Esquadra da Pt.ª do Sol em risco de desabar

No local onde antes era evidente a cedência do terreno, nasceu uma buganvília.
Foto victor hugo


Madeira

Esquadra da Pt.ª do Sol em risco de desabar

in DN a 07-03-2008

O acesso à esquadra da Polícia de Segurança Pública da Ponta do Sol regista diversas fendas, pondo em segurança os agentes e os cidadãos que se deslocam àquela unidade. Depois, o edifício não oferece as mínimas condições de trabalho aos 23 agentes presentes naquela unidade.

O surgimento das brechas no chão poderá acelerar a construção de raiz da esquadra ou a transferência do serviço policial para outro edifício ou, em última instância, o encerramento da unidade na Ponta do Sol, à semelhança do que já aconteceu na Camacha, em que os agentes foram transferidos para a esquadra de Santa Cruz.

Sabe-se que o Laboratório Regional de Engenharia Civil foi solicitado para dar um parecer sobre a sustentabilidade e a segurança da infra-estrutura na zona onde está implantada - num cabeço à beira da ribeira.

Uma das preocupações prende-se com o desmoronamento da base dos muros. Os agentes já têm instruções para evitar ali estacionar os automóveis policiais.

Se no exterior as condições estão à vista de todos, dentro, o cenário é também desanimador. A precariedade das instalações já levou José Magalhães, secretário de Estado-Adjunto da Administração Interna e o comandante da PSP, Jorge Moutinho Barreira, a realizar, recentemente, uma visita 'relâmpago' à esquadra para se inteirarem das condições de trabalho dos agentes.

De acordo com informações recolhidas, o Ministério da Administração Interna admitiu transferir a esquadra para outro local. Para isso, a Câmara Municipal da Ponta do Sol, que tem interesse em manter a PSP no concelho, terá rapidamente de providenciar um edifício ou um terreno para construir a nova esquadra.

Ora, precisamente na última reunião de câmara, José Manuel Coelho, vereador eleito pelo Partido Socialista, manifestou-se preocupado com a eventualidade do actual corpo de agentes da PSP poder vir a ser "desmembrado em dois". Coelho referiu, na ocasião, que os concelhos vizinhos da Calheta e da Ribeira Brava poderiam ser dois dos concelhos cujas esquadras poderiam vir a albergar os agentes desalojados da actual unidade da Ponta do Sol, caso a autarquia não encontre rapidamente uma solução para a PSP.

Na sessão ordinária, o vereador da oposição sublinhou que "seria um erro grave com consequências desastrosas ao nível da segurança para a população do concelho".

Novo Terreno em vista para a futura esquadra

Rui Marques, presidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol, adiantou que teve, recentemente, uma reunião com Jorge Moutinho Barreira a quem transmitiu a disponibilidade da câmara ceder um terreno para as futuras instalações da PSP.

A parcela de terra apontada pelo autarca da Ponta do Sol situa-se a norte da vila, numa área considerada de expansão residencial. Perante nova insistência dos dois vereadores socialistas, Marques revelou que o terreno será alvo de expropriação, procedimento que compete ao Governo Regional, através da Secretaria do Equipamento Social.

Os serviços da PSP da Ponta do Sol funcionam ali desde a década de 60 e, apesar de existir boa vontade política da Câmara Municipal e do MAI, há quem considere que a "bola" está no lado de Rui Marques. Refira-se que a futura esquadra chegou a ter um lugar definido: junto à rotunda da via expresso. Porém, a câmara projectou para ali a construção de um auto-silo e a PSP viu adiada a sua pretensão.


Victor Hugo