Tuesday, November 21, 2006

Melhor defesa do país imbatível há 450 minutos


Pontassolense com início de época notável.


in DN a 21-11-2006


Melhor defesa do país imbatível há 450 minutos

Pontassolense tem a defesa menos batida dos campeonatos nacionais e não sofre golos há cinco jogos consecutivos


O Pontassolense continua em grande na série A da II Divisão, ao ponto de a sua carreira já ter passado a surpresa inicial para a (agradável) certeza actual.

Se vista à "lupa", o desempenho da equipa de Lito Vidigal, que este fim-de-semana alargou para cinco pontos o avanço sobre o segundo classificado, revela uma grande solidez defensiva e um bom aproveitamento ofensivo. Ou seja, a equipa sofre poucos golos e é eficaz no ataque.

Ao fim de oito jornadas, o conjunto da Ponta do Sol apresenta a melhor defesa de todas as equipas dos campeonatos nacionais, da Liga e Federação, com dois golos consentidos. Um na primeira jornada (3-1), com o Lousada, e outro à terceira ronda (1-1) na Maia.

Quem marca nos Canhas?

Significa isto que ninguém conseguiu bater ainda Vítor Pereira nos quatro jogos realizados no Campo dos Canhas. Mais: o guarda-redes do Pontassolense está há 450 minutos sem sofrer golos. Se acrescentarmos o jogo da Taça de Portugal (1-0), em Esmoriz, então já são 540 minutos consecutivos sem ver a bola "abanar" as suas redes. Disso só se podem gabar até á data Kiwi (Lousada) e Quim (Maia).

No plano oposto, conclui-se que a equipa não precisa de fazer muitos golos para ganhar os seus jogos. Ainda assim, a média não é má (13 golos, em 8 jogos), o segundo melhor ataque da série, atrás do Fafe (14).

Depois da grande capacidade de concretização das duas primeiras jornadas (3-1 ao Lousada e 4-0 ao Vila Meã), daí em diante só por uma vez que o Pontassolense marcou mais de um golo (2-0 ao Moreirense). Restam três vitórias pela margem mínima (todas por 1-0) e um golo foi também o que rendeu um ponto na deslocação à Maia (1-1). Em "branco", a equipa ficou apenas uma vez, no último jogo nos Canhas com o Ribeirão.

Se aceitarmos que numa equipa de futebol o equilíbrio entre a defesa e o ataque é uma condicionante decisiva, então o Pontassolense de Lito Vidigal é o exemplo de conjugação dos dois factores. Um exemplo de sucesso...


Emanuel Pestana

Monday, November 20, 2006

Derrocada fecha estrada


in JM a 20-11-2006
Sítio dos Anjos, Canhas, volta a ser notícia

Derrocada fecha estrada




Parte da estrada no sítio dos Anjos foi coberta por entulho e pedras. Os serviços da Direcção Regional de Estradas mobilizaram meios humanos e materiais para a limpeza daquela via.



A antiga estrada regional no sítio dos Anjos, nos Canhas, ficou ontem interrompida ao trânsito por algumas horas devido a uma derrocada ocorrida por volta das 8 horas. Uma apreciável quantidade de entulho, pedras e lama desabou para a estrada, de grande altura, colocando em perigo automobilistas e transeuntes.

Os serviços da Direcção Regional de Estradas mobilizaram meios humanos e materiais para o local numa operação de limpeza que decorreu por volta do meio-dia.

A estrada foi fechada em ambos os lados, quer no acesso da Madalena do Mar, quer no da Ponta do Sol, junto ao túnel, sendo que, neste local, os veículos estavam impedidos de ultrapassar a fita de segurança, pois esta estava a um metro do chão.

Esta situação viria a afectar os residentes que tinham de se dirigir para suas casas, do lado da Ponta do Sol. O deslizamento de entulho para a via pública verificou-se a seguir à queda de água, entre a Ponta do Sol e a Madalena do Mar e as pessoas que queriam ir para suas casas tiveram de aguardar que os serviços de limpeza fossem concluídos. Isto, ao contrário do acesso por parte da Madalena do Mar, já que a fita deste lado foi colocada a uma altura que servia de aviso e permitia ao mesmo tempo a passagem excepcional dos moradores com os seus veículos.

Imprudência
de agricultores


Não é a primeira vez que ocorrem deslizamentos de terras e pedras na zona afectada, só que em pequenas proporções, ao contrário desta que preencheu toda a largura da via. “Felizmente não há vítimas a lamentar” diziam os moradores do sítio, apontando o dedo a agricultores que regam os terrenos de cultivo e, imprudentemente, deixam as águas correrem desgovernadas para a beira da rocha a ponto de provocarem estas derrocadas. “Os terrenos não suportam tanta água e acabam por deslizar e arrastar pedras e entulho para a estrada”, sustentou um dos nossos interlocutores. A este propósito, justifica, as derrocadas naquela zona não se compreendem de outra maneira, visto que a chuva até tem sido muito pouca nestes últimos dias.

Este residente, que também corre o perigo de ser apanhado por uma derrocada devido a essa imprudência, é de opinião que alguém tem de assumir responsabilidades por estas situações anómalas. De entre outras situações, assim como o encerramento daquela via, este residente lembra as despesas inerentes aos meios empenhados pela Direcção Regional de Estradas, num domingo, quando os trabalhadores estão em casa e são “incomodados” para efectuarem aquele serviço.

Recorde-se que a outra parte deste sítio foi afectada há alguns meses por uma derrocada que rebentou com os poços de rega, deixando os agricultores sem água para os seus terrenos. Desta vez é ao contrário, é água a mais que é deixada correr desgovernada para a estrada.


Ferdinando Bettencourt

Câmara vai exigir renda pela esquadra da PSP


in JM a 20-11-2006

Se o Governo da República não construir um novo posto policial

Câmara vai exigir renda pela esquadra da PSP

Rui Marques lembra que o terreno previsto para a esquadra ficará junto ao futuro jardim municipal e posto de venda de artesanato.

A Câmara Municipal da Ponta do Sol vai exigir, ao Ministério da Administração Interna, renda pelo edifício onde agora está instalada a PSP. A autarquia diz que não tem tomado essa posição até agora devido ao excelente trabalho desenvolvido por aquela força policial, mas afirma-se cansada de esperar que seja construída uma nova esquadra no local.

Rui Marques diz que o aumento não será para já, mas assume que a questão está em cima da mesa e que será uma realidade se o Governo da República continuar sem apresentar uma solução viável para a PSP local, em termos de instalações.

O presidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol recorda que o edifício em causa apresenta alguns sinais de degradação e que, neste momento, face aos cortes financeiros, a autarquia não tem meios de o recuperar.

«Tudo vai depender da posição que o Governo da República tiver com a Ponta do Sol. Se Lisboa não tiver consideração connosco, nós também não temos que ser solidários com as dificuldades deles» — acentua.

O nosso interlocutor lembra ainda que já tem o terreno disponível para a construção de uma nova esquadra da PSP. Fica localizado junto à rotunda da Ponta do Sol, no local onde esteve para ser construído o centro lúdico e desportivo e também o mercado municipal, infra-estrutura esta que será construída mais a norte, na zona de expansão da vila.

O presidente da CMPS diz que nesse terreno será construído um jardim municipal, com estacionamento subterrâneo e ainda uma pequena zona de lazer, com parque infantil, bem como uma área de bar e esplanada e uma outra destinada à venda de artesanato. A autarquia reservará uma parte do terreno para a construção da esquadra, intenção essa que, conforme enfatiza, já foi transmitida, por mais de uma vez, ao Comando Regional da PSP-Madeira.

O edil diz que ainda não reuniu com o actual responsável (superintendente Guedes da Silva), mas que já o fez com o seu antecessor (superintendente Pinto do Carmo). E mostra-se aberto a conversar com o primeiro sobre este problema.

Rui Marques diz ainda que já está cansado de falar sobre o assunto e que agora compete à PSP ou ao MAI dar o próximo passado. O autarca reconhece que os tempos são difíceis, mas lembra que o terreno será cedido…

O nosso interlocutor faz ainda questão de enaltecer o trabalho desenvolvido pela PSP no local, frisando que o seu agastamento é com o MAI e não com os agentes, «que têm sido notáveis no empenho e dedicação a este concelho». Aliás, «com esta posição até estamos a defendê-los, a lutar pela melhoria das suas condições de trabalho».

Fechar a avenida está fora de questão

Rui Marques diz que fechar a Avenida Primeiro de Maio ao trânsito está fora de questão, porque isso iria contribuir para que a vila ficasse mais vazia.
O autarca refere que o projecto da edilidade passa por criar condições para uma praça de táxis e ainda para o estacionamento de autocarros de turismo. De resto, uma ou outra melhoria ao nível de mobiliário urbano e das zonas verdes.

O presidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol diz-nos ainda que a remodelação do centro da vila já está realizada, com a requalificação das artérias, o fecho das ruas ao trânsito e a recuperação de fachadas de edifícios. O edil releva ainda o facto de estar em curso o reforço do abastecimento de água aos Canhas. E acrescenta que, o próximo passo, àquele nível, passará pela melhoria da ligação aos domicílios.

Fechar a avenida está fora de questão

Rui Marques diz que fechar a Avenida Primeiro de Maio ao trânsito está fora de questão, porque isso iria contribuir para que a vila ficasse mais vazia.
O autarca refere que o projecto da edilidade passa por criar condições para uma praça de táxis e ainda para o estacionamento de autocarros de turismo. De resto, uma ou outra melhoria ao nível de mobiliário urbano e de zonas verdes.

O presidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol diz-nos ainda que a remodelação do centro da vila já está realizada, com a requalificação das artérias, o fecho das ruas ao trânsito e a recuperação das fachadas de edifícios. O edil revela ainda o facto de estar em curso o reforço do abastecimento de água aos Canhas. E acrescenta que, o próximo passo, àquele nível, passará pela melhoria da ligação aos domicílios.

Miguel Angelo

Friday, November 17, 2006

Estudantes em protesto




in JM a 17-11-2006

Escola Secundária da Ponta do Sol amanhece fechada a “sete chaves”

Estudantes em protesto

Rui Anacleto disse ao JM que a Secretaria Regional de Educação está a dar instruções a todas as escolas para que não permitam, de maneira nenhuma, situações como a ontem registada na Ponta do Sol. A maioria dos alunos não pode ser prejudicada e deixar de ir às aulas.


A Escola Secundária da Ponta do Sol amanheceu com todas as suas portas fechadas a cadeado. Ninguém sabe quem foi o autor da “proeza”. O Conselho Executivo desconhece, inclusive, quais as razões para tal acto. O JORNAL da MADEIRA esteve no local e falou com alunos e com a vice-presidente do Conselho Executivo.

Os primeiros, com medo de represálias, não quiseram identificar-se mas lá foram dizendo que tomaram conhecimento da “greve” de alunos através de mensagens pelo telemóvel, por e-mail ou por messenger. Disseram-nos desconhecer quem colocou os cadeados nas portas daquele estabelecimento de ensino mas garantiram que os responsáveis da escola já sabião que iria haver greve e quais os motivos da mesma: descontentamento com os horários “carregados”, insatisfação com a forma como decorrem as aulas de substituição e valores de propinas que, quando chegarem à universidade, vão ter de pagar.

Ou seja, os alunos estão a protestar contra algumas situações do seu dia-a-dia mas também já manifestam o seu descontentamento relativamente a problemas que ainda não enfrentam mas que surgirão quando deixarem aquela escola e seguirem o ensino universitário.

Margarida Relvas, vice-presidente do Conselho Executivo, garantiu ao JM que «ninguém conhecia as razões da greve». «Ouvia-se conversas entre os miúdos, boatos. Mas nada que levasse a pensar que chegariam a estes extremos».

A colocação dos cadeados nas portas ocorreu já depois da meia-noite, uma vez que há ensino nocturno naquele estabelecimento de ensino. Às 6 horas e 45 minutos, quando o funcionário que tem a seu cargo, a abertura dos portões, chegou ao estabelecimento de ensino, de imediato, entrou em contacto com a presidente do Conselho Executivo, a qual encetou esforços no sentido de a situação voltar à normalidade o mais rápido possível. A PSP foi chamada ao local, sendo que teve de intervir no sentido de afastar os alunos que se foram amontoando na rua. Pelas 8 horas e 20 minutos, já os cadeados tinham sido retirados e as aulas começado. Mas, segundo nos contou Margarida Relvas, alguns alunos só voltaram às aulas pelas 9 horas e 30 minutos, pelo que tiveram falta de presença. Esta situação afectou cerca de 450 a 500 alunos que frequentam aquela escola na parte da manhã, sendo que o total de discentes é de mil e cem.

Os alunos da Ribeira Brava tam bém se manifestaram contra as aulas de substituição, mas de uma forma mais ordeira.

Punição para os autores

O director regional de Educação desconfia que o protesto realizado ontem na Escola Secundária da Ponta do Sol tem fins político-partidários. Em declarações prestadas ao JORNAL da MADEIRA, Rui Anacleto explicou que a sua suspeita tem origem no facto de, ainda na semana passada, mais concretamente na quinta-feira, a JC ter apelado à concentração dos jovens em frente à Secretaria Regional de Educação, num protesto contra aulas de substituição, exames e outras questões.

Até agora, e conforme nos garantiu o director de Educação, não se sabe quem colocou os cadeados na porta da escola mas Rui Anacleto garante que, caso venha a conhecer-se o/ou os autores, «haverá punição». «Ainda não sei qual será o castigo, mas que a situação não vai ficar em branco, lá isso não vai», adianta.

Quanto aos factos que levaram os alunos da Ponta do Sol a protestar, lembra ainda «que as aulas de substituição são uma medida tomada a nível nacional, os exames são também nacionais».

A Secretaria de Educação ainda “dourou a pílula” no que toca às aulas de substituição, possibilitando aos alunos de irem para uma sala de estudo ou para a biblioteca.


Carla Ribeiro

Alunos da Ponta do Sol contra aulas de substituição

Os cadeados nos portões deixaram, ontem de manhã, cerca de 800 alunos à porta da Escola da Ponta do Sol.



in DN a 17-11-2006


Alunos da Ponta do Sol contra aulas de substituição

A Escola Básica e Secundária da Ponta do Sol esteve, ontem, encerrada durante meia hora


Trinta minutos foi o tempo que durou o protesto dos alunos da Escola Básica e Secundária da Ponta do Sol. Na manhã de ontem, um grupo de alunos encerrou a cadeado os portões deste estabelecimento de ensino em forma de protesto contra as aulas de substituição.

Segundo a direcção da escola nada fazia prever esta situação. Contudo, Gabriela Relva confirma que na segunda-feira passada circularam prospectos anónimos a anunciar a greve dos alunos. "Houve um tipo de panfleto que dizia 'Greve de Alunos a 16 de Novembro', que foi afixado aqui na escola sem nenhuma identificação. Nós recolhemos esses panfletos, uma vez que não tinham identificação e o Conselho Executivo não tinha dado autorização para afixar qualquer panfleto." Em declarações à TSF-Madeira, Rui Anacleto, director regional da Educação, associou estes panfletos a outros que, na semana passada, circularam na Escola Secundária Jaime Moniz e acrescentou que "há qualquer tipo de manifestação político-partidária por detrás disto, porque ainda na semana passada ouvi o líder da Juventude Comunista a apelar à concentração dos jovens à frente da Secretaria Regional da Educação".

Gabriela Relva não é da mesma opinião, "não havia grande necessidade de haver uma força política por detrás disto." De acordo com a presidente da Direcção Executiva o protesto de ontem "foi uma manifestação de alunos mais decididos a contestar".

No que diz respeito às aulas de substituição, Gabriela Relva avançou que "são para continuar" e acrescentou que "a direcção da escola vai ter de reflectir sobre a forma como alguns professores estão a trabalhar as aulas de substituição e verificar se o tipo de actividades está adequado ao nível etário dos alunos."


Graça Freitas

Wednesday, November 15, 2006

Exposições marcam cinco anos da Associação dos Canhas



in DN a 15-11-2006

Cultura

Exposições marcam cinco anos da Associação dos Canhas



A Associação dos Canhas está a comemorar esta semana o seu 5º aniversário. Para assinalar a data, a colectividade inaugura amanhã duas exposições: uma de fotografia com alguns registos das actividades desenvolvidas ao longo da sua existência, e outra com um conjunto de trabalhos manuais, nomeadamente peças bordadas a ponto cruz, telas e desenhos. Estas duas mostras vão ficar patentes ao público na sede, a partir das 19h00 de amanhã, e até à próxima segunda-feira.

Simultaneamente, e a par da abertura das exposições, está prevista a apresentação da página oficial da Associação dos Canhas, onde além do historial e organograma da colectividade estará disponível um conjunto de informações úteis sobre as actividade que desenvolve, nomeadamente no campo da inserção social, através da empresa '+ Cidadão' e na área do desporto, com aulas de karaté e ginástica. Para o final do dia está agendado um jantar convívio com sócios, entidades oficiais e outros convidados.

As comemorações do 5º aniversário começaram na última segunda-feira com um pequeno ciclo de cinema infantil dedicado às escolas da freguesia, onde estiveram alunos do Carvalhal, Lombo dos Canhas e Vale e Cova.

O programa de aniversário contempla ainda uma palestra sobre saúde, hoje, a final e entrega de prémios do torneio de roleta, na sexta, e um convívio para os idosos, no próximo sábado.


Paula Henriques

Tuesday, November 07, 2006

Jardim apela à solidariedade para colocar Governo do «Sr. José Sócrates na rua»


in JM a 07-11-2006

Jardim apela aos portugueses e forças partidárias para que unam esforços para pôr governo de Sócrates na rua




Jardim apela à solidariedade para colocar Governo do «Sr. José Sócrates na rua»

O presidente do Governo foi ontem aos Canhas para mais uma inauguração e defendeu que está na hora de «pôr na rua» o governo do «sr. José Sócrates». Alberto João Jardim falou ainda do OE, que hoje começa a ser discutido, e classificou-o de desastroso para o país.

Solidariedade para “livrar” Portugal

Sobre a obra inaugurada, Alberto João Jardim considerou que é das mais importantes que se fez no concelho. «Vem significar uma das soluções mais importantes, em termos de acessibilidades e de disciplina do ordenamento do território nos Canhas», disse

O presidente do Governo Regional voltou, ontem, a reafirmar, que está na altura de Portugal se ver livre do actual Governo da República. Falando durante a inauguração de um caminho municipal, na freguesia dos Canhas, Alberto João Jardim salientou que «é preciso solidariedade entre todas as forças políticas e toda a população — seja qual for a sua orientação partidária — para que, todos juntos, possam livar Portugal deste Governo do sr. José Sócrates».

A propósito dos novos «constrangimentos que vão caindo sobre a Madeira», o presidente considerou-os um castigo, sobretudo «para os que acreditaram no socialismo». «Agora, vão ver que as dificuldades não vêm só para cima dos que votaram no PSD. Aguentem-se», prosseguiu.

Na véspera de se iniciar, na Assembleia da República, mais um debate sobre o Orçamento de Estado, Jardim voltou a classificar o documento de «desastroso para o futuro do país». «Destrói as expectativas que os funcionários públicos legitimamente tiveram e ganharam ao longo da sua vida. Deita mais encargos para cima daqueles que menos podem. É um Orçamento de Estado que, pelo contrário, só os mais ricos deste país aplaudem. Se isto é o socialismo, então deixem-me ser comunista», considerou Alberto João Jardim.

«É um Orçamento que não corta na despesa, mas sim nas obras e no investimento, que faz reduzir os postos de trabalho e aumenta a despesa do Estado naquilo que não é produtivo nem gera rendimento. Penso que estão todos loucos», acrescentou ainda o chefe do Executivo madeirense.

Perante as dificuldades que se avizinham, Jardim deixou um aviso à navegação: «Vamos aguentar firmes e ter ainda mais juízo na repartição das despesas», frisando que, depois das grandes obras, está na hora de resolver problemas pequenos. E como exemplo, citou o caso dos Canhas, onde existem, actualmente, 33 veredas por alargar.
Neste âmbito, Alberto João Jardim levou uma boa notícia ao presidente da Câmara, Rui Marques. «Na última reunião de Governo, decidimos aprovar um contrato-programa excepcional — para além dos investimentos do programa de Governo — por forma a complementar as grandes obras feitas na Ponta do Sol».


Celso Gomes

Ponta do Sol vai receber apoio "excepcional"

in DN a 07-11-2006



Novo arruamento tem uma extensão de 1.100 metros e custou perto de dois milhões de euros à autarquia ponta-solense.





Ponta do Sol vai receber apoio "excepcional"

Jardim foi ontem aos Canhas inaugurar uma nova estrada e garantir mais dinheiro para a Ponta do Sol


O concelho da Ponta do Sol vai receber um apoio "excepcional" do Governo Regional, garantiu ontem Alberto João Jardim, sem quantificar o valor da transferência para os cofres da autarquia local.

Falando nos Canhas, durante a inauguração de uma estrada, o presidente do Governo Regional justificou a decisão, aprovada na última reunião do executivo, com o bom trabalho que o presidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol (CMPS), Rui Marques, está a realizar. "No último ano, tenho feito aqui neste concelho uma série de importantes inaugurações", afirmou Jardim, explicando que os apoios extraordinários serão dados através da celebração de contratos-programa entre o Governo e a CMPS.

A verba, que o líder do executivo não adiantou de onde sairá, será destinado à execução de pequenas obras, herdadas por Rui Marques da anterior vereação. "É necessário alargar 33 veredas, e vou precisar da colaboração de todos para fazer este trabalho", disse o autarca, pedindo a solidariedade do povo com a Câmara e com o Governo Regional. Só assim, frisou, os cortes financeiros "impostos" por Lisboa podem ser combatidos.

Jardim, alinhou pelo mesmo discurso, e numa semana em que será discutido um "desastroso" Orçamento de Estado, apelou à união de todos os portugueses, "independentemente da cor política", para "livrar" o país do primeiro-ministro José Sócrates. "Temos de ser solidários", afirmou, prometendo que o Governo Regional irá continuar "firme e rijo" nesta política, apesar dos constrangimentos que têm caído sobre a Madeira. "É bem feito para quem votou nos socialistas, só é pena estarmos todos a pagar a factura".


Márcio Berenguer

Monday, November 06, 2006

Jardim inaugura na Ponta do Sol

in DN a 05-11-2006

Jardim inaugura na Ponta do Sol

Presidente do Governo inaugura caminho municipal




O presidente do Governo Regional desloca-se amanhã ao concelho da Ponta do Sol para inaugurar o caminho municipal de ligação da estrada do Lombo de São João à Achada e Levada do Poiso, nos Canhas.

Esta obra cria uma alternativa ao anterior acesso, que se caracterizava por ser muito estreito e dificultar o trânsito.

Com uma extensão de 1.100 metros e seis metros de largura de faixa de rodagem, este novo caminho, que recebeu uma pavimentação asfáltica, vem dotar de acesso rodoviário uma zona agrícola e habitacional, anteriormente inexistente na freguesia dos Canhas.

Foram executadas terraplenagens, construídos muros de suporte e lançadas redes de distribuição de água potável e residuais.

Trata-se de uma obra da Câmara Municipal da Ponta do Sol, através de contrato-programa com o Governo Regional, que ascendeu a 1.850.000,00 euros.


Raquel Gonçalves

Alegações finais marcadas para o final de Dezembro

in DN a 04-11-2006

A sessão de ontem foi totalmente preenchida pela inquirição de uma testemunha requerida pela defesa de António Lobo.



Alegações finais marcadas para o final de Dezembro

O julgamento do 'caso' Lobo teve ontem, no Tribunal da Ponta do Sol, mais uma sessão



As alegações finais do alegado caso de corrupção que envolve cinco funcionários da Câmara Municipal da Ponta do Sol (CMPS), entre os quais o ex-presidente António Lobo, estão marcadas para 21 de Dezembro.

A calendarização da ponta final do processo, que arrancou em Abril deste ano, foi decidida na sessão de ontem, totalmente dedicada à inquirição de uma testemunha requerida pela defesa do ex-autarca.

António Rodrigues da Silva, que está relacionado com um dos processos que consta dos autos, foi ao tribunal da Ponta do Sol, dizer que não conhecia os arguidos antes do processo, admitindo, porém, que falou com António Lobo recentemente. O encontro entre ambos, ocorrido há cerca de duas semanas, aconteceu numa obra no Lugar de Baixo, e segundo a testemunha, foi casual. "Perguntou-me quem tinha assinado a autorização para a obra", explicou António Rodrigues da Silva, causando estranheza tanto ao procurador da República como ao colectivo de juízes. "Essa pergunta poderia ter sido feita ao advogado", disseram.

Este foi o único momento da inquirição que suscitou dúvidas à acusação, numa sessão que decorreu quase em contra-relógio, muito por culpa da ausência das outras duas testemunhas previstas para ontem. Ambas encontram-se ausentes da Região, e o testemunho acabou por ser prescindido pela defesa do ex-presidente da CMPS.

Antes do final da sessão, ainda houve tempo para o colectivo de juízes emitir um despacho a informar os peritos que irão pronunciar-se sobre a conformidade dos projectos que constam dos autos com o Plano Director Municipal, para que o façam por escrito. Desta forma, se o tribunal ficar esclarecido, já não será necessária a presença destes na próxima sessão do julgamento do 'caso' Lobo, agendada para 24 de Novembro.

Além do ex-autarca, o processo senta no banco dos réus, um ex-vereador, dois arquitectos e um fiscal de obras. Todos, à data dos factos, funcionários da autarquia ponta-solense.

Márcio Berenguer

CDU reclama esquadra nova para Ponta do Sol

in DN a 03-11-2006

CDU reclama esquadra nova para Ponta do Sol

A verba estava no Orçamento de Estado mas nunca chegou a ser executada




A CDU prometeu intervir junto das assembleias da República e da Madeira, de modo a ver aprovada a verba destinada à construção de uma nova esquadra da PSP, no concelho da Ponta do Sol.

Segundo Edgar Silva, deputado comunista, o financiamento chegou a estar contemplado no último Orçamento de Estado, só que nunca foi executado. Para 2007, ano de contenção, a verba que estava disponível foi retirada sem explicação, defraudando as expectativas dos polícias e da comunidade local.

Durante a visita à esquadra da PSP da Ponta do Sol, o grupo parlamentar da CDU concluiu que as instalações são deficitárias, que o edifício está implantado sobre um cabeço, exposto ao perigo de derrocadas, colocando em risco a missão e a vida dos agentes. Depois, o único acesso à esquadra é feito através de um arruamento estreito, o que compromete a prontidão do serviço. Em suma, "há um contraste entre o que foi prometido e o que hoje existe", diz Edgar Silva.

Ricardo Duarte Freitas

Wednesday, November 01, 2006

Não foi a PJ que escolheu a data da detenção de Lobo

in DN a 01-11-2006

Estão agendadas novas sessões de julgamento dste caso para os dias 7 e 14 de Novembro.


Não foi a PJ que escolheu a data da detenção de Lobo

Ex-coordenador da PJ no Funchal voltou à Madeira para o julgamento de um processo em que se diz ofendido



Teve ontem lugar no Tribunal Judicial do Funchal o julgamento de um processo em que é arguido Paulo Conceição Rocha da Silva. O director regional de Florestas é acusado pelo Ministério Público (MP) da prática de três crimes de difamação, na sequência de três cartas do leitor publicadas no DIÁRIO.

As cartas do leitor tecem comentários (críticas para a defesa, ofensas para a acusação) sobre a forma como a 3.ª brigada do departamento de investigação criminal da PJ-Funchal deteve o ex-presidente da Câmara da Ponta do Sol, António Lobo, em Outubro de 2004.

O ex-coordenador da PJ-Funchal, Vitor Alexandre, sentiu-se ofendido na sua honra, dignidade e integridade profissional e levou Rocha da Silva ao banco dos réus.

Ouvido na qualidade de arguido, Rocha da Silva disse que nunca teve intenção de ofender "seja quem for".

Por seu turno, Vitor Alexandre, ouvido na qualidade de assistente, garantiu que António Lobo nunca foi algemado enquanto esteve sob a alçada da PJ e que foi a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL) que escolheu o "timing" para a detenção do ex-autarca (coincidiu com a campanha eleitoral para as autárquicas) e não a PJ-Funchal. Mais assegurou que a sua saída da Madeira, pouco depois da detenção, fez-se por ter expirado a sua comissão de serviço de 24 meses e não por causa do caso Lobo.

Para este julgamento foram arroladas como testemunhas diversas figuras públicas, entre elas Alberto João Jardim, que prestou depoimento por escrito. António Lobo, Coito Pita, Ismael Fernandes e Vicente Pestana foram outras figuras chamadas a depor. Coito Pita faltou à chamada, tendo sido condenado a pagar cerca de 200 euros.


Emanuel Silva