in JM a 27-10-2006
Jardim diz que é preciso «ajudar a realizar um país que passa maus momentos»
Desenvolver sem litigar
Alberto João Jardim disse ontem, na Ponta do Sol, que a Região não pretende litigar seja com quem for, nem muito menos abrir brechas na unidade nacional. Tal como afirmou, «O nosso objectivo é ajudar a realizar um país que passa por muitos maus momentos. Um país que tem de ser mudado e que nós temos de ajudar a mudar».
Alberto João Jardim aproveitou, ontem, a inauguração da Escola Básica do 1.º ciclo com pré-escolar do Lombo dos Canhas, na Ponta do Sol, para dizer que o resultado dos investimentos que têm sido feitos na Educação fazem com que cerca de 90% do parque educativo da Madeira seja produto da Autonomia.
O presidente do Governo Regional disse ontem, na inauguração das obras de redimensionamento da Escola Básica do 1.º ciclo com pré-escolar do Lombo dos Canhas, na Ponta do Sol, que o objectivo da Região «não é litigar seja com quem for», mas sim ajudar um país que passa por muitos maus momentos.
Segundo o chefe do Executivo madeirense, «um dos grandes esforços da autonomia foi o investimento na educação. Não há democracia sem um povo educado. Não há democracia nem Autonomia se as novas gerações não estiverem preparadas. Se não estiverem preparadas não é possível levarmos por diante os nossos objectivos».
E os nossos objectivos, disse Jardim, «não é litigar seja com quem for, nem muito menos abrir brechas na unidade nacional. O nosso objectivo é ajudar a realizar um país que passa por muitos maus momentos. Um país que tem de ser mudado e que nós temos de ajudar a mudar».
«Hoje — prosseguiu o chefe do Executivo madeirense — cada um de nós, na sua profissão, no seu lar, sente o impacto de políticas que parecem vir da cabeça de doidos. E, nós temos que saber, sem perder a dimensão daquilo que está errado, temos que saber, com serenidade, enfrentar a situação e dar-lhe a volta».
Aliás, disse, «pela nossa vida fora, pela nossa história fora, certamente que outros momentos se irão pôr entre o povo madeirense e será defrontado com mais dificuldades. Mas esta escola, todas as escolas, os investimentos que estamos a fazer em Educação, e que fazem com que quase 90 por cento do parque educativo da Madeira seja produto da Autonomia. Esses investimentos irão preparar estes jovens para terem capacidade de enfrentar as dificuldades». E alertou, «que não tenhamos ilusões, também se vão deparar às gerações deles e o que eu quero, o que desejo, é que eles ao se sentirem bem preparados para defender a Madeira eles se lembrem dos professores, dos pais e dos governantes que os preparam para serem cidadãos de mérito».
A eles, disse, «para as próximas gerações, temos de nos empenhar para eles saberem se defender. O nosso desafio não é só agora, o nosso desafio é no futuro, com a preparação que lhes soubermos dar».
Momento de luta do povo madeirense
De acordo com Alberto João Jardim, «este é um momento de luta do povo madeirense. Não ter medo dos que de fora nos querem afrontar e destruir os direitos que conquistamos em 30 anos de Autonomia política e, por outro lado, saber desprezar aqueles que são traidores da sua própria terra».
Em seu entender, «este não é um problema de diferentes ideologias políticas. Isto não é um problema de legítima e saudável diferença entre os partidos políticos. Isto é, agora, uma terra inteira que quer defender os seus direitos independentemente das legítimas crenças políticas de cada um e gente que há cá dentro e que ajuda a trair a sua própria terra. Eu direi: não passará».
Alberto João Jardim referiu-se ainda às críticas feitas por «um desses energúmenos colaboracionistas — gente que não tem vergonha de se fazer com os inimigos da Madeira —», divulgadas na comunicação social, que dizem que nada tem sido feito na Ponta do Sol.
Para comprovar o contrário, Jardim disse que ainda há bem pouco tempo esteve numa outra inauguração naquele concelho e adiantou que «estamos a trabalhar tão bem aqui como noutros concelhos», felicitando, por isso, o presidente da autarquia local.
Marsílio Aguiar
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