Thursday, January 03, 2008

Município 2007 disse adeus


Município 2007 disse adeus A Escola Secundária da Ponta do Sol foi uma das entidades que abraçaram este projecto.

Depois de um ano cheio de eventos, caberá à Câmara manter a cultura na PonTa do Sol

in Dn a 30-12-2007

Depois de um ano 'em cheio', a ameaça da desertificação cultural é uma realidade. Cabe, segundo João Henrique Silva, director regional dos Assuntos Culturais, à Câmara da Ponta do Sol dar continuidade a uma programação anual, em parceria com os agentes culturais, mantendo activo o Centro John dos Passos e não deixando morrer a política implementada pelo primeiro 'Município da Cultura' madeirense.

Ao Governo, através da Direcção Regional dos Assuntos Culturais e da própria autarquia, coube mostrar que há um caminho para andar e que a cultura também se vive fora dos grandes centros, resumiu.

Música, teatro, dança, exposições, conferências e homenagens fizeram parte da vida da Ponta do Sol ao longo deste ano, na edição de estreia do 'Município da Cultura'.

Ao longo das mais de 50 semanas, o Centro Cultural John dos Passos e mesmo as principais ruas da vila ganharam nova dinâmica com a canalização de muitos dos eventos culturais para este concelho e criação de novos.

Num adeus anunciado à nascença, a iniciativa que visa a dinamização, descentralização cultural e formação do público terminou ontem, com as cantigas ao Menino Jesus.

A iniciativa do Governo Regional, realizada em parceria com a Câmara Municipal, trouxe dividendos. Segundo João Henrique Silva, director regional dos Assuntos Culturais, os principais objectivos foram concretizados, nomeadamente a realização de forma sistemática de eventos culturais, a dinamização das infra-estruturas e do próprio município e o aumento do número de público em eventos deste género.

Usando o Município da Cultura 2007 como 'balão de ensaio', e retirando dele algumas lições, João Henrique Silva, aponta como aspectos a melhorar as estratégias de publicitação dos eventos. Também ao nível de programação, admitiu: "Poderia ser melhor", mas a disponibilidade financeira não proporcionou alternativas, como a apresentação de mais propostas de fora da Região.

FuncHal terá mais dinheiro
Cerca de 50 mil euros foi quanto a DRAC disponibilizou para o Município da Cultura em 2007 através de contratos-programa. Para 2008 este valor ainda não foi formalizado, mas João Henrique Silva, sem referir para já os números, adiantou que a verba para o Funchal será superior à da Ponta do Sol, ainda que devido à contenção financeira, os números não sejam muito superiores.

Com o orçamento da DRAC, mais a verba disponibilizada pela Câmara da Ponta do Sol, o 'Município da Cultura 2007' consegui reunir cerca de 20 mil espectadores nas sensivelmente sessenta iniciativas distribuídas ao longo do ano.

De cartaz que ontem terminou com a actuação dos Xarabanda e do Grupo Coral e Instrumental da Casa do Povo da Ponta do Sol, destaque para a exposição documental 'Terra de Jornais: A Imprensa Pontassolense 1909-1923'; para a conferência 'Música: compreender com a razão para ouvir com emoção', com Francisco Loreto; para a peça 'Elas Sou Eu', uma comédia musical pelo Teatro Novo; para o ciclo de concertos 'Sons do Mundo', para o bailado da Companhia de Dança da Madeira e para a Biblioteca de Verão na Praia da Ponta do Sol.


Paula Henriques

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