in DN a 01-11-2006
Estão agendadas novas sessões de julgamento dste caso para os dias 7 e 14 de Novembro.
Não foi a PJ que escolheu a data da detenção de Lobo
Ex-coordenador da PJ no Funchal voltou à Madeira para o julgamento de um processo em que se diz ofendido
Teve ontem lugar no Tribunal Judicial do Funchal o julgamento de um processo em que é arguido Paulo Conceição Rocha da Silva. O director regional de Florestas é acusado pelo Ministério Público (MP) da prática de três crimes de difamação, na sequência de três cartas do leitor publicadas no DIÁRIO.
As cartas do leitor tecem comentários (críticas para a defesa, ofensas para a acusação) sobre a forma como a 3.ª brigada do departamento de investigação criminal da PJ-Funchal deteve o ex-presidente da Câmara da Ponta do Sol, António Lobo, em Outubro de 2004.
O ex-coordenador da PJ-Funchal, Vitor Alexandre, sentiu-se ofendido na sua honra, dignidade e integridade profissional e levou Rocha da Silva ao banco dos réus.
Ouvido na qualidade de arguido, Rocha da Silva disse que nunca teve intenção de ofender "seja quem for".
Por seu turno, Vitor Alexandre, ouvido na qualidade de assistente, garantiu que António Lobo nunca foi algemado enquanto esteve sob a alçada da PJ e que foi a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL) que escolheu o "timing" para a detenção do ex-autarca (coincidiu com a campanha eleitoral para as autárquicas) e não a PJ-Funchal. Mais assegurou que a sua saída da Madeira, pouco depois da detenção, fez-se por ter expirado a sua comissão de serviço de 24 meses e não por causa do caso Lobo.
Para este julgamento foram arroladas como testemunhas diversas figuras públicas, entre elas Alberto João Jardim, que prestou depoimento por escrito. António Lobo, Coito Pita, Ismael Fernandes e Vicente Pestana foram outras figuras chamadas a depor. Coito Pita faltou à chamada, tendo sido condenado a pagar cerca de 200 euros.
Emanuel Silva
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