Monday, November 20, 2006

Derrocada fecha estrada


in JM a 20-11-2006
Sítio dos Anjos, Canhas, volta a ser notícia

Derrocada fecha estrada




Parte da estrada no sítio dos Anjos foi coberta por entulho e pedras. Os serviços da Direcção Regional de Estradas mobilizaram meios humanos e materiais para a limpeza daquela via.



A antiga estrada regional no sítio dos Anjos, nos Canhas, ficou ontem interrompida ao trânsito por algumas horas devido a uma derrocada ocorrida por volta das 8 horas. Uma apreciável quantidade de entulho, pedras e lama desabou para a estrada, de grande altura, colocando em perigo automobilistas e transeuntes.

Os serviços da Direcção Regional de Estradas mobilizaram meios humanos e materiais para o local numa operação de limpeza que decorreu por volta do meio-dia.

A estrada foi fechada em ambos os lados, quer no acesso da Madalena do Mar, quer no da Ponta do Sol, junto ao túnel, sendo que, neste local, os veículos estavam impedidos de ultrapassar a fita de segurança, pois esta estava a um metro do chão.

Esta situação viria a afectar os residentes que tinham de se dirigir para suas casas, do lado da Ponta do Sol. O deslizamento de entulho para a via pública verificou-se a seguir à queda de água, entre a Ponta do Sol e a Madalena do Mar e as pessoas que queriam ir para suas casas tiveram de aguardar que os serviços de limpeza fossem concluídos. Isto, ao contrário do acesso por parte da Madalena do Mar, já que a fita deste lado foi colocada a uma altura que servia de aviso e permitia ao mesmo tempo a passagem excepcional dos moradores com os seus veículos.

Imprudência
de agricultores


Não é a primeira vez que ocorrem deslizamentos de terras e pedras na zona afectada, só que em pequenas proporções, ao contrário desta que preencheu toda a largura da via. “Felizmente não há vítimas a lamentar” diziam os moradores do sítio, apontando o dedo a agricultores que regam os terrenos de cultivo e, imprudentemente, deixam as águas correrem desgovernadas para a beira da rocha a ponto de provocarem estas derrocadas. “Os terrenos não suportam tanta água e acabam por deslizar e arrastar pedras e entulho para a estrada”, sustentou um dos nossos interlocutores. A este propósito, justifica, as derrocadas naquela zona não se compreendem de outra maneira, visto que a chuva até tem sido muito pouca nestes últimos dias.

Este residente, que também corre o perigo de ser apanhado por uma derrocada devido a essa imprudência, é de opinião que alguém tem de assumir responsabilidades por estas situações anómalas. De entre outras situações, assim como o encerramento daquela via, este residente lembra as despesas inerentes aos meios empenhados pela Direcção Regional de Estradas, num domingo, quando os trabalhadores estão em casa e são “incomodados” para efectuarem aquele serviço.

Recorde-se que a outra parte deste sítio foi afectada há alguns meses por uma derrocada que rebentou com os poços de rega, deixando os agricultores sem água para os seus terrenos. Desta vez é ao contrário, é água a mais que é deixada correr desgovernada para a estrada.


Ferdinando Bettencourt

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