáculo a alta velocidade domingo na zona Oeste da ilha. Um campeonato disputado em moldes inovadores, numa modalidade em franco crescimento e muita curiosidade...

in JM a 08-09-2006





Duas mangas, nas disciplinas de “endurance” (resistência) e “closed course” (bóias), compõem o programa para domingo. Na “endurance”, os pilotos ficarão divididos por três classes (Runabout Absoluta, Runabout Stock 2 Tempos e 4 Tempos), e nas “bóias” os jovens competirão nas classes de Ski Juvenil e Ski Promoção. O evento inicia-se com as habituais inspecções técnicas, ao que se seguirão algumas voltas de reconhecimento por parte dos pilotos ao circuito. Os primeiros pilotos a entrar em acção serão da disciplina de “endurance”, realizando a 1.ª manga de 30 minutos às 11h00, para de seguida ser a vez dos jovens pilotos de Ski Juvenil e Promoção realizarem (11h45). As 2.ªs mangas estão marcadas para as 14h00 e 14h45. O Campeonato Regional Jet Ski 2006, na disciplina de “endurance”, é comandado por Laurindo Mendonça, com 569 pontos, seguido por João Gonçalves, com 492, e em 3.º Emanuel Mendonça, com 427. Já na disciplina de “bóias”, e no que diz respeito a classe Ski Juvenil, Diogo Nóbrega comanda com 579 pontos, com João Sousa em 2.º com 509 e no último lugar do pódio está Henrique Rosa Gomes com 483. Já na Classe Ski Pormoção, Tiago Silva lidera com 558 pontos, em 2.º lugar está António Cardoso, com 466, seguido por Frederico Gomes, com 293.

Época aproxima-se do fim
O Campeonato aproxima-se do fim e as classificações começam a ficar definidas. A 6.ª ronda disputa-se a Oeste da ilha e para terminar a época ficam a faltar a 1.ª prova de resistência (em Machico), a 1 de Outubro e o Grande Prémio do Porto Santo, a 15 de Outubro.

Vasco Sousa

“Via-expresso” para os Canhas é essencial

Rui Marques, presidente da Câmara da Ponta do Sol, aponta uma obra essencial para o concelho

“Via-expresso” para os Canhas é essencial

in JM a 08-09-2006


Rui Marques, o jovem presidente que comanda os destinos da Câmara Municpal da Ponta do Sol, admite que a Câmara ainda enfrenta algumas dificuldades, em virtude dos últimos acontecimentos que ali se passaram. Contudo, mostra-se confiante de que o trabalho da sua equipa, rapidamente, trará novos investimentos à Ponta do Sol.




Jornal da Madeira - No dia em que se assinala mais um aniversário, como descreveria o concelho e que Ponta do Sol deseja para o futuro?
Rui Marques - A Ponta do Sol atravessou, ainda há pouco tempo, uma época conturbada. Tem vindo a recuperar e temos sentido que as pessoas estão mais satisfeitos. É claro que, a partir do momento em que o gabinete do urbanismo começou a funcionar dentro da normalidade, os processos deixaram de estar tanto tempo parados, para grande satisfação da população. É claro que, para o futuro, quero colmatar algumas das carências do concelho em termos de rede viária, principalmente, aqueles pequenos alargamentos de veredas que as pessoas anseiam mais, neste momento. A rede viária principal já está, praticamente, realizada, faltando apenas uma ou duas obras de grande importância para o concelho. Relativamente a outras infra-estruturas, considero que se torna necessário acabar o trabalho de colocação da rede de esgotos e a renovação da rede de água potável. Temos ainda as obras resultantes do contrato-programa com o Governo Regional como, por exemplo, o lar de terceira idade da vila e o centro de dia na Lombada da Ponta do Sol. Temos também, para a Madalena do Mar, um centro social e uma outra grande obra que é a nova variante. Já nos Canhas, temos o melhoramento da estrada de acesso entre a vila e os Canhas.

JM - Nos últimos tempos, têm surgido na Ponta do Sol alguns investimentos que deram cara nova ao centro da vila como, por exemplo, a frente mar. Essas obras têm revelado ser uma mais-valia para o concelho?
RM - Têm. Mas, para além dessa, posso referir também o pavilhão, porque a Ponta do Sol carecia de um recintodesportivo deste tipo. As piscinas também têm tido grande procura. Não podemos esquecer que a promenade da Madalena tornou-se um local aprazível, quer para quem vai para a praia quer para os passeios de fim de tarde. Temos tido, efectivamente, obras no concelho que se têm revelado grandes valias quer para as freguesias, quer para as populações.

Melhoria substancial transforma estrada
para os Canhas numa espécie de “via-expresso”


JM - Qual a obra que mais anseia no imediato?
RM - Sem dúvida, o novo acesso da vila até aos Canhas. Uma obra que eu considero de extrema importância. Os Canhas é uma freguesia com uma grande densidade populacional e em grande desenolvimento, quer ao nível da agricultura, quer ao nível de empresas e comércio. Basicamente, seria fundamental o melhoramento daquele acesso.

JM - Nesse sentido, perspectiva-se que alguma coisa possa vir a acontecer?
RM - Está tudo em estudo, sendo que há alternativas ao projecto inicial. Primeiro, falou-se no melhoramento da estrada que existe, mas sei que há estudos para a execução de uma melhoria substancial da mesma, ficando esta as características de uma via expresso. Serão feitas grandes correcções e uma obra volumosa, sendo que tudo se deverá iniciar em 2007. A meu ver, é a melhor forma de reduzir distâncias, apesar do desnível acentuado de cotas entre a vila e os Canhas.

JM - Que outras obras poderão avançar em breve, quer em termos de contratos programa com o Governo, quer por iniciativa da Câmara?
RM - Em parceria com o Governo, vamos avançar com as obras do jardim Municpal, junto à rotunda. Temos o mercado municipal que ficará incluído na expansão da vila para o norte. Há ainda o centro social da Madalena do Mar e queremos ver, também, se ainda conseguimos, ao abrigo dos contratos programa, incluir mais uma ou outra estrada.

JM - Depois os investimentos na frente mar, que outras obras falta executar na vila?
RM - Eu tenho o sonho de dar uma nova imagem à Avenida do Mar, de modo a que as pessoas possam vir mais vezes ao centro da vila. Gostava de ali criar atractivos, mas também temos de ver que tipo. Sabemos que o espaço é curto, pelo que terá de ser uma coisa bem pensada e elaborada.

JM - Considera que a Ponta do Sol é, hoje, um concelho atractivo para a fixação de novas pessoas ou, à semelhança de outros, é um concelho rural em envelhecimento? RM - Por acaso, somos um concelho que está a conseguir fixar pessoas. Têm sido construídos alguns apartamentos privados, o que faz com que jovens casais se fixem aqui no concelho. No futuro, a previsão é para que isso continue a acontecer. A própria Câmara tem objectivos definidos no sentido de avançar para a habitação a custos controlados, quer através de privados quer em parceria com a IHM.

Investidores vão voltar
a ganhar confiança com a revisão do PDM


JM - Em função dos acontecimentos que se passaram no concelho, mais concretamente na Câmara, nota que houve algum receio em investir na Ponta do Sol? RM - É claro que o que aconteceu afectou, um pouco, o investimento. Agora, também acredito que, com o passar do tempo, os investidores vão voltar a ganhar confiança e, continuamente, apostar no concelho.

JM - Há evidências dessa retoma da confiança?
RM - Temos prevista a revisão do PDM. Com essa situação, acredito que vão aparecer novos investidores.

JM - Para quando essa revisão?
RM - A revisão é para estar pronta nos primeiros meses do próximo ano. É uma situação vital para o concelho, visto que temos uns pequenos pormenores que são fundamentais que necessitam de ser revistos. Até como forma de também retirar qualquer suspeita.

JM - Ultimamente, têm surgido interessados em investir no concelho?
RM - Há intenções. Várias pessoas têm falado comigo, só que estão a aguardar pela revisão do PDM.

JM - Quais os pontos que considera ser urgente rever?
RM - O anterior PDM foi elaborado com base numa cartografia antiga. Neste momento, temos estradas que não estão incluídas no PDM, estradas essas fruto do investimento privado para a construção de moradias e outras coisas mais. São esses pequenos pormenores que temos quer rever, assim como limar algumas pequenas arestas relativamente à delimitação de determinadas zonas. Não podemos ter, por exemplo, numa mesma estrada, espaços consolidados com um índice de construção de 1,5 e ter, logo a seguir, uma zona agrícola em que o índice de construção é nulo. Ou seja, há aqui um desfazamento muito grande entre uma zona e outra. É preciso coordenar tudo isto e estruturar de forma a que as diferenças entre uma zona e outra não seja tão grande.

JM - Recoloco a questão: para quando essa revisão do PDM?
RM - O levantamento da situação tem sido feito ao longo dos últimos meses e o gabinete técnico tem apontado diversas questões. Posso avançar já que estamos a trabalhar na elaboração do relatório de justificação, sem o qual não poderemos abrir o processo de revisão do PDM. É nossa intenção ter esse documento pronto em Novembro para dar início ao processo.

JM - Enquanto autarca, e em tempo de aniversário, qual o presente que mais ansiava para o seu concelho?
RM - Há tanta coisa que gostaria de ter. Mas, desde que eu sinta por parte da população amizade, carinho e compreensão, já fico satisfeito. Mas, sabe, sonhar não é proibido. O problema é que, devido à conjuntura nacional, por vezes, os sonhos ficam um pouco mais distantes. Espero, no dia-a-dia, com o meu trabalho, poder ir ao encontro das necessidades da população e, dentro das possibilidades, fazer o melhor pelo concelho. É esse o meu objectivo, pois vejo a política como um meio de servir.

Arrumar a casa para depois
mostrar trabalho


JM - O orçamento para o ano em curso foi satisfatório, tendo em conta o trabalho que estava programado?
RM - O nosso orçamento para este ano rondou os 14 milhões de euros. Sabíamos que havia alguns encargos que foram assumidos pela anterior vereação que tiveram de ser introduzidos no orçamento deste ano. Como tal, procuramos organizar a Câmara, arrumar a casa e, a partir deste ano, começar a fazer aquele trabalho mais visível e menos de gabinete.

JM - Em termos culturais, a Câmara tem vindo a fazer uma grande aposta. Algumas das iniciativas constituem, hoje, cartazes turísticos bem conhecidos. Será para manter esta aposta?
RM - Sem dúvida. A nível desportivo, consideramos que o nosso concelho saiu dignificado, quer com o futebol, quer com o ténis de mesa. Agora, a aposta da Câmara terá de passar pela cultura. Temos o grupo folclórico que tem desenvolvido um excelente trabalho, tanto na recuperação de tradições como também na divulgação do nosso concelho. Não tenho palavras para descrever o quanto a Ponta do Sol e a sua população agradece todo este trabalho. Além deste, começam a surgir outros agrupamentos, como o grupo de saxofones e também do Grupo Coral que pondera a criação de uma secção infantil, a exemplo do que já se passa como o folclore. Penso que é uma boa aposta no sentido de perdurar as nossas tradições. Posso dizer, também, que, este ano, a Câmara atribuiu a todas as associações culturais mais de 400 mil euros em apoios. A este pormenor, há que esquecer que dispomos do centro cultural, que dispõe de um auditório, que dá a todos estes grupos condições excelentes para desenvolverem o seu trabalho.

JM - Qual será a tónica do seu discurso, durante a cerimónia do dia do concelho?
RM - Vai basear-se no trabalho que tem vindo a ser feito nestes últimos meses, embora também vá falar sobre um pouco de tudo. Do apoio do Governo Regional, dos contratos programa que são fundamentais para o presente do concelho, da nova lei das finanças locais e também do futuro.

2006 é um ano
para preparar futuro


JM - Que balanço é que faz destes seus primeiros 10 meses à frente dos destinos da Câa Municipal da Ponta do Sol?
RM - Como é sabido, o meu currículo político era praticamente nulo. Foi preciso fazer um período de adaptação, de aprendizagem e de adquirir conhecimentos no dia-a-dia. Aprendi com muitas pessoas, principalmente, com funcionários antigos que me têm dado bastante apoio. E temos feito um trabalho de base que vai servir de sustentação para os diversos projectos que nós temos previstos para o concelho. Como tenho vindo a referir, 2006 é um ano de contenção. É um ano para preparar o futuro e penso que vamos colher frutos dentro de um a dois anos.

JM - Neste caso, houve necessidade de aprender depressa e bem…
RM - Exactamente. O óptimo seria chegar à Câmara, fechar as portas, arrumar a casa e começar do zero. Mas, como não podemos parar, tivémos que dar seguimento ao trabalho e ir aprendendo aos poucos no dia-a-dia.

JM - Quais as maiores dificuldades que sente?
RM - Temos ainda algumas dificuldades na parte do urbanismo e o gabinete técnico ainda está com algumas carências. Continuo com dois técnicos e um fiscal suspensos, o que nos obriga a uma ginástica no gabinete para tentar segurar todas as pontas. Mas, julgo que temos conseguido colocar o trabalho em dia e o trabalho está em velocidade cruzeiro, neste momento.

Ponta do Sol acolhe Grande Prémio de Jet-Ski


in DN a 08-09-2006

Diário de Verão

Ponta do Sol acolhe Grande Prémio de Jet-Ski



Inserido nas comemorações dos 505 anos do Concelho da Ponta do Sol, a Associação Jet Ski e Motonáutica da Madeira (AJET) e Câmara Municipal local irão organizar no próximo domingo a sexta Prova do Campeonato Regional de Jet Ski/Super Bock Twin 2006, que terá como palco o Lugar de Baixo - Ponta do Sol.

A referida prova contará com duas mangas nas disciplinas de Endurance e Closed Course (Bóias).

Na Endurance, os pilotos irão ficar divididos por três classes: Runabout Absoluta, Runabout Stock 2 Tempos e 4 Tempos.

Na disciplina de Bóias os jovens pilotos competirão em duas classes diferentes: Ski Juvenil e Ski Promoção, respectivamente.

O secretariado, colocado na Marina do Lugar de Baixo, abre às 10h00, seguindo-se as inspecções técnicas. O briefing da prova para ambas as disciplinas, acontecerá ás 10h30, seguido de algumas voltas de reconhecimento ao circuito por parte dos pilotos.

Os primeiros pilotos a entrar em acção serão da disciplina de Endurance, realizando a 1.ª manga de 30m ás 11h00m, para de seguida os jovens pilotos de Ski Juvenil e Promoção realizarem a 1.ª manga por volta das 11h45. À tarde está prevista a 2.ª manga às 14h00 e 14h45 - endurance e bóias, respectivamente.

À partida para esta sexta prova, o Campeonato Regional Jet Ski 2006, na disciplina de Endurance é comandado por Laurindo Mendonça com 569 pontos, seguido por João Gonçalves com 492 pontos e em 3.º Emanuel Mendonça com 427 pontos.

Na Disciplina de Bóias, e no que diz respeito a classe Ski Juvenil Diogo Nóbrega comanda com 579 pontos, João Sousa vem logo a seguir com 509 pontos e no último lugar do pódio está Henrique Rosa Gomes com 483 pontos. Já na Classe Ski Promoção Tiago Silva lidera com 558 pontos, em 2.º lugar está António Cardoso com 466 pontos e a terminar está Frederico Gomes com apenas 293 pontos.

Ponta do Sol festeja 505º aniversário

Quinta do Bill, Cool Feel Band e tAMbOR garantem a animação dos festejos

in DN a 08-09-2006

O presidente do Governo regional, Alberto João Jardim, preside hoje à sessão solene dos 505 anos do concelho da Ponta do Sol.

A cerimónia oficial inicia-se às 19h00, nos Paços do Concelho, com o hastear das bandeiras, seguindo-se a sessão solene, por volta das 19h15 no auditório do Centro Cultural John dos Passos.

No âmbito das comemorações do aniversário, a autarquia reservou um conjunto de propostas culturais e musicais para oferecer aos munícipes.

Hoje, às 15h00 acontece a abertura da exposição de fotografia referente ao concurso de Jardins, Varandas e Escadas, na Capela de Santo António.

À noite começa o "desfile" dos agrupamentos musicais. Às 22h00 actua a banda tAMbOR, num palco localizado na Avenida do Mar, na baixa daquela vila.

Amanhã, por volta das 21h00 os madeirenses CoolFeel Band sobem ao palco para entreterem o público, até às 22h30, altura em que entram os Quinta do Bill.

Após os concertos, e como tem vindo a ser hábito, segue-se a festa das Vespas com ritmos electrónicos a cargo dos DJ's Michael C e Paul Sergy Far. O evento acontece no túnel da vila, junto à frente-mar.

Filipe Gonçalves

Pontassolense na máxima força

in DN a 08-09-2006
Série A

Pontassolense na máxima força

O Pontassolense vai apresentar-se no reduto do Lousada na máxima força. A única excepção prende-se com a impossibilidade de Paulo Pereira devido a castigo federativo. Ontem, Lito Vidigal orientou um treino de competição. Hoje, pelas 10.00 horas, terá lugar nova sessão de trabalho. O derradeiro apronto está marcado para amanhã, às 9.00 horas, após o qual o técnico irá dar a conhecer os nomes dos eleitos para o jogo com a formação nortenha.

Marítimo B com algumas incertezas

David, Bruno e Marquinhos são baixas confirmadas para a recepção ao Freamunde. Por sua vez, continuam a persistir grandes quanto à recuperação de Paulinho e Nando. Ambos continuam a trabalhar, mas de forma condicionada devido a problemas de ordem física. Os jovens "verde-rubros" treinam hoje no relvado do Campo da Imaculada Conceição.

Valter e Bruno de fora no Rª. Brava

O plantel do Ribeira Brava prepara o jogo de estreia de mais uma edição do Campeonato Nacional da II Divisão.

Ontem, os ribeira-bravenses realizaram uma sessão de treino, em que o técnico Carlos Graça aproveitou para testar a estratégia a apresentar no próximo domingo, diante da formação do Ribeirão. Um jogo com início às 16 horas.

Valter e Bruno são baixas confirmadas, devido a problemas de ordem física.

Câmara Ponta do Sol esteve um ano a “arrumar” a casa

in Tribuna da Madeira, a 08-09-2006

Câmara Ponta do Sol esteve um ano a “arrumar” a casa

Segundo Rui Marques, só agora a autarquia começa a ter condições para trabalhar “a ritmo de cruzeiro”

MAFALDA SILVA


Segundo a oposição, muitas obras terão ficado por fazer ao longo dos últimos anos no concelho da Ponta do Sol, um dos mais antigos da Região que hoje comemora 505 anos. No dia do concelho, quase dois anos depois de António Lobo ter sido detido e quase um ano após a tomada de posse da nova vereação social democrata, o Tribuna faz um balanço daquilo que já foi feito, tendo em conta a realidade que o jovem presidente encontrou na autarquia. Escândalos de corrupção, processos a decorrer no Tribunal, falta de verbas e de funcionários terão dificultado o bom desempenho das tarefas de Rui Marques.

No entanto, e após um ano a “arrumar” a casa, existem garantias que a revisão do PDM da Ponta do Sol irá avançar ainda em 2006.

Após quase um ano de mandato, o mais novo presidente de autarquia a nível regional, e muito provavelmente a nível nacional, considera que o balanço é positivo. Obra visível ainda não se vê, mas, segundo Rui Marques, muito trabalho “de gabinete” tem sido feito no sentido de “arrumar” a casa.

Para quem não tinha experiência na área de gestão autárquica – Rui Marques era um jovem licenciado em engenharia civil com apenas alguns anos de experiência numa secretaria do Governo Regional quando foi “escolhido” – assumir a presidência de uma Câmara como a Ponta do Sol, alvo de escândalos de corrupção, poderá não ter sido tarefa fácil.

Para o presidente de autarquia cujo concelho se encontra em comemorações existem motivos para festejos. As verbas não abundam e daí a maior parte dos eventos contarem com a participação de muitas associações do concelho e muitos eventos desportivos, culturais e musicais envolverem a “prata da casa”.

Criar bases de trabalho

“Tivemos a preocupação de criar uma estrutura de base a partir da qual possamos trabalhar”, refere. “Neste momento estamos a realizar aquele trabalho que não é visto. Organizamos a Câmara à nossa maneira, mudámos alguns regulamentos para que pudéssemos pôr mãos à obra”, explica. Só a partir de agora, segundo garante, é que a autarquia tem condições para poder realizar qualquer tipo de obra visível.

Segundo diz, muito trabalho de pesquisa e análise dos problemas do concelho terá sido realizado antes da campanha eleitoral ter tido início. “Embora vivesse no concelho existiam situações que desconhecia e que apenas com o contacto com a população pude verificar. O nosso manifesto foi feito com base nesses apontamentos que recolhemos”, assegura.

No entanto, tem sido no dia-a-dia que melhor se tem apercebido das reais necessidades do concelho. “No contacto com a população, nas visitas às Juntas de Freguesia e aos diversos sítios temos recebido criticas e pedidos”, conta.

Refere, contudo, e apesar daquilo que foi prometido no manifesto eleitoral, existirem limitações que impedem o jovem autarca de se lançar em «grandes voos». “Face ao período de contenção que estamos a atravessar na autarquia, e mesmo perante o panorama nacional, temos algumas limitações à nossa acção”, conta.

Rui Marques lembra a situação em que encontrou a autarquia quando assumiu a presidência: “Os actuais regulamentos impedem que se ultrapasse determinado valor em despesas com funcionários”, refere. “Como consequência, não temos funcionários necessários para o desenvolvimento eficiente das tarefas do dia a dia.” O presidente da autarquia pontassolense afirma que neste momento o vereador da cultura, desporto e educação está a trabalhar sozinho.

“Ao nível do urbanismo também tínhamos uma situação complicada porque não existiam arquitectos, nem técnicos para dar seguimentos aos processos”, diz. O julgamento de António Lobo terá, de igual forma, acabado por dificultar ainda mais as tarefas do novo presidente, devido às alegadas constantes solicitações de funcionários que serviam de testemunha e ainda de pedidos de fotocópias de processos, emissão de certidões por parte do Tribunal. “Dado que não tínhamos muito pessoas, todas estas tarefas acabaram por diminuir ainda mais o nosso ritmo do funcionamento”, indica.

Neste momento, com a casa «arrumada», e quase concluir um ano de mandato, Rui Marques dá conta do trabalho realizado: “Em termos de regulamentos, ainda que alguns não estejam em vigor, está previsto o apoio às habitações degradadas e ainda um outro que vai evitar certas burocracias em termos de aprovação de projectos simples, através da dispensa de projectos da especialidade no caso, por exemplo, de um aumento a um cozinha que venha ajudar algumas famílias carenciadas.”

No entanto, as críticas da oposição fazem-se sentir, e revelam que a autarquia não tem cumprido o que tem prometido ao longo dos últimos mandatos, e esta vereação, segundo dizem, parece não estar a ser excepção. Rui Marques rebate as criticas enumerando algumas das obras realizadas nos últimos tempos: “Não temos investimentos? Se o Centro de Saúde e Segurança Social, o Pavilhão, a Piscina, a Escola Secundária, a Marina do Lugar de Baixo, a promenade da Madalena do Mar, e o enrocamento de protecção à praia da Ponta do Sol não demonstram obra feita, então não sei o que é que a oposição quer”, refere.

Revisão do PDM inicia este ano

Consciente das falhas do Plano Director Municipal que vigora no concelho, «antigo e desactualizado», Rui Marques recusa, contudo, as criticas da oposição que referem que o PDM tem inviabilizado muitos investimentos na Ponta do Sol.

No entanto, no Boletim Municipal de 2001, elaborado pela autarquia pontassolente, na altura presidida por António Lobo, fazia referência a um hotel com 192 quartos que seria construído na Madalena no Mar e que transformaria a Ponta do Sol num dos «novos pólos turísticos da Madeira». Segundo o Boletim “os quartos de dormir adaptaram-se ao terreno com orientação, níveis e óptimos pendentes para a sua construção”, no entanto, o hotel nunca chegou a ser construído. Segundo o Boletim, para além do hotel estaria também prevista a construção de apartamentos turísticos, promenade, edifício de apoio para actividades desportivas e estacionamento, e ainda seria «pensada» uma marina para cinquenta barcos.

Quem se deslocar à Madalena do Mar, facilmente se aperceberá que a maioria destas infra-estruturas nunca terão chegado a sair das páginas desse Boletim.

Rui Marques refere que a construção do grande empreendimento turístico não se terá realizado devido ao PDM vigente. “Há quem queria colocar um camião dentro de uma garagem de ligeiros”, refere não querendo fazer mais comentários, “até porque nem estava na autarquia nessa altura.”

Em 2001 um outro projecto foi anunciado para o concelho, desta vez da responsabilidade da autarquia. Trata-se de um Centro Lúdico Desportivo. “À entrada da Vila, logo à saída do túnel do Lugar de Baixo, será construído, iniciativa da Câmara Municipal da Ponta do Sol, um Centro Lúdico Desportivo, investimento, de cerca de 300 mil contos (...) que proporcionará aos jovens do concelho condições para a prática de desporto, bem como (...) para a realização de provas desportivas (...) exposições, congressos e actividades culturais. Campos de ténis, squash, praceta, esplanada, bar, sala de exposições, anfiteatro, zona de conferências, etc., são algumas das infra-estruturas que o Centro Lúdico Desportivo será dotado”, referia o Boletim Municipal. No entanto, hoje ao entrar-se na Vila da Ponta do Sol depara-se com um local que se encontra sob o aviso “Parque de estacionamento provisório”.

Confrontado com a situação, Rui Marques refere que o espaço onde deveria estar o Centro Lúdico Desportivo, anunciado em 2001 não é um parque de estacionamento, “embora tenha servido para esse fim quando a Vila esteve em obras, ainda na vereação anterior.”

Segundo diz - e tendo em conta que o Centro Cultural John dos Passos, entretanto construído, oferece algumas das mais valias que o Centro iria oferecer (sala de exposições, anfiteatro e zona de conferências) e que actualmente existe um Pavilhão Desportivo com algumas modalidades in-door, servindo de apoio à Escola Secundária, e ainda uma complexo com piscina coberta – no espaço destinado ao Centro Lúdico Desportivo irá surgir, em breve, um Jardim Municipal com estacionamento subterrâneo e ainda uma zona de lazer com bar. “Talvez para o próximo ano já possamos iniciar esse projecto”, afirma Rui Marques.

Sendo ainda necessário elaborar o relatório que justifica a necessidade de alteração do PDM, Rui Marques garante que a revisão do Plano Director Municipal deverá ter início ainda este ano. “Espera-se que o relatório esteja concluído em Outubro”, refere. Para além das mudanças urbanísticas que se operaram no concelho desde que se realizou o primeiro PDM, Rui Marques salienta que é necessário delimitar melhor as zonas agrícolas das habitacionais, por exemplo.

Bar da praia ainda por abrir

Outra das críticas que a autarquia tem sido alvo relacionam-se com os atrasos na abertura do bar da praia da Ponta do Sol, prevista para o ano passado. Após Rui Marques ter tomado posse na Câmara foi feita uma alteração no concurso de concessão a terceiros, “no sentido deste se manter aberto durante todo o ano, para que se pudesse dinamizar aquela parte da Vila.” Nesse sentido, justificam-se as obras de melhoramento na zona do bar que, por sua vez, vieram atrasar a abertura do bar. Reclamações, e desistências do concurso terão até agora empatado todo o processo de abertura do bar da praia da Ponta do Sol até quase ao final da época balnear deste ano.





Parque empresarial dos Canhas inviabilizado


Segundo Rui Marques, na altura em que se pensou construir o Parque Empresarial do Canhas que ainda hoje se encontra vazio, a Câmara teve que assumir perante a Madeira Parques que comprava os terrenos, fazendo posteriormente um género de cedência que, ao que parece, ainda não estaria bem definido.

No entanto, neste momento os terrenos do Parque Empresarial ainda não são da Câmara. “O processo de expropriações ficou parado na altura em que o antigo presidente foi detido, e depois houve o falecimento do funcionário da autarquia que estava a tratar do processo”, explica Rui Marques.

O actual presidente da autarquia, que esteve fora deste processo, assim que tomou posse foi confrontado pela Madeira Parques Empresariais Sociedade Gestora, S.A. que a expropriação dos terrenos ainda não estaria completa. “Alguns terrenos já teriam sido alvo de expropriação, mas a maioria ainda não”, refere.

Assim sendo, enquanto esse problema não estiver resolvido, mesmo que existam empresas interessadas em se instalarem naquele espaço, a autarquia não pode dar o aval positivo, dado que os processos de expropriações ainda estão a decorrer. “Isso constitui um problema para o concelho porque podiam estar a funcionar empresas naquele parque que neste momento está vazio”, realça.


Palacete dos Zinos “esquecido”

O Palacete dos Zinos, apesar de se situar no concelho da Ponta do Sol, e de ser um bem público, a sua recuperação, que ficou concluída há quase dois anos, esteve a cargo da Sociedade de Desenvolvimento da Ponta Oeste. No entanto, até agora ainda não foi utilizado para o fim turístico a que se destinava. na altura pensou-se na recuperação do palacete para converte numa pousada ou noutro espaço turístico. Rui Marques, que salienta que a obra não é da responsabilidade da autarquia refere que esta serve, pelo menos, de «motivo turístico». Segundo diz, é necessário surgirem interessados em investir naquele espaço. “Seria uma mais-valia para o concelho”, entende.

Neste momento, a paróquia do Lugar de Baixo funciona naquelas instalações.



Concelho deve manter ruralidade

Para Rui Marques a agricultura é um sector no qual o concelho deve continuar a apostar. Com o Mercado Abastecedor dos Canhas, onde também se localiza o Mercado dos Agricultores, aberto ao público todos os domingos, a Ponta do Sol beneficia ainda de condições climatéricas excepcionais para determinadas produções como a banana e a cana-de-açúcar. No entanto, o presidente da autarquia refere que tendo em conta a tendência decrescente dos subsídios da União Europeia, o Governo Regional deve continuar a desencadear mecanismos para proteger os agricultores. “Se a produção de banana e de cana-de-açúcar continuarem a ter apoios, a agricultura não será um sector esquecido na Ponta do Sol”, garante.

Rui Marques afirma que a próxima revisão do PDM vai privilegiar a agricultura, embora não possam ser esquecidas as zonas para investimentos turísticos e urbanísticos. “Não podemos, contudo, querer tornar este concelho rural num concelho cheio de construções”, finaliza.

«Prefiro evitar confrontos políticos»

a outra face
RuiMarques, quase 30anos, presidente da Ponta doSol. Tem como missão servir a população, garante. E após um ano confessa que ainda não se habituou a separar as águas entre os níveis político e pessoal.Por isso, prefere evitar confrontos...

Patrícia Cassaca (texto)
Miguel Nóbrega (fotos)
in Notícias da Madeira a 07-09-2006

A senhora, já com uma certa idade, queria à força «dar um abraço ao senhor presidente». Muito educada e insistente, mas sem ser chata, ia fazendo saber que a penas queria cumprimentá-lo, «não é para mais nada, é só para dar-lhe os parabéns». Disseram-lhe que o presidente estava ocupado; a senhora foi resolver assuntos que tinha pendentes na câmara e voltou depois par a cumprir a missão. O autarca acabou o que estava a fazer e atendeu-a. A conversa foi bem curta, como tinha sido prometido, e a senhora saiu satisfeita, pois tinha afinal feito saber que aprovava o trabalho que o jovem vem realizando. É assim que Rui

Marques, a pouco tempo de celebrar o 30 .º aniversário, parece ser tr atado pelos munícipes, sobretudo pelos mais velhos: Com um misto de condescendência e admiração.

Rui Marques, casado, natural e residente na Ponta do Sol, faz 30 a nos este mês e gosta de p assear e de esta r com os amigos .
Tem ficado pelo concelho, pouco tem saído, e só no início de Agosto pôde descansar uns dias fora, a pós mais de um ano d e trabalho.

É presidente da câmara e ainda se está a habituar ao facto. O seu propósito é, diz, servir a população , e irrita-se com a oposição, confessando alguma dificuldade em “separar as águas”, daí preferir evitar confrontos...

Ponta de Sol, Outubro de 2005.
Quase empurrado para a presidência da Câmara da Ponta do Sol, fruto do escândalo que mandou o anterior autarca para trás das grades, Rui Marques ainda está a habituar-se a estas andanças da política. Fomos encontrá-lo ao fim da manhã de mais um dia daqueles em que se calhar só ir ia abandonar as instalações lá mais para as sete ou oito horas. Confessa que é sempre assim, raramente consegue sair antes. Afinal, «ainda estou em fase de habituação».

É o presidente de câmara mais jovem de que há memória na Região e, antes desta aventura, a política, para ele, resumia-se ao que acompanhava n a comunicação social. Mas de repente, a partir do momento em que deu o “sim” ao convite do PSD, os holofotes viraram-se para ele. A sua inexperiência em termos de campanha revelou-se
sem qualquer complacência, mas mesmo assim conseguiu derrotar os seus adversários, protegido, é certo, por uma máquina partidária bem oleada.

QUANDO ENTROU NA CÂMARA, OU OPTAVA POR
ORGANIZAR AS QUESTÕES LIGADAS AO URBANISMO, OU AO PDM. DEU ATENÇÃO AO URBANISMO.
O PDM JÁ VEM A CAMINHO...

No próximo mês de Outubro, completa um ano à frente dos destinos do município. E para já a sua luta tem um nome: Plano Director
Municipal (PDM). Foi este o documento da polémica, aquele que levantou tantas questões, aquando do início do julgamento de António Lobo, e que tem causado verdadeiras revoluções nas autarquias
regionais.

O PDM da Ponta do Sol ainda está um pouco longe de ser concluído, mas Rui Marques tinha duas escolhas: Ou focava atenções no urbanismo, que estava muito desorganizado, diz, ou no PDM. Deu prioridade à organização, mas disso falam os a seu tempo...

Da engenharia à política.
Antes de entrar na vida política activa, Rui Marques foi mais um dos estudantes que engrossou as fileiras da Universidade de Coimbra. Estudou para engenheiro civil e exerceu, durante quatro meses, no continente. Surgiu-lhe depois uma hipótese na Secretaria do Equipamento Social. Estava a trabalhar há cerca de dois anos e meio
quando «apareceu esta oportunidade de estar à f rente dos destinos do concelho».

Com um sorriso repentino, confessa : «Foi algo que me custou inicialmente, mas depois fui tendo apoio de várias pessoas , que me incentivaram e que me deram força. E cá estou eu».

Nunca pensei que pudesse ser convidado para um cargo tão
importante.”


Quando recebeu o convite, «fiquei um pouco assustado. Parecia que estava... Nem sei encontrar o t ermo adequado. Nunca pensei que pudesse ser convidado para um cargo tão importante. E também com muita responsabilidade».
Na altura, deram-lhe um prazo curto (embora garanta que não foi pressionado) para tomar a decisão que i ria dar revolucionar a
sua vida. «Preparei-me para desempenhar funções na engenharia civil e entrar no mundo da política era uma volta de 180 graus.» Um mundo onde «nunca tinha estado. Tinha participado em comícios e estive sempre um pouco atento, principalmente à política regional, mas nunca tinha estado em campanhas e não estava dentro do que
é o sistema político».

Preparei-me para desempenhar funções na engenharia civil e entrar no mundo da política era uma volta de 180 graus.”

Mas afinal o que o fez aceitar a proposta? Rui Marques garante que «foi o desafio. É um desafio aliciante, estar à frente dos destinos do concelho era algo que gostaria de experimentar, fazer algo pela população. E também foi muito determinante o a poio que tive».

Não se livrou de comentários relativos à sua idade... «Claro que havia aquela desconfiança... Será que um rapaz tão novo tem capa cidade para estar a assumir uma responsabilidade tão grande... ?»
Havia ainda o ónus de se candidatar após a polémica que envolveu António Lobo. Sobre isto, refere que «não se deve confundir as pessoas com o parti do, e às vezes existe alguma dificuldade em separar».
Para Rui Marques, uma das maiores desvantagens da candidatura foi o facto d e estar a concorrer contra um candidato mais experiente, «além de não ser a primeira vez, ele era deputado regional e isso complica porque a sua profissão permitia ter um conhecimento mais aprofundado da realidade do concelho e também das pessoas . Tive de fazer um trabalho de campo com muita dedicação, porque era um perfeito desconhecido.

Só era conhecido na zona onde morava. Os colegas que andaram
comigo na escola também me conheciam mas ao nível geral era desconhecido».

Falta de técnicos. Rui Marques venceu a primeira batalha, que foi lidar com o mundo novo das campanhas políticas, mas agora tem outra em mãos. E problemas não faltam. «Nunca é demais referir:
Temos o julgamento do anterior presidente, que nos te m complicado
um pouco a tarefa». É que sempre que há julgamento, ou são necessários testemunhos de funcionários da câmara, ou é necessário reunir documentação, «e como é tudo para ontem e temos que satisfazer esses pedidos...».

Temos dois arquitectos e um fiscal que foram suspensos, continuam a ocupar as vagas do quadro e continuam a receber ordenado. Mesmo que queiramos contratar outros técnicos, não podemos.”

Outro dos problemas com o qual a câmara continua a debater-se é
Com a falta de técnicos. «Temos dois arquitectos e um fiscal que foram suspensos, continuam a ocupar as vagas do quadro da câmara e continuam a receber ordenado. Mesmo que queiramos contratar outros técnicos, não podemos», também fruto de não ser possível, por lei, ultrapassar determinado s valores.

Pedidos frequentes. O facto de as autarquias estarem limitadas do ponto de vista financeiro condiciona o trabalho das mesmas, como costuma ser ampla mente referido. No caso da Ponta do Sol, acontece o mes mo. O dinheiro que existe está a ser canalizado para a construção de estradas, sobretudo a partir da realização de contratos programa.

As vias de circulação são, aliás, a grande preocupação da população, segundo afiançou Rui Marques. O alargamento de veredas é o assunto predilecto da população, sobretudo quando faz o seu périplo pelas diversas freguesias. «As grandes obras, as grandes vias, estão feitas; as estradas principais também, tirando uma ou outra que é necessário e que fizeram parte, aliás, do meu manifesto eleitoral, mas de resto o que as pessoas estão a pedir é o alargamento de veredas. Qualquer casal tem o seu carro e é natural que queiram levar o carro até casa.»

Rui Marques vai fazendo o que pode, até porque, segundo garante,
o seu grande objectivo é dar resposta às necessidades da população, daí o trabalho que está a desenvolver no que diz respeito às questões do urbanismo.
Explicou que a câmara criou recentemente um regulamento que funciona como uma espécie de prolongamento do PRID (programa que ajuda na recuperação de casas mais degradadas) e vem colmatar os muitos pedidos que têm dado entrada na Investimentos
Habitacionais d a Madeira (IHM).

As zonas altas do concelho são as mais afectadas com a ausência de condições nas habitações. «Temos ali muita carência. Por acaso não fazia ideia. S ó estando no terreno, só visitando caso a caso é que nos apercebemos das dificuldades com que as pessoas ainda vivem.» Com este regulamento, «não podemos acudir toda gente mas vamos ajudando algumas pessoas e já vamos aliviando um pouco a lista que temos relativamente às candidaturas ao Instituto de Habitação».

Regulamento
A câmara criou um novo instrumento que vai permitir evitar muita burocracia e consequentes custos elevados para a simples construção de mais um quarto em casa...

Fã de regulamentos, Rui Marques tem nestes um instrumento que pretende evitar também alguma burocracia.
É o caso de um que foi criado para evitar as burocracias de pedidos de pequenas ampliações nas casas – «alguma garagem, uma sala, uma cozinha, uma casa de banho, ou seja, são pequenas construções que com uma pequena planta conseguimos resolver o problema mas que neste momento, como as coisas estão, é preciso entregar» uma série de documentos que acaba por representar muitos encargos para as pessoas.
Com o n ovo regulamento, há a garantia de que essa burocracia e consequentes encargos vão ser diminuídos.

Futuro. Para o futuro, «projectos não faltam, faltam é verbas», diz Rui
Marques, embora reitere que as grandes obras na Ponta do Sol estão feitas. Com as novas vias feitas e a proximidade dos concelhos limítrofe s e da capital madeirense, a procura de casa no concelho tem aumentado, disse ainda o autarca, que está convicto de que com o alargamento da vila para Norte essa procura vai aumentar ainda mais, até porque estão já previstos muitos investimentos na área da habitação.

Sempre o PDM... E a julgar pelas palavras de Rui Marques gente para investir não falta, o problema é mesmo o PDM. «Há muitos empresários que querem investir aqui no concelho só que estão a aguardar pelo PDM, e é uma necessidade, digo desde já.»

Investimento
Gente para investir não falta, mas enquanto o PDM não for
revisto, nada feito...
Antes de iniciar a revisão d aquele plano – «que era e continua ser uma das minhas prioridades» – viu-se perante a contingência de ter de decidir entre dois caminhos: Ou concentrava a atenção no gabinete técnico e «punha a câmara, ao nível do urbanismo, a funcionar normalmente e com mais tempo, com a situação já estabilizada, e depois voltava a minha atenção para a revisão, que é o que estamos a fazer neste momento», ou partia directamente para a revisão do PDM sem ter a câmara organizada.

O primeiro caminho foi o melhor que escolheu, disso Rui Marques não tem dúvidas, apesar de o PDM ser esta uma das principais armas dos seus opositores no concelho.

Para a revisão do documento, a “prata da casa” tem dado uma ajuda preciosa, assim como uma arquitecta cedida pela Secretaria do Equipamento Social, que está temporariamente na câmara, e um outro profissional da mesma área que está em estágio profissional.

Com a ajuda destes dois técnicos, as coisas vão andando, à custa de muitas horas de trabalho.
«Pretendo ter o relatório que é necessário para a revisão do PDM pronto em início de Outubro. A partir daí, abre-se o processo para a revisão.»

Penso que o (PDM) de agora vai ser mais realista.”
Só lamenta que agora «toda a gente perceba de PDM’s. .», referindo-se às críticas frequentes da oposição. Na altura em que foi feito, «com erros», reconhece, foi o possível. «Penso que o de agora vai ser mais realista e mais de acordo com as necessidades do concelho.»
Depois de pronto, o PDM vai então permitir o investimento privado, algum no âmbito de turismo – turismo rural e estalagens – e outro mais relacionado com habitação.

Futuro político. E o futuro o que reserva a Rui Marques? Seja por cautela ou por convicção, a verdade é que o jovem autarca não está ainda numa fase em que diga peremptoriamente “deixem-me ir embora”. «Ainda é muito cedo...»
Remete, por isso, uma resposta à sua continuidade na política para o penúltimo ano de mandato. Diz, a propósito, que só vai admitir a hipótese de recandidatar-se se tiver cumprido os objectivos a que se propôs e se o par tido o quiser. Mas deixa claro: Está na política e aceitou o desafio porque queria poder fazer algo pela população e não para servir outro tipo de interesses... «Quando falta r um ano, penso que vou estar em condições, com certeza, de dizer se continuo.
Mas isto não depende só de mim.

No que me diz respeito, se eu achar que tenho condições para continuar, dirijo-me ao dr. Alberto João Jardim e digo: “Se for da sua vontade, pode conta r comigo”. Mas isso vai depender de muita coisa.
Gosto de assumir um cargo mas ter a certeza de que as pessoas me querem cá... »

A gravata e a oposição...
Mas para além de todo o trabalho que teve de aprender a desenvolver
na câmara (embora com a ajuda de todo o pessoal, «do mais alto ao mais pequeno», sublinha), teve também de aprender a lidar com coisas mais ... prosaicas . Foi o caso do fato e gravata. Entre risos,
pega na gravata e diz, com alguma pena, «que tive de me habituar a
isto!». Virado para um estilo mais casual, cedo aprendeu que há
ocasiões em que precisa mesmo de vestir-se a preceito.
Outra das “espinhas” difíceis vai sendo «entrar naquele ritmo que é
exigido» e que se prende com os discursos a que o cargo que ocupa
obriga de quando em vez. «Isto de subir ao palco, pegar no microfone e falar, não sei se uma pessoa se habitua...

Ainda me faz um bocadinho de confusão. Estar a pensar o que vou dizer e depois ver como saiu, a ver se saiu bem... Essa parte ainda
me faz um pouco de confusão».

Há que vestir o fato de político e depois separar o que é a política do que é pessoal.”Mas a “cereja em cima do bolo” é mesmo a oposição. Com um suspiro, confessa: «Devo dizer que de início custou-me um bocadinho. Porque há que vestir o fato de político e depois separar o que é a política do que é pessoal. E isso fazia-me confusão porque eu levava algumas atitudes um bocadinho para a parte pessoal.

Agora perdi um pouco isso. É o trabalho deles...». Mesmo sabendo que é esse o papel que lhes compete, não concorda como que dizem nem como o fazem.

«Mas eles dizem-me mesmo isso: “Faz o teu trabalho que nós fazemos o nosso. O nosso trabalho é chamar-te a atenção” , mas por vezes custa...».

De qualquer maneira, Rui Marques tem consciência de que tem de
«aprender a não abrir o jogo todo», pois muitas vezes, diz, o que transmite aos membros da oposição acaba por ser aproveitado para as conferências de imprensa para criticar. As questões relacionadas com o PDM são exemplo disso, referiu. Por isso, diz, «é um aproveitamento d a situação e é querer ter algum protagonismo.

Mas é assim a política deles, é assim que trabalham. É uma política de protagonismo, mas pronto...».Ainda assim, a relação ao nível político mantém-se «cordial». «Ao nível pessoal, não tenho nenhum problema com nenhum deles.»

Tento evitar a parte das discussões.”Por ainda lhe ser difícil se parar as águas, «tento evitar a parte das discussões. Como não consigo Por ainda lhe ser difícil se parar as
águas, «tento evitar a parte das discussões.

Como não consigo lidar muito com essa parte de se parar o nível político do pessoal, prefiro evitar os confrontos políticos. Pelo menos
tenho tentado evitar até agora...Para mim, a política é servira população».




«Uma grande pessoa»
O secretário regional do Ambiente, Manuel António Correia, optou por distinguir dois planos, no que diz respeito a Rui Marques: O pessoal e o político, «embora os dois acabem por se cruzar, porque não acredito que se possa ser bom político se não se tiver boa formação pessoal de base». Do ponto de vista pessoal, destaca a boa educação, «é uma pessoa que se nota que teve uma formação de base muito grande, que vem, se calhar, da profissão dos pais, que são professores.

Valoriza a família, e nota-se isso no relacionamento com os pais e com a família mais recente, e é um aspecto a que sou muito sensível, porque também valorizo muito». O governante destacou ainda a lealdade «e uma pureza positiva muito grande». É por isso que «tem todos os alicerces pessoais para ser, para além da grande pessoa que já é, um grande político». Do ponto de vista político, «naturalmente que tem muito para crescer, mas te m o potencial necessário. E isso não é desvantagem, porque é muito novo ainda, t em já os valores das novas gerações, mas tem a aptidão, inclusive técnica, para levar para a frente a câmara». E embora reconheça que os desafios que se colocam hoje em dia à gestão pública são muito complexos, a diversos níveis, «ele tem essa preparação e juntamente com a sua equipa certamente fará um excelente trabalho».

Thursday, September 07, 2006

Ponta do Sol recebe competição

I Torneio de Patinagem “Sol Rolante 2006”

Ponta do Sol recebe competição

Ponta do Sol recebe sábado o I Torneio de Patinagem “Sol Rolante”, uma organização do CTM da Ponta do Sol que neste sua primeira iniciativa contará apenas com clubes da Madeira.


in JM a 07-09-2006

As provas terão início às 9h30, embora às 9h00 esteja agendada uma reunião com todos os delegados das equipas e atletas individuais/não federados, para serem dadas as últimas informações relativas ao desenrolar das provas.

A prova insere-se nas comemorações do Concelho da Ponta do Sol, numa perspectiva de criar um Torneio que, em edições futuras, conte com a participação de equipas do continente, que não foram possíveis este ano devido à prova não ter constado inicialmente no Plano Oficial de Provas Regionais e Nacionais da modalidade.

Deste modo, esta primeira edição do Torneio de Patinagem visa, acima de tudo, marcar um espaço no calendário regional e nacional para futuras edições, permitindo assim a todos os intervenientes prepararem-se convenientemente para uma época diferente do habitual.

Contam-se como participantes o Clube de Ténis de Mesa da Ponta do Sol, e três atletas individuais confirmados, encontrando-se ainda sujeitas a confirmação as participações do Marítimo, Estreito e Santanense.


JM

Quinta do Bill e Tambor na Ponta do Sol

Quinta-feira


Quinta do Bill e Tambor na Ponta do Sol


A animação continua na vila da Ponta do Sol. Inseridos no âmbito das festas daquele concelho [que se iniciaram no passado dia 31 de Agosto e que se prolongam até 10 de Setembro],vão realizar-se, nos dias 8 e 9 dois espectáculos que vão com certeza levar milhares de pessoas até à Ponta do Sol. Trata-se das actuações dos Tambor (dia 8) e os Quinta do Bill (dia 9), ambos às 22h00).

Depois de ambas as bandas terem passado em Agosto pela “ilha dourada”, é agora a vez de passarem pela Ponta do Sol, a convite da autarquia local.

Embora menos conhecidos que os Quinta do Bill, o percurso musical dos Tambor já começou em 1998, altura em que foi lançado o álbum “Cortina de Fumo” e o primeiro single “Espuma dos Dias”.

O segundo trabalho intitulou-se “Jamais Descer” e saiu à rua em 2002. O single de apresentação deste segundo trabalho foi “A Volta ao Mundo”.

No final de 2003 iniciou-se o processo de produção do terceiro CD e a tour “crónicas de marte 2004”.

O terceiro CD dos Tambor foi "Rádio" disco que contou com a produção de Fernando Martins e Samuel Henriques.

O grupo é composto por Alex (vocalista), Fernando Martins (guitarrista e teclas, ex-Ritual Tejo), Quimzé (bateria, percussão) e Miguel Teixeira (viola de arco, ex-Sétima Legião).

Quanto aos Quinta do Bill, esta é uma banda que já dispensa apresentações sobretudo porque já actuou na Região por diversas vezes e foi responsável por alguns dos temas mais rodados nas rádios nacionais, tais como, “Filhos da Nação” e “Voa (Voa)”.

O facto da carreira e dos temas dos Quinta do Bill estarem associados frequentemente a arraiais foi um ponto a favor da popularidade desta banda formada em Tomar, corria o ano de 1987.

"Sem Rumo", editado em 1992, afirmou-se como um importante marco para a banda, apesar de, após o lançamento do álbum, a banda tenha voltado aos ensaios e aproveitado para acrescentar elementos à formação.

As entradas de Nuno Flores e de Pedro Pimentel para o violino e teclas, provou tersido uma importante mais-valia para a qualidade musical do grupo.

O contrato assinado com a Polygram em 1993, foi outro dos momentos altos na carreira da banda, já que em 1994 saiu o tão conhecido e badalado tema “Os Filhos da Nação”.

O disco vendeu mais de vinte mil cópias e conquistou o disco de prata, enquanto que o título do álbum se transformou num verdadeiro hino. Um ano depois surgiu "No Trilho do Sol", um registo, composto por quinze temas, feito enquanto a banda realizou outra extensa digressão com mais de quarenta concertos.


"Dias de Cumplicidade" foi editado em 1998, saindo deste trabalho o single "Voa (Voa)". mostrou-se como o representante ideal do álbum.

Em 2000 saiu o "Best Of", uma compilação onde foram guardados os singles mais populares como "Os Filhos da Nação" ou "Menino", mas também temas como "Reunir aos Meus Amigos" ou "Dias de Cumplicidade".

No ano seguinte, a banda regressou aos escaparates com um novo conjunto de originais, intitulado "Nómadas".

Quer a actuação dos Tambor ou dos Quinta do Bill são boas razões para passar, este fim-de-semana, pela Vila da Ponta do Sol.

Lucia Mendonça da Silva

Associação dos Canhas promove Escola de Música

Já estão a decorrer inscrições para a aprendizagem de acordeão

Associação dos Canhas promove Escola de Música

A Escola de Música do Centro de Cultura e Recreio Pontassolense funcionará aos sábados das 9h30 às 12h30 e das 13h30 às 17h30. Por agora, vai começar com um curso de acordeão aberto a toda a população.

in JM a 07-09-2006




O Centro de Cultura e Recreio Pontassolense (Associação dos Canhas) abriu em Agosto deste ano uma escola de música que iniciou a sua actividade no dia 2 de Setembro.

Neste sentido, estão abertas a toda a população as inscrições para aulas de acordeão. Embora a intenção seja a de criar outros cursos para outros instrumentos musicais, por agora é apenas disponibilizada a aprendizagem de acordeão.

As aulas serão compostas por uma componente teórico/prática, sendo orientadas segundo métodos próprios. Cada uma das aulas terá a duração de 50 minutos.

De salientar que a Escola de Música do Centro de Cultura e Recreio Pontassolense (Associação dos Canhas), foi fundada em Agosto de 2006, por iniciativa da Direcção e de António José Sousa Freitas, este projecto tem como grande objectivo promover e incentivar o gosto pela música na Região onde as raízes e tradições musicais são muito fortes.

A Escola de Música do Centro de Cultura e Recreio Pontassolense é um espaço de estudos musicais, estando vocacionada para dar formação musical em diferentes áreas. Aquela escola funcionará aos sábados das 9h30 às 12h30 e das 13h30 às 17h30.
Os dirigentes daquela escola de Música «dão as boas vindas a todos os alunos, e agradecem a estes e aos encarregados de educação a confiança depositada nos seus serviços, para que com trabalho, humildade e dedicação possamos tornar pessoas mais cultas e melhores apreciadores de música, aqueles que agora iniciam os seus estudos musicais».


Sílvio Mendes

Tuesday, September 05, 2006

Festival encheu vila da Ponta do Sol

Espectáculos

in DN a 05-09-2006

Festival encheu vila da Ponta do Sol

Data: 05-09-2006




Mais um Festival de Folclore, desta vez a 16.ª edição, voltou a trazer muita gente à vila da Ponta do Sol, no passado domingo.

Integrado nas Festas do Concelho, que comemora 505 anos de existência, o Festival Internacional de Folclore tem trazido anualmente ao palco da Avenida do Mar novos grupos de vários pontos da ilha, do país e do estrangeiro. O evento começou conforme previsto, às 21h00, com a apresentação dos grupos participantes empunhando as suas bandeiras, que este ano contou com 7 formações, menos uma do que o previsto.

Pelas 21h30, teve início a primeira actuação da noite, com o grupo da casa a interpretar 5 temas e a provar que o trabalho em prol das tradições musicais é para continuar.

Seguiu-se o Rancho Folclórico e Etnográfico de Crestuma - Vila Nova de Gaia que actuou durante 20 minutos, para dar lugar ao grupo proveniente de Itália, o Folcloristico di Castel Madama, com 17 elementos, que se encontram na Madeira a convite do Grupo da Boa Nova. Este grupo cativou também bastante os presentes com os seus trajes, danças e coreografias. Às 22h45, entrou em palco o Grupo Folclórico da Casa do Povo do Curral das Freiras que, à semelhança do Grupo da Ponta do Sol, também usou os jogos tradicionais numa das coreografias. Seguiu-se o Rancho Folclórico Luz Candeeiros de Porto de Mós - Leiria, a anteceder o Folk Group "Ivan Vitez Tmski", da Croácia, com 10 elementos nas danças e 10 nos instrumentos. Para finalizar as actuações, esteve em palco o Grupo Folclórico Lavradeiras da Meadela - Viana do Castelo, contagiando o público com os seus ritmos e danças enérgicas que, adicionados aos trajes coloridos e às coreografias com muito boa coordenação, foram muito aplaudidos.

Ao DIÁRIO, António do Vale, presidente do Grupo de Folclore da Ponta do Sol, disse que «mais uma vez assistimos a um excelente espectáculo de acordo com a receptividade das pessoas, este ano com uma melhor perspectiva de palco, permitindo que as pessoas se espalhassem ao longo da avenida. As muitas barraquinhas de comes e bebes também vieram dar nova perspectiva ao evento. O palco teve como tema a tecelagem, sendo decorado com os tradicionais tapetes e mantas de retalho. Em relação aos grupos presentes, tivemos um bom equilíbrio que prendeu as pessoas até ao final do evento, e é sem dúvida um trabalho para continuar».

O Festival, que terminou em apoteose com um espectáculo pirotécnico, será transmitido pela RTP-Madeira no próximo domingo e, posteriormente, na RTP-Internacional.


Roberto Varela, Correspondente