Monday, April 23, 2007

Património da Ponta Sol




in JM a 22-04-2007

Uma exposição
“Património da Ponta Sol”




No âmbito do Município da Cultura – Ponta do Sol 2007 está patente no átrio do Centro Cultural John Dos Passos uma exposição intitulada: “Património da Ponta do Sol”. Enquadrada nas comemorações do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, assinalado a 18 de Abril, esta iniciativa da Direcção de Serviços de Património Cultural/DRAC, coloca em destaque alguns dos aspectos mais importantes do Património da Ponta do Sol.

Esta mostra, engloba um total de 25 painéis, onde se destaca a qualidade técnica e o rigor da informação fornecida, seja através de texto ou através da imagem. Por sua vez, estes painéis subdividem-se em doze temáticas, as quais abrangem de um modo bastante pormenorizado o Património do concelho da Ponta do Sol. Partindo do geral, onde num primeiro momento é apresentada uma caracterização geral do concelho, a Ponta do Sol, do ponta de vista patrimonial, é repartida pelos seguintes temas: “Espaço Urbano”, “Espaço Rural”, “Vias de Comunicação e acessos”, “Humanização da Paisagem”, “Arquitectura Civil”, “Arquitectura Tradicional”, “Arquitectura Religiosa”, “Património Móvel” e “Actividades”.
“Património da Ponta do Sol” trata-se de uma exposição que não se restringe apenas ao património móvel ou imóvel. É abrangente e estabelece uma ligação, directa ou indirecta ao meio envolvente, seja este construindo ou não, incluindo as vias de comunicação e acessos.

Entre os demais exemplos que poderiam ser destacados, é de referir a técnica, engenho e qualidade artística do tecto múdejar da igreja de Nossa Senhora da Luz, igreja matriz do concelho; a adaptação bem conseguida da malha urbana ao relevo, adaptação essa que permite fruir espaços pitorescos, harmoniosos e à escala humana, marcados pela História, pelo mar e pelo sol; a beleza da orografia do concelho, nomeadamente os lombos e vales abruptos e os notórios valores de integração ambiental, materializados em especial pelas pequenas construções rurais, que humanizam, vincadamente, a paisagem.

Para um maior entendimento e, numa linguagem acessível, pode-se ler no texto de apresentação que: «O povoamento da ilha da Madeira foi, nos inícios, feito ao longo da costa, junto dos cursos de água. A igreja constituía, então, o centro de um pequeno aglomerado, cujo carácter urbano espelhava a capacidade empreendedora e o desenvolvimento económico alcançado pelos respectivos habitantes.

O desbravamento das terras encosta acima motivou a construção de pequenas habitações junto dos espaços de lavoura. Essas terras pertenciam a grandes senhorios, construtores de solares com capela anexa.

Hoje em dia, uma parte importante do valor e significado histórico destes núcleos e lugares reside nos velhos edifícios que atravessaram os séculos e são um legado tangível e insubstituível, pela natureza da sua arquitectura – tipologia, escala e materiais – e pelo património móvel integrado que albergam. O conhecimento técnico e cultural de tal herança (conjugado com saberes imateriais) é cada vez mais determinante para a promoção da qualidade de vida das populações e um relevante factor económico de atracção, na medida em que a preservação do património, no mundo globalizado de hoje, constitui um agente fulcral do desenvolvimento».

Marisa Santos


“Património da Ponta do Sol”
Exposição
Centro Cultural John dos Passos – Ponta do Sol
Até 29 de Abril

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