in JM a 13.06.06
Deolinda foi «determinante»
O inspector Rui Manuel Figueira foi ontem ouvido pelo Tribunal da Ponta do Sol. O polícia garante o envolvimento de António Lobo nos «actos ilícitos» verificados na autarquia e classifica de «determinante» a ajuda da arquitecta no desfecho do caso.
O inspector Rui Manuel Figueira esteve, ontem, a ser ouvido no Tribunal da Ponta do Sol no âmbito do processo de alegada corrupção na Câmara Municipal local, que senta no banco dos réus cinco arguidos, todos com ligação à autarquia à data dos factos.
O inspector, que presenciou o momento da detenção da arquitecta Deolinda, após esta ter recebido 15 mil euros supostamente para serem entregues ao arguido António Lobo em troca da aprovação de um projecto do denunciante João Pestana, disse que as declarações da arquitecta foram «determinantes» para a investigação levada a cabo pela Polícia Judiciária. Se não fosse o contributo de Deolinda, afirmou o inspector, detectar os processos ilegais seria como «encontrar uma agulha no palheiro».
in DN a 13.06.06
PJ explicou investigação
O inspector Figueiredo foi ouvido na sessão de ontem do julgamento do caso "Lobo" elucidando o tribunal sobre a forma como foi conduzido o processo
O inspector da Polícia Judiciária responsável pela investigação que levou à detenção do ex-presidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol, António Lobo, e de mais quatro pessoas, mostrou-se ontem, em tribunal, convicto da culpabilidade do ex-autarca.
«Não há dúvidas que o senhor António Lobo estava ligado a isto», respondeu o inspector Rui Faria Figueiredo ao procurador do Ministério Público, apontando como exemplos os 173 mil euros que foram encontrados em contas pessoais do ex-presidente da Câmara, as escutas telefónicas e o silêncio posterior no telefone de Lobo, após as primeiras detenções do caso.
A ausência de dúvidas de Faria Figueiredo contrastou com as muitas apresentadas na sessão de ontem do julgamento por Arnaldo Matos. O advogado de defesa de António Lobo questionou o inspector sobre a orientação das investigações, acusando a Polícia Judiciária de ter definido como «objectivo» o ex-autarca e as empresas camarárias. Segundo ele, a Judiciária orientou as investigações do caso com base em «conclusões», «conjecturas pessoais» e «especulações», por isso é que não tentou deter António Lobo em flagrante, como aconteceu com a arguida Deolinda.
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