Thursday, September 27, 2007

Programação está na recta final



Jornal da Madeira / Cultura / 2007-09-27

Na Ponta de Sol

Programação está na recta final

Há nove meses que a Ponta de Sol ostenta o título de Município da Cultura. Um compromisso lançado àquele concelho e que teve como principal objectivo descentralizar a cultura na Região, bem como dinamizar e promover iniciativas de índole cultural junto da população local.

O compromisso, de acordo com o vereador da Câmara Municipal da Ponta do Sol, não poderia ter obtido melhores resultados. A três meses do fim, Inácio Silva referiu ontem, na conferência de imprensa que serviu para apresentar a programação do quarto trimestre, que o balanço destes nove meses foi «bastante positivo», sobretudo tendo em conta o grande impacto que as iniciativas realizadas neste âmbito tiveram junto da população.

De acordo com este responsável, a afluência de público, quer nos eventos realizados no centro cultural, quer ao ar livre, tiveram uma procura que veio comprovar que há fiabilidade em continuar com iniciativas do género, para além do facto de ser ou não “município da cultura”.

Para Inácio Silva resta agora manter junto da população o interesse que foi conquistado logo no início deste ano, de modo a que, até ao final de Dezembro, a afluência se mantenha nos mesmos níveis.

Por esta razão, foi escolhida para os últimos três meses de 2007 uma programação bastante abrangente, que passa por exposições documentais, encontros culturais, espectáculos, conferências e lançamentos de livros.

Entre estes eventos, destaque para a realização do III Encontro Literário e Cultural organizado pela Associação de Escritores da Madeira e o Encontro Regional de Orquestras e Tunas de Bandolins que acontece no último fim-de-semana de Outubro. Para além destes, é de salientar também o espectáculo, em Novembro, com o grupo “Dançando com a Diferença” e ainda o concerto de Natal que será protagonizado em Dezembro com os Xarabanda e Grupo Coral e Instrumental da Casa do Povo da Ponta do Sol.

Para além dos espectáculos, a organização realça ainda o facto de, em Dezembro, o Centro Cultural John dos Passos apresentar uma conferência de imprensa com o músico e compositor Francisco Loreto, subordinada ao tema “Música: compreender com a razão para ouvir a emoção”.


Lucia Mendonça da Silva

Ponta do Sol revela programa cultural

Cultura e espectáculos

Ponta do Sol revela programa cultural

in DN a 27-09-2007

Foi apresentada, ontem, a programação do 4.º e último trimestre do Município da Cultura - Ponta do Sol 2007, que continua a apostar numa programação variada, predominantemente a ter lugar no Centro Cultural John dos Passos. Estão previstos eventos musicais, teatro, dança e literatura (ver quadro de cima).

A exposição documental 'Terra de Jornais: a imprensa ponta-solense, 1909 - 1923' abre a programação do 4.º trimestre do Município da Cultura já no próximo dia 1 de Outubro, às 18 horas, no Centro Cultural John dos Passos. Esta mostra ficará patente ao público até ao dia 31 de Dezembro de 2007 e poderá ser visitada livremente ou através de visitas orientadas pelo Serviço Educativo do Arquivo Regional da Madeira. De destacar, em Novembro, a estreia do grupo de dança inclusiva 'Dançando com a Diferença' no palco do Centro John dos Passos.

Roberto Varela, Correspondente

Centro paroquial da Madalena adiado

Jornal da Madeira / Região / 2007-09-26


Acessibilidades serão feitas dentro dos prazos previstos



Centro paroquial da Madalena adiado


A construção do centro paroquial da Madalena irá deslizar no tempo e a escola da mesma freguesia já não sofrerá uma intervenção de fundo, mas apenas «pequenas obras de remodelação», disse ontem o presidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol, Rui Marques, no final da reunião com o Governo Regional.

Em contrapartida, as acessibilidades previstas no Programa de Governo para o concelho da Ponta do Sol serão feitas dentro dos prazos previstos.

A variante da Madalena irá arrancar em 2008 e as restantes irão iniciar-se no final deste ano ou no princípio do próximo.

Também as escolas previstas terão as suas obras nos prazos estipulados, ou seja, «dentro de pouco tempo», explicou Rui Marques.

Na reunião de ontem com o Governo Regional, o presidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol disse ter feito uma proposta de substituição da construção da estrada que liga as zonas altas dos Canhas e da Calheta por «outras obras fundamentais para a freguesia dos Canhas». Alberto João Jardim aceitou a proposta.

Rui Marques falou também no túnel que fará a ligação ao norte da Ponta do Sol, tendo dito que esse projecto está, neste momento, a ser objecto de um estudo, após o qual a obra terá início. Os trabalhos estão previstos iniciarem-se em 2008.

O edil confirmou, por outro lado, que o Mercado Municipal já não será feito, tendo sido substituído pela construção de uma nova escola preparatória na nova extensão a norte da Ponta do Sol.

Rui Marques explicou ainda que este reajustamento das obras do Governo Regional no concelho decorre da necessidade de, com as eleições antecipadas de 6 de Maio, «reestruturar o Programa de Governo». Perante as dificuldades que se apresentam às câmaras e ao Governo, houve a necessidade de «redefinir prioridades», disse o edil.


Alberto Pita

Monday, September 10, 2007

Novo modelo de gestão para a água e resíduos




Governo Regional vai apresentar medidas para melhor articulação dos sistemas


Novo modelo de gestão para a água e resíduos

Jornal da Madeira / Região / 2007-09-09

O Executivo madeirense vai apresentar, em breve, iniciativas legislativas e administrativas que visam a aplicação de sistemas integrados de gestão dos resíduos e da água, incluindo, águas residuais.

De acordo com o secretário regional do Ambiente e dos Recursos Naturais, estes novos sistemas visam “o exercício concentrado das funções, hoje, ineficientemente, dispersas entre o Governo Regional e os 11 municípios e dentro destes”.

Segundo Manuel António Correia, esta solução integrada de gestão vai garantir um melhor serviço ao cidadão, através da redução dos custos que, actualmente, são suportados pelos deficitários orçamentos públicos.

Desta forma, vai ser possível potenciar sinergias e proveitos e assegurar a sustentação dos sectores, bem como a realização dos investimentos necessários e o aproveitamento dos fundos comunitários disponíveis.

A propósito, o governante criticou o facto da Madeira ser acusada de esbanjadora, enquanto aproveita os fundos, melhora a qualidade de vida dos madeirenses e cresce mas que “os madeirenses recusam e combaterão até à exaustão a inércia e as amarras ditadas pelo Estado à Madeira”.

Lamentou, ainda, que o actual sistema constitucional atribui responsabilidades políticas e financeiras às Regiões e aos municípios mas não lhes proporciona os meios tendo defendido a necessidade de “melhor Autonomia Política”, através da consagração da Unidade Diferenciada a concretizar na próxima Revisão Constitucional de 2009.

Já perante a UE, sublinhou que é necessário continuar a reivindicar e obter apoios à gestão dos equipamentos e serviços criados, tendo por base os princípios da Coesão Económica, Social e Territorial.

Em dia de festa para os pontassolenses, o governante enalteceu o trabalho dos seus conterrâneos e de todos quantos, nas mais diversas áreas, têm contribuído para o desenvolvimento da Ponta do Sol e garantiu que todos os compromissos constantes do Programa de Governo para aquele concelho serão executados até 2011.

Rui Marques, presidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol aproveitou a ocasião para reivindicar a intervenção na Estrada Regional 222, que liga a Vila da Ponta do Sol à freguesia dos Canhas, cujo pavimento se encontra bastante degradado.

A somar quase dois anos de mandato, o autarca reiterou que, perante o cenário de alguma complexidade em termos financeiros, decorrente da nova Lei de Finanças Regionais, há que revitalizar o investimento privado para compensar a diminuição do investimento público.

Contudo, sublinhou que, tendo em conta a revisão do Plano Director Municipal, cuja conclusão está prevista para o próximo Verão, o investimento será feito, mas sempre preservando o que o concelho tem de melhor, a beleza natural e o rico património.
Na oportunidade, foi entregue o prémio ao escritor açoriano, Mário Cabral, vencedor da 1.ª edição do Prémio Literário John dos Passos, com a obra “O Acidente”.

Foi, também, apresentado o livro “Notas históricas e outros apontamentos históricos da Ponta do Sol”, uma compilação do historiador Gabriel Luís Pita dos textos publicados pelo Pe. João Vieira Caetano, que esteve 54 anos ao serviço do apostulado paroquial pontassolense.


Élia Freitas

Dificuldades acrescidas para os escritores ilhéus

Jornal da Madeira / Cultura / 2007-09-08

Prémio Literário John dos Passos

Dificuldades acrescidas para os escritores ilhéus

É entregue hoje na Câmara Municipal da Ponta do Sol o Prémio Literário John dos Passos, cujo vencedor foi o escritor açoriano Mário Cabral, com o romance “O Acidente”. Foi escolhido entre 19 concorrentes e mereceu a recompensa de 2.500 euros.
Ontem, o autor manteve uma conversa com os jornalistas e explicou que a obra experimental relata o encontro de várias personagens após um acidente. Com vários anos de escrita literária este foi o primeiro prémio recebido por Mário Cabral.

Recordando as dificuldades de publicação e de reconhecimento fora dos centros literários do País, Mário Cabral salientou que “levei muitos anos a tentar. Aliás, cheguei a pensar que nunca iria conseguir publicar, porque não estava em Lisboa, um clube em que funcionam muitas coisas não da maneira mais clara e objectiva”.

Mário Cabral disse ainda que, como não se encontrava na capital portuguesa, “não ia às festas nem conhecia as pessoas certas”. De qualquer modo, conseguiu publicar alguma poesia, pela editora Campo de Letras. Considera, no entanto, que “por um lado não me posso queixar porque estou numa ilha mais recuada do que a Madeira, menos aberta ao mundo e consegui”.


Paula Abreu

Alvim “curte” Madeira até segunda-feira


Jornal da Madeira / Cultura / 2007-09-08



Nas festas da Ponta do Sol


Alvim “curte” Madeira até segunda-feira

Com ou sem polémicas por causa da realização de eventos nocturnos na vila da Ponta do Sol, a verdade é que ontem à noite, aquela zona estava bem animada e composta por uma imensidão de gente, para ouvir o cantor português Beto.

Antes da entrada em palco do músico romântico, que durante alguns anos fez parceria com Rita Guerra (com quem gravou o CD “Desencontros”), as Festas do Concelho da Ponta do Sol promoveram o concurso “Caça Talentos”, com participantes na música e na pintura.

Um bom “aperitivo” para os sons que se fariam ouvir depois, com a voz intensa do cantor de “Porto de Abrigo” e de “Influências”. Contudo, e devido ao avançado da hora para o fecho da nossa edição, não nos foi possível fazer a cobertura do concerto do cantor.

Conversamos, no entanto, com Fernando Alvim, o DJ de serviço para o evento “Soldance@luar”. Com o sentido de humor que lhe é característico, o locutor de rádio disse que não fazia “a menor ideia” do que iria sair dali, no que se refere aos seus comandos da mesa de mistura. Mas estava certo de que o público iria aderir às músicas e às suas brincadeiras. De improviso, iria passar temas actuais, bem dançaveis, como também iria passar músicas pimbas. “Normalmente misturo essas músicas com os sons mais actuais”. Prometeu uma interacção muito forte entre o próprio e o público, “não apenas verbal, mas sobretudo a nível musical”. Humorista por natureza, referiu ainda que a dose de humor desta sua prestação estava precisamente na mistura musical que iria fazer.

Na televisão, Fernando Alvim vai dar início no próximo dia 18 de Setembro, à segunda série do programa “Boa Noite Alvim”, no ar até Dezembro. Mantém-se na “Prova Oral” da Antena 3 e, a par disso, tem uma revista, escreve para o jornal “Metro” e organiza festival de música “Termómetro”, entre outras tarefas. Admite que nem sempre consegue fazer tudo a que se predispõe. A solução ideal seria o dia ter 36 horas, das quais dormia cinco. “Seria perfeito!”

Com pouco tempo para si próprio, Fernando Alvim admite que, actualmente tem apostado mais na qualidade de vida. Prova disso é que, tendo sido contratado para animar uma noite da Ponta do Sol, o humorista vai ficar na Madeira até segunda-feira. “Vou curtir”


Paula Abreu

Pontassolense 0-0 Infesta

Pontassolense 0-0 Infesta


Festival de golos perdidos e não só


in DN a 10-09-2007

O Pontassolense não foi além de uma igualdade a zero, numa partida marcada pela gritante falta de eficácia do seu sector ofensivo.

Glauco e Ruben estiveram em plano de destaque ao desperdiçarem inúmeras oportunidades para fazer funcionar o marcador. O Pontassolense, apesar de lhe ter pertencido o total controlo da partida e as melhores oportunidades, revelou elevados índices de ansiedade. A transposição da defesa para o ataque nem sempre foi conseguida. Os processos ofensivos foram efectuados de forma lenta e bastante denunciada. A equipa da casa desde cedo instalou-se no meio- campo do adversário, na procura do golo.

Cientes do valor do adversário, os homens do Infesta apostaram numa estratégia defensiva, mas sempre na espreita do contra- golpe.

Uma táctica que iria surtir o efeito desejado. Os nortenhos saíram da Ponta do Sol com um ponto conquistado ante um adversário que nunca soube destronar uma 'muralha' defensiva superiormente comandada pelo seu 'capitão' Nelson.

João Roque esteve em plano irregular.

Opiniões

João Luís (treinador do Pontassolense): " Não foi o que nós queríamos. No entanto, fizemos o mais que suficiente para sair daqui com um vitória. Não demos qualquer oportunidade ao adversário. Trabalhamos muito contra uma equipa, que se fechou lá atrás. Contudo, conseguimos criar inúmeras oportunidades para vencer".

Manuel António (técnico do Infesta): " Fizemos um jogo calculista, apesar de não estarmos rotinados neste tipo de campo. Conseguimos parar, em certa medida, o maior fluxo atacante do Pontassolense. Aqui e ali, tivemos alguma sorte, que faz parte do jogo. Contudo, no cômputo geral a igualdade acaba por justificar-se pelo nosso excelente trabalho defensivo".

Martinho Fernandes

Cerca de três mil aderiram à biblioteca na praia

A leitura ganhou um lugar de destaque na praia da Ponta do Sol. Já a partir de hoje este serviço ao público deixa de existir.


Cerca de três mil aderiram à biblioteca na praia

O balanço é positivo. A Câmara da Ponta do Sol promete nova edição em 2008, com novidades

in DN a 10-09-2007

Agustina foi à praia. Levou Eça, Pessoa e uns amigos americanos que também gostam destas andanças. A festa fez-se no calhau, com os habituais do dia, os matutinos, e as amigas cor-de-rosa, raparigas modernas e bem vestidas que costumam fazer furor entre velhos e novos.

Juntos participaram na 'Biblioteca de Verão', um concerto diferente, aplaudido por cerca de três mil pessoas que ao longo de oito semanas vibraram com linhas e palavras, sem acordes, embaladas pelas ondas do mar da Ponta do Sol.

A 'festa' do livro começou a 15 de Julho e terminou ontem, juntamente com as comemorações do concelho e mais de uma semana depois do previsto, devido ao sucesso, que ultrapassou as expectativas da organização.

Ser bem sucedido, no entanto, parece não ser suficiente, e incentivar a leitura não tem a força para mover vontades. A 'Biblioteca de Verão' volta em 2008, com novidades, assegurou o vice-presidente da autarquia, Inácio Silva, mentor deste projecto, mas não vai continuar até ao final desta época balnear, explicou o responsável, por "falta de pessoal".

Esta primeira edição da 'Biblioteca de Verão' foi assegurada pelo programa 'Jovens em Formação', que não continuou em Setembro.

Sobre as novidades para o próximo ano, a resposta não veio. A ideia, frisou, é "inovar".

Cerca de uma centena de títulos estiveram disponíveis ao público a título gratuito, entre livros, jornais, revistas e jogos. Nas praias da Madalena do Mar também tiveram bons resultados.

Paula Henriques

'Seca' de uma hora à chuva marca noite de concertos na Ponta Sol

Foi com cerca de uma hora de atraso que os grupos chegaram a palco. Os primeiros a actuar foram os Caim que subiram a palco para um concerto, enquanto o público acompanhou do outro lado...


'Seca' de uma hora à chuva marca noite de concertos na Ponta Sol

A actuação dos Caim que antecedeu a dos Pólo Norte, estava prevista para as 21, mas só começou às 22 horas e mesmo assim perante pouco público

in DN a 09-09-2007

São Pedro não entrou na festa e o resultado foi um sábado molhado, penalizando as Festas do Concelho da Ponta do Sol que ontem tinham o ponto alto com os concertos dos Caim e dos Pólo Norte.

O futebol, com a prestação da selecção nacional frente à Polónia, à mesma hora, também não terá contribuído para a afluência do público que uma hora depois do previsto pouco ultrapassava as duas centenas.

A fraca adesão poderá ser uma das justificações para o adiamento de 60 minutos no arranque dos concertos. De qualquer forma, a decisão acabou por desagradar quem escolheu deslocar-se até à zona Oeste e teve de esperar de pé, protegendo-se como pode nas barracas.

Aparentemente a espera valeu a pena, porque o público aplaudiu efusivamente a actuação de Duarte Arribança, Bruno Lobo, Pedro Fonseca, Luís Rosa e Nélio Freitas. Curiosamente (e mais uma vez devido à chuva que teimou em assistir no ao evento) à distância, abrigado dentro do túnel e junto às paredes do hotel na tentativa de se proteger.

Remando contra a maré e ao som do rock alternativo, os Caim conhecidos pelo tema 'Beg a Dime' não desmotivaram e tocaram para os presentes algum do seu repertório.

O grupo formado por músicos da Madeira e continente, os primeiros naturais da Ponta do Sol, deram conhecer que têm novos projectos musicais e fizeram questão de agradecer o apoio da Câmara Municipal neste capítulo.

A actuação dos lisboetas Pólo Norte estava prevista para logo depois dos Caim. Devido ao adiantado da hora já não foi possível à redacção do DIÁRIO dar-lhe conta desta actuação.

João Filipe Pestana/Paula Henriques

Megafesta na Ponta do Sol

Cartas do leitor

A. Jardim

Megafesta na Ponta do Sol

in DN a 09-09-2007

Ao ver uma notícia "Hotéis transferem os clientes por causa de megafesta", do dia 4 de Setembro, não pude deixar de ficar estupefacto com os sinais de ignorância da Lei manifestados pelo presidente da câmara.

Os espectáculos e actividades ruidosas contemplados no artigo 30º do Decreto-Lei nº 310/2000, de 18 de Dezembro, referem-se a eventos públicos nas vias e demais lugares públicos e não a festas privadas, de acesso limitado ao público. De acordo com a Lei, as bandas de música, grupos filarmónicos, tunas e outros agrupamentos musicais não podem actuar nas vias e demais lugares públicos dos aglomerados urbanos desde as 0 até às 9 horas. O funcionamento de aparelhos sonoros que projectem sons para as vias e demais lugares públicos, como será este o caso, só poderá ocorrer entre as 9 e as 22 horas.

No artigo 32º, refere que "a realização de festividades, de divertimentos públicos e de espectáculos ruidosos nas vias e demais lugares públicos só pode ser permitida nas proximidades de edifícios de habitação, escolares e hospitalares ou similares, bem como de estabelecimentos hoteleiros e meios complementares de alojamento, desde que respeitando os limites fixados no regime aplicável ao ruído". Isto quer dizer o óbvio: têm que ser cumpridos os limites sonoros estabelecidos na Lei - por outras palavras: não pode haver barulho!

As licenças especiais de ruído previstas na Lei referem-se a circunstâncias excepcionais, de manifesto interesse público e cultural, o que nunca será o caso de uma festa com fins lucrativos. Estas licenças não são para atribuir em prejuízo do interesse público.

Como pode um presidente da câmara responsável dar "autorização" para fazer ruído à revelia da Lei e do legítimo interesse público, com prejuízo evidente para a população e para o turismo, e dizer que "estamos a falar de duas noites em 365 dias"!?... Não vá lembrar-se um dia desses de "autorizar" duas noites de gatunagem (ou outra coisa qualquer do género) e dizer nos jornais "estamos a falar de duas noites em 365 dias"!

"Barbaridades" das Finanças Locais marcaram discursos na Ponta do Sol

O concelho da Ponta do Sol comemorou ontem 506 anos.


"Barbaridades" das Finanças Locais marcaram discursos na Ponta do Sol

Em dia do concelho, os dois hinos foram ouvidos no hastear da bandeira, traçaram-se metas e o Governo de Sócrates foi apelidado de "ditatorial"


in DN a 09-09-2007


Críticas ao Governo da República e a uma penalizadora nova Lei das Finanças Regionais e Locais, uma mão-cheia de novos projectos para o concelho, bem como um balanço dos quase dois anos de governação do município, constituíram o mote da sessão solene das comemorações do dia do concelho da Ponta do Sol, a par dos Hinos Nacional e da Região, que se fizeram ouvir no hastear da bandeira.

Na cerimónia, o presidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol, Rui Marques, apontou o dedo ao "ataque vergonhoso" de que tem sido alvo a Região, afirmando que a nova Lei de Finanças Locais "vem penalizar, e a duplicar", os municípios.

Rui Marques disse que a atribuição de mais competências às autarquias, não acompanhadas das respectivas verbas necessárias, a "usurpação de poderes, interferências na gestão camarária, endividamento zero e a contenção de despesas com o pessoal" constituem "barbaridades, só possíveis num regime ditatorial". Numa espécie de balanço do mandato, o autarca reforçou o progresso do concelho no que concerne a infra-estruturas e acessibilidades, e enumerou uma série de obras já realizadas e agendadas, pedindo especial atenção ao Governo Regional para o facto de ser "importante e urgente" uma rápida intervenção na Estrada Regional 222 - que liga a vila à freguesia dos Canhas -, dado que o pavimento se encontra bastante degradado.

O presidente ponta-solense reforçou duas importantes obras que já estão adjudicadas pelo Governo Regional, nomeadamente a expansão da vila para norte e a já existência de um estudo com um possível traçado para a via expresso até aos Canhas.

Por sua vez, o secretário regional do Ambiente e Recursos Naturais, Manuel António Correia, em representação de Alberto João Jardim, apontou o trabalho realizado no concelho natal, apesar "das dificuldades impostas à Região pelo persecutório e antidemocrático poder socialista da República".

"Os municípios, tal como a Região Autónoma, e com enormes consequências negativas para os cidadãos, para as empresas e instituições em geral, padecem de um errado sistema político-constitucional em vigor no país", atirou, acrescentando que "a postura do todo nacional perante o progresso da Madeira é ingrata e injusta".

Manuel António Correia disse ainda que constitui um objectivo fulcral ter "mais e melhor autonomia política", através da consagração do "princípio da unidade diferenciada", a concretizar na próxima revisão constitucional de 2009.

"Perante a União Europeia, é necessário continuar a reivindicar e obter apoios à gestão desses equipamentos e serviços, em particular por via dos sobrecustos na Região", frisou, atirando que, perante o Estado, vão continuar a exigir que este assuma responsabilidades.

O secretário regional focou também o que tem sido feito na gestão de resíduos sólidos urbanos e do projecto em fase final de execução, com um custo global de 160 milhões de euros. Em relação à água potável, Manuel António Correia frisou que o serviço público tem uma cobertura total na actualidade e que na recolha e tratamento de águas residuais a situação é idêntica.

Concelho quer "revitalizar investimento privado"

Perante o cenário "de alguma complexidade, em termos financeiros, resultante da nova lei das Finanças Regionais", a Câmara Municipal da Ponta do Sol está apostada em revitalizar o investimento privado, de modo a colmatar a diminuição do investimento público.

Segundo o presidente da Câmara, Rui Marques, a autarquia, indo ao encontro dos anseios de empresários e munícipes do concelho, iniciou este ano a revisão do Plano Director Municipal (PDM), prevendo a conclusão destes trabalhos no próximo Verão.

"Apesar de termos consciência de que o actual PDM é um pouco restritivo, optámos por seguir um processo normal de revisão, seguindo opiniões de técnicos e especialistas na matéria", apontou o autarca.

Embora sabendo que se trata de um processo moroso e burocrático, Rui Marques apontou que o investimento é importante, mas que está fora de questão pôr em risco o que o concelho tem de melhor: "A beleza natural e o rico património".

Zélia Castro

Torneio 'Sol Rolante' na Ponta do Sol




Desporto

Torneio 'Sol Rolante' na Ponta do Sol

in DN a 08-09-2007

O CTM Ponta do Sol organiza amanhã mais uma edição do Torneio 'Sol Rolante', em patinagem de velocidade, destinado a Pré-escolares, Escolares, Infantis, Iniciados e Absolutos.

A competição tem início marcado para as 10 horas, no Pavilhão da Ponta do Sol, depois da reunião de juízes, seguindo-se um intervalo para almoço entre as 12 horas e as 15h30.

Depois, será feita a cerimónia de encerramento às 17h30, a qual compreende um exibição de ginástica artística e desfile dos atletas participantes.

O Torneio 'Sol Rolante' irá terminar depois das 18 horas, quando forem entregues os prémios aos patinadores melhor classificados.

C. M.

Mário Cabral com livros na forja

Nascido na ilha Terceira, Açores, Mário Cabral até pensou em deixar de escrever.


in DN a 08-09-2007

Mário Cabral com livros na forja




O autor da obra vencedora do Prémio John dos Passos revelou novos projectos



A vida é feita de surpresas. E para Mário Cabral, de 44 anos, vencer, com 'O Acidente', da primeira edição do Prémio Literário John dos Passos, criado pelo Município da Ponta da Sol, não passava pela cabeça do escritor, natural da ilha Terceira (Açores).

"A editora Campo das Letras é que concorreu e quando me telefonaram a dizer que o romance tinha conseguido o prémio foi uma surpresa total porque estava alheio ao concurso", admitiu.

"Fiquei contente por o prémio ser da Madeira", acrescentou, ontem, o autor de 'Histórias duma Terra Cristã' (crónicas, Horta, 1996), 'O Meu Livro de Receitas' (poesia, Pedra Formosa, 2000) e 'O Livro das Configurações' (romance, Campo das Letras, 2001), na sessão que decorreu no salão nobre da Câmara Municipal da Ponta do Sol, Município da Cultura.

Surpresas à parte, Mário Cabral confessou "ter lido John dos Passos" e reconheceu que "é um grande escritor do século XX com imensos reflexos em tudo quanto sejam autores desse período".

Já sobre 'O Acidente', romance vencedor do Prémio Literário John dos Passos, Cabral disse: "A ideia, no fundo, é simples, na medida em questiona se na vida as coisas acontecem por acaso, ou se tudo tem um sentido".

Na sessão, o autor fez saber "que está a escrever um romance em três volumes sobre a história da família".

"Não irá sair já, porque antes será editado outro romance", adiantou Mário Cabral, cujo gosto pela escrita começou aos 15 anos: "Pensei que não iria publicar nada porque não estava em Lisboa e não conhecia as pessoas certas, mas mesmo assim comecei por publicar poesia".

José Salvador

Friday, September 07, 2007

Cavaleiro errante



Cavaleiro errante

Rádio, televisão, imprensa e livros... já fez de tudo um pouco. Hoje é DJ e está na Madeira para animar uma festa. 'Ó Alvim', diz de tua justiça!

Quase todos os portugueses já lhe disseram "boa-noite", mas nós, cá no EXTRA, fomos mais longe e dissemos-lhe "bom-dia". E, hoje, também tu vais poder ver e ouvir Fernando Alvim e, quiçá, dizer-lhe "boa-noite, Alvim"... e se fores menina tens, provavelmente, mais hipóteses de que isso aconteça. Isto porque o conhecido apresentador da SIC Radical vai estar na Ponta do Sol, hoje à noite, para animar a tua noite na festa Sol_dance@Luar.

Em dois ou três, vá lá, quatro dedos de conversa, o actual apresentador da SIC Radical explicou ao EXTRA como será a prestação na festa. 'O dartacão', 'A abelha Maia' ou 'O Tom Sawyer' são músicas "mais atrevidas e menos convencionais" do que o habitual que, segundo o próprio, e nós acreditamos, o "distingue" e "marca" enquanto DJ.

Fernando Alvim é um promissor comunicador que, em 20 anos de currículo radiofónico e televisivo, sempre que diz alguma coisa, uma piada surge pelo meio. "O humor é a minha principal ferramenta e a que mais gosto de utilizar", disse o maroto Alvim.

No entanto, o também homem da rádio foi mais longe e fez uma revelação bombástica: "Não gosto de ter pressão para fazer humor, daí nunca ter entrado no meio do 'stand-up comedy'".

Seria impossível não falar sobre televisão. Era como entrevistar Diogo Dias, VJ da MTV Portugal, e não o questionar sobre as 'interessantes' escolhas do canal em termos musicais. Bem, voltando ao Alvim. O apresentador assumiu que os formatos televisivos de hoje, como novelas e programas ditos de entretenimento, não fazem o seu género.

Mas Alvim esticou a corda e afirmou: "Eu não me reconheço minimamente com esse tipo de programas", admitindo que gostava de liderar uma revolução para mudar os programas que hoje preenchem as televisões portuguesas, mas confessou, com muita pena: "Não estou muito ligado ao poder". Ora bolas, e nós a pensar já em meter uma cunha... bem, azar! Em todo o caso, se quiseres ver Alvim a pôr impressões digitais nos discos, aparece esta noite na praia da Ponta do Sol.


extra@dnoticias.pt

Cartas do leitor: Ponta do Sol

DIÁRIO: Cartas do leitor

Duarte Pires, Ponta do Sol


in DN a 07-09-2007


Não sei como começar a escrever sobre a hipocrisia dos hoteleiros "Baía do Sol" e "Quinta da Rochinha" porque este assunto cheira-me a esturro e do forte.

Primeiro vamos ao "hotel de baixo", que ameaça transferir os turistas devido ao barulho da música. O conselho que lhes dou é que aproveitem esta trasferência de hóspedes e levem também o último andar do vosso hotel, pois este estragou por completo a paisagem que tínhamos desde a avenida para o interior da vila. Até vocês aparecerem, mesmo sem relógio, sabia sempre as horas. Bastava olhar para a torre da igreja. Agora o que vejo é um mamarracho à minha frente...

Pensei que com o hotel na vila, a mesma teria mais movimento. Puro engano. Turistas são poucos e, quem sabe, o problema não está mesmo dentro do "grande hotel".

Em relação ao "hotel de cima", a memória é curta porque não há muitos anos (2 ou 3) fartaram-se de realizar festas junto ao vosso miradouro até altísssimas horas da madrugada sem nunca se preocuparem com o ruído. Eu mesmo liguei por várias vezes para a PSP alertando para o facto de às 04h00 já ser tempo de vos fazer calar o bico, mas a resposta dada era sempre que o "arraial dos lanchas" estava devidamente autorizado. Agora que são os outros a organizar um evento, vêm vocês, tipo Maria Madalena, exigir o que quer que seja. Que moral possuem? Há pessoas que não se enxergam e têm o hábito de olhar de cima para baixo todos os outros (leia-se do alto da Quinta da Rochinha para o fundo da vila da Ponta do Sol).

Mais um pequeno pormenor curioso: as vossas festas eram semiprivadas. As do Concelho da Ponta do Sol são para todos, sem excepção. Ninguém precisa de convite para entrar...

Escola renovada nos Canhas

Jornal da Madeira / Região / 2007-09-07




Conselho de Governo decidiu ainda avançar com construção de praça na Tabua

Escola renovada nos Canhas

O Conselho do Governo decidiu, ontem, adjudicar a obra de redimensionamento da Escola Básica do 1.º Ciclo do Carvalhal e Carreiras, na freguesia dos Canhas.

Esta iniciativa, que se insere no programa de requalificação do parque escolar que o Governo Regional vem prosseguindo, consiste na ampliação e beneficiação dos espaços interiores e exteriores do edifício escolar existente, tendo como finalidade permitir a sua utilização no regime de escola a tempo inteiro, englobando o 1.º ciclo e o ensino pré-escolar.

De acordo com Brazão de Castro, que ontem assumiu as funções de porta-voz do Conselho de Governo, a intervenção a efectuar compreende a construção de novas salas de aula e dos respectivos apoios gerais, passando a escola a funcionar com oito salas de aula para as diferentes áreas curriculares e dotada de um refeitório.

Inclui também a recuperação e beneficiação do polidesportivo exterior, com a aplicação de pavimento sintético e a construção de novos balneários de apoio ao mesmo.

O custo da obra agora adjudicada, segundo o secretário dos Recursos Humanos, ascende a cerca de 13 milhões de euros.

O Conselho do Governo resolveu, ainda, adjudicar a obra de construção da praça para convívio comunitário da Tabua, freguesia do concelho da Ribeira Brava.

Trata-se de uma intervenção de qualificação de um espaço urbano daquela freguesia, incluindo, para além da referida praça cenrtral, espaços para a Casa do Povo, a execução de um anfiteatro e de uma zona de parque infantil.

O custo da obra ascende a cerca de 1,3 milhões de euros.

Ao nível desportivo, o Governo Regional homologou o acordo que o Clube Desportivo da Ribeira Brava fez com o Executivo madeirense pela utilização das novas instalações do Centro Desportivo da Madeira, que hoje serão inauguradas naquele concelho.

Na prática, e conforme explicou Francisco Fernandes, secretário regional de Educação e Cultura, aquilo que ficou acordo foi o princípio de utilização. Quanto a valores a pagar pelo clube pela utilização do espaço, nada quis adiantar.

«Nada disso foi tratado, ainda. Foi acordado o princípio de que o Ribeira Brava poderá utilizar aquela instalação. Tudo o resto irá decorrer a partir de agora», confirmou aos jornalistas o governante, à saída da reunião do Conselho de Governo.


Celso Gomes

Beto e Pólo Norte animam Ponta do Sol

Agenda

Beto e Pólo Norte animam Ponta do Sol

Suplemento / Quinta-feira / 2007-09-06



Os Pólo Norte actuam no próximo sábado na Marginal da Ponta do Sol num concerto integrado nas Festas do Concelho que tiveram início no passado dia 1 de Setembro.
Antes da actuação do grupo, sobem ao palco os CAIM, grupo nacional que conta com dois elementos naturais da Ponta do Sol.

Nas noites de sexta e sábado haverá discoteca ao ar livre, com “Soldance@luar”(com o DJ Fernando Alvim (humorista do “Levanta-te e Ri”) e com as Vespas, respectivamente. No sábado de manhã, realizar-se-á a sessão solene do Dia do Concelho para além da entrega do prémio literário John dos Passos e lançamento do livro “Notas Históricas e outras Estórias da Ponta do Sol”.

Um dia antes, na sexta-feira, sobe ao palco desta festa, pelas 22h00, o cantor Beto, cantor de “Porto de Abrigo” e “Influências. O espectáculo de Beto sucede ao concurso “Caça Talentos” que se vai premiar concorrentes na área da Voz, do Instrumento e da Pintura.

Beto, que costuma cantar, em dueto, com Rita Guerra, tem interpretado temas de bandas sonoras de telenovelas portuguesas.

De referir que o programa das Festas do Concelho da Ponta do Sol inclui vários eventos desportivos tais como torneios de badminton, futebol infantil, madeiraball, futsal e ainda rally papper e um Festival de Bandas (dia 9), entre outras iniciativas.


Odília Gouveia

Ponta do Sol convida à festa



Música


Ponta do Sol convida à festa


Pólo Norte, Caim e Beto são os artistas/grupos com presença garantida este fim-de-semana nas 'Festas do Concelho'.

in DN, "Fim-de-Semana", a 06-09-2007


Nem todos os caminhos vão dar à Ponta do Sol, mas este fim-de-semana muitos vão marcar a pequena vila no seu roteiro. É que o concelho está em Festa e apresenta, na sexta e no sábado, motivos que justificam uma deslocação, como os concertos dos Caim, Pólo Norte e ainda o Festival 'Caça Talentos', com a participação do cantor Beto.

'Deixa o Mundo Girar', tema que dá o nome ao álbum, é quase obrigatório na actuação da banda lisboeta. Além deste, deverão ser interpretados outros, como 'A Dança' e 'Pele', juntamente com os clássicos que ao longo do tempo levaram o grupo aos tops nacionais, nomeadamente 'Aprender a ser Feliz' e 'Longe'.

'Um Homem Caiu', 'Um Caso Raro', 'Não Tenho Medo do Escuro', 'Faz de Conta', 'Forçar a Corrente', 'Espaço' e 'Quando a Cidade Adormece' complementam o mais recente álbum da banda, gravado em 2005, e sob o qual o concerto de sábado deverá incidir. A noite começa com os Caim, um projecto composto por músicos madeirenses e lisboetas, cuja face mais visível é o tema da telenovela 'Morangos com Açúcar', 'Beg a Dime'.

O grupo de música alternativa criado em 2001 e vencedor do 'Antena3 Rock' é composto por Duarte Arribança (voz), Bruno Lobo (guitarra), Pedro Fonseca (guitarra), Luís Rosa (baixo) e Nélio Freitas (bateria). Tocam a partir das 21 horas. Depois dos concertos, a noite é complementada com discoteca Vespas ao ar livre.

Amanhã também há motivos para passar pela sede de concelho. O festival 'Caça Talento' apresenta propostas nas áreas da pintura/desenho, instrumentos e voz, nomeadamente seis na primeira categoria, cinco na segunda e oito na terceira.

Os concorrentes na área da pintura e desenho vão realizar os trabalhos ao vivo, enquanto decorre a actuação dos colegas. Nos 45 a 50 minutos que o júri escolhe o vencedor, Beto vai interpretar alguns dos temas mais conhecidos da sua carreira.

A partir da meia-noite, há discoteca ao ar livre na praia, intitulada 'Soldance@Luar'.

A festa continua até domingo, com a realização do 'Festival de Bandas', pelas 20h30, a fechar o cartaz.

Paula Henriques

Wednesday, September 05, 2007

«Não cedo um milímetro» no programa de festas





Presidente da Câmara da Ponta do Sol garante ter avisado em Julho a directora do Baía Sol



«Não cedo um milímetro» no programa de festas


Jornal da Madeira / Região / 2007-09-05



A discoteca ao ar livre no próximo fim-de-semana na Ponta do Sol está a gerar polémica. Os hoteleiros do centro da vila não gostam da ideia de ter música sábado e domingo até de madrugada e o hotel “Baía Sol” já admitiu mesmo transferir os seus clientes para outras unidades do grupo. O presidente da Câmara disse que a directora desse hotel foi avisada atempadamente do programa e garante, por isso, não «ceder um milímetro».

O presidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol garante que as festas programadas para a marginal e praia da Ponta do Sol, no âmbito das comemorações do 506.º aniversário do concelho, vão realizar-se, apesar da contestação dos hoteleiros.

Os hoteleiros do centro da vila criticam a realização de uma discoteca ao ar livre no próximo fim-de-semana, por a música ser tocada até de madrugada, impedindo os hospedes de descansar. Segundo o DN-Funchal, o hotel da marginal Baía Sol irá até transferir os seus hospedes para outras unidades do grupo espalhadas pela ilha.
O presidente da Câmara diz que as críticas «não têm razão de ser» e adianta que a directora daquele hotel foi avisada em Julho passado sobre o programa de festas e, na altura, não se opôs.

«Eu próprio falei com a directora do hotel, em Julho, e ela disse-me que era uma questão de alertar as agências» para que estas avisassem previamente os clientes, disse o autarca, confessando ter ficado «descansado» com a resposta dada, mas lamentando agora não ter tido «a preocupação de pôr isso por escrito».
«Talvez isso tenha sido o meu erro», admitiu ontem o edil.

Apesar de no ano passado nem todas as pessoas terem apreciado a discoteca dentro do túnel, pois o som também chegava cá fora, a verdade é que a polémica não assumiu estes contornos. A diferença este ano é que a discoteca será na marginal e na praia, mesmo em frente ao Baía Sol, terminado já bem de madrugada.

Para o autarca, dentro ou fora do túnel «o barulho é praticamente o mesmo». Ainda assim, a Câmara deu indicações para que as colunas de som fossem viradas para o mar, por forma a «reduzir o impacto» sonoro.

Defendendo este programa de festas, Rui Marques apresenta outros argumentos: «a Ponta do Sol precisa de alguma animação», pois actualmente o centro da vila transformou-se num «deserto» a precisar de «alguma vida». Para mais, acrescenta, esta é a única altura do ano em que há «festa rija».

O presidente de câmara diz acreditar que os munícipes «entendem» estes argumentos e, em sua perspectiva, «as unidades hoteleiras deveriam ter isso em atenção».

Em proporções mais reduzidas, o edil recorda as «noites de Verão» que ocorreram este ano como uma iniciativa que dinamizou aquele centro. «O hotel ganha com isso, toda a gente ganha com isso».


Saída de clientes «não me diz respeito»

O presidente da Câmara da Ponta do Sol recusa aceitar a responsabilidade da eventual saída de clientes do “Baía Sol” para outras unidades do grupo.
«Isso é uma coisa que não me diz respeito», afirma o edil, lembrando que avisou previamente o hotel. E se este não avisou os clientes então Rui Marques entende que foram os responsáveis desse hotel quem não fez o “trabalho de casa”.
«Não sou eu que tenho de ir alertar as agências para esse pormenor. Eu falei com a directora; a directora que alertasse as agências para esse facto», afirma.
Por tudo isto, o autarca garante que as festas vão realizar-se nos termos em que foram programadas. «E vou continuar firme na minha posição. Não vou ceder um milímetro», promete.


Alberto Pita

Tuesday, September 04, 2007

Hotéis transferem os clientes por causa de megafesta

Os responsáveis das duas principais unidades hoteleiras da vila da Ponta do Sol acham que há falta de bom senso na autorização de uma festa - discoteca ao ar livre - até às 7 horas da manhã!


Hotéis transferem os clientes por causa de megafesta

Câmara Municipal da Ponta do Sol autoriza festa até às 7 horas, o que leva hotéis a prepararem a transferência dos seus clientes
O Hotel Baía Sol vai colocar os clientes no Santo da Serra. Já a Qt.ª da Rochinha vai pôr os turistas na concorrência e mandar a conta à Câmara.



in DN a 04-09-2007


A realização de uma megafesta na Ponta do Sol, no próximo fim-de-semana, está a deixar os hoteleiros da vila muito nervosos. Porque a Câmara Municipal da Ponta do Sol autorizou que a discoteca ao ar livre - por conta da prestigiada Vespas - funcionasse até às 5 da madrugada de sábado e até às 7 horas da manhã de domingo, horário que não é conciliável com o que os hotéis vendem aos operadores e, consequentemente, aos turistas.

Embora Rui Marques, o presidente da Câmara, procure desdramatizar a situação, entendendo que a questão foi colocada atempadamente aos hoteleiros e que esta autorização é excepcional, "pois estamos a falar de duas noites em 365 dias", a verdade é que os responsáveis por duas das principais unidades hoteleiras da vila não estão satisfeitos com o horário de funcionamento da festa.

Com ambos os hotéis cheios - mais de trezentos estrangeiros -, a realização de um megaevento das Vespas vai causar uma noite de pandemónio junto dos turistas, que apesar de apreciarem a animação oferecida, não vão admitir que o seu repouso seja perturbado.

De acordo com as informações que recolhemos, a direcção do Hotel Baía Sol já começou a avisar os seus clientes do que se vai passar no fim-de-semana, oferecendo como alternativa a transferência para uma das duas unidades que o grupo tem na Madeira, o Hotel do Santo ou a Estalagem Quinta do Sol, no Funchal.

Situação mais complicada é a que se perspectiva viver na Estalagem Quinta da Rochinha. Porque, como referem os seus responsáveis, "uma coisa é gerir o descontentamento de um cliente até à meia-noite ou duas da manhã, outra é explicar que ele não pode dormir pois há uma festa até às sete da manhã!".

No caso desta unidade hoteleira, a solução em preparação é a de transferir a maioria dos clientes para outras unidades hoteleiras fora do concelho, sendo certo que a factura será enviada para a Câmara Municipal.

Para os profissionais do turismo contactados, a situação que se vai viver na Ponta do Sol no próximo fim-de-semana "é de completa irresponsabilidade", porque ninguém contesta a importância da animação ou de o concelho ter um programa de festas. O que se questiona é o horário e, até, o tipo de eventos, numa região que vende sossego, a natureza e sobretudo quer valorizar a sua cultura. Daí que a condenação pelo horário aprovado pela Câmara Municipal seja unânime, já que todos os agentes ligados ao turismo não têm dúvidas de que "há falta de bom senso", pois é a autarquia quem penaliza os interesses da economia local, uma vez que são os hotéis que geram emprego e riqueza.

Rui Marques compreende as razões evocadas e por esse motivo diz que durante os primeiros dez dias de festas, o fecho foi definido entre a meia-noite e as duas horas. Mas não quer privar a população de animação, pois, como recorda, "se não fizermos nada, é porque não há animação. Se fazemos é porque faz barulho...".

Decidido, o presidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol deixa um recado a quem se sentir perturbado com a festa: "Vou endossar ao gabinete jurídico da Câmara todas as queixas".

Processo cautelar pode impedir

É uma medida possível, embora nenhum dos responsáveis contactados o quisesse confirmar. Mas o DIÁRIO sabe que há um advogado a estudar a possibilidade de avançar com um processo cautelar.

Tal como é descrito, o processo cautelar - normalmente designado, erradamente, de providência cautelar - surge como um instrumento pronto e eficaz de segurança e prevenção para a realização dos interesses, ou melhor, dos direitos subjectivos dos litigantes. Tendo em vista assegurar a permanência ou conservação do estado das pessoas, coisas e provas, enquanto não atingido o estágio último da prestação jurisdicional.

A avançar a tese defendida pelo advogado de uma das unidades hoteleiras, a entrada de um processo cautelar determinaria, de imediato, o impedimento da realização da festa até que o juiz do tribunal competente se manifeste.

O que está legislado é que quando seja requerida a suspensão da eficácia de um acto administrativo - a aprovação do horário da festa - a autoridade administrativa não pode prosseguir a execução, salvo se em resolução fundamentada reconhecer, no prazo de 15 dias, que o deferimento da execução seria gravemente prejudicial para o interesse público.

Miguel Torres Cunha