Suplemento / Quinta-feira / 2007-10-04
Ponta do Sol: uma terra de jornais
Foi inaugurada no início desta semana, no Centro Cultural John dos Passos, a exposição documental intitulada “Terra de Jornais: A imprensa pontassolense”. Uma mostra documental realizada no âmbito do Município da Cultura pela jornalista Teresa Florença que reúne, em oito painéis, informação relativa à imprensa que foi feita naquel concelho no início do século XX. A investigação feita pela autora partiu da análise de periódicos do Arquivo Regional da Madeira, podendo ser apreciados nos textos que acompanham a exposição, o quotidiano pontassolense e aquilo que os jornais da época retratavam.
De acordo com a coordenadora do Município da Cultura, Marisa Santos, os cinco jornais expostos e escolhidos para esta exposição mostram o quanto foram importantes para o desenvolvimento do concelho e para a troca de ideias entre as figuras mais ilustres da Ponta do Sol. Também o facto de ali funcionar o tribunal de comarca contribuiu para o desenvolvimento da imprensa e da própria sociedade.
Assim sendo, e já que falamos nos cinco jornais, nesta mostra são recordados os jornais “O Brado d’Oeste” (editado a 2 de Junho de 1909; “A Época” (1911); “A Sentinela”(8 de Agosto de 1909; “A União” (31 Janeiro de 1918) e o “Ecos da Madeira”(1920) e ainda algumas figuras que marcaram a imprensa pontassolense, tais como Clemente Freitas da Silva, António Monte Varela e José Maria da Conceição Macedo. De acordo com notas de Teresa Florença, publicadas no livro sobre a exposição, «no global, foram projectos pouco duradouros, como outros que surgiram no país e no Funchal. Sobreviveram à custa de sacrifícios pessoais e também dos anunciantes e assinantes. Revelam modos de pensar, de agir, de sentir. Identificaram-se com os ideiais e sobretudo com os homens do seu tempo».
De salientar que até ao final do ano, e mediante marcação prévia, o Serviço Educativo do Arquivo Regional pretende dinamizar esta exposição, através de visitas orientadas e da dinamização de um dossiê pedagógico sobre a imprensa periódica, junto das escolas locais.
Se ainda não visitou esta mostra tem até ao último dia deste ano (31 de Dezembro) para o fazer.
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