Feira promove cultura e derivados da cana

I Feira da Cana de Açúcar
A 6 e 7 de Maio de 2006
no Mercado dos Agricultores dos Canhas
PONTA DO SOL

Notícia publicada no Jornal da Madeira a 05.05.2006
Feira promove cultura e derivados da cana



A I Feira da Cana-de-Açúcar que se realiza nos Canhas é um desejo muito antigo dos produtores da Ponta de Sol, o maior concelho produtor de cana. Será uma forma de promover a cultura da cana e incentivar o consumo dos seus derivados.

O Mercado dos Agricultores nos Canhas acolhe este fim-de-semana a I Feira Regional da Cana-de-Açúcar. Este evento promovido pela Casa do Povo e Câmara Municipal da Ponta do Sol e engenhos da Região visa promover e divulgar a cultura da cana sacarina que a partir de 2000 tem registado uma subida de produção e de rendimento aos produtores.

Na conferência de imprensa para apresentação do certame, o edil da Ponta do Sol, Rui Marques, disse que a feira é uma forma de “homenagear todos aqueles que ainda persistem na produção da cana sacarina, realçar algumas tradições associadas à faina da cana e promover os produtos derivados de forma a incentivar o consumidor a utilizar os produtos regionais em detrimento dos produtos concorrentes”.

O director regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural apresentou alguns números que justificam o desenvolvimento da produção de cana de açúcar, referindo que em 2000 a produção situou-se nas 2.800 toneladas enquanto em 2005 subiu para as 4.000 ton., um aumento de cerca de 40%. Em igual período o preço pago aos produtores registou um aumento de 80% passando dos 13 cêntimos/Kg para os 24 cêntimos/kg.

“Tudo isto se conjugou para que o sector da cana-de-açúcar seja hoje mais pujante e um bom suporte para a actividade dos engenhos e para uma das culturas tradicionais mais importante para a nossa identidade”, frisou Bernardo Melvil Araújo.

A abertura da Feira será pelas 18 horas de sábado, destacando-se a projecção de um DVD alusivo à faina da cana-de-açúcar. No domingo a feira realiza-se em simultâneo com o mercado dos agricultores, sendo um “duplo motivo” para uma deslocação ao Centro Abastecedor dos Canhas.

Sublinhe-se que os engenhos da Calheta e do Ribeiro Seco vão comercializar todos os seus produtos a “preços de feira”, ou seja muito baixos e que não são praticados ao longo do ano.

Carlos Silva