Monday, July 24, 2006

VI Mostra Regional da Banana

Entre o Governo Regional e as cooperativas de banana

Protocolos melhorados

in JM a 23-07-2006

O secretário regional do Ambiente e dos Recursos Naturais anunciou que o Governo Regional vai melhorar os protocolos com as cooperativas de banana, de modo a que as transferências financeiras passem directamente dos cofres públicos para as contas dos agricultores, por forma a evitar os atrasos que têm vindo a se registar ultimamente.

O Governo Regional vai melhorar os protocolos com as cooperativas de banana, por forma a garantir uma maior eficácia e cumprimento dos prazos de pagamentos aos agricultores.

O anúncio foi feito pelo secretário regional do Ambiente e dos Recursos Naturais, que ontem presidiu à abertura da VI Mostra Regional da Banana, na Madalena do Mar.
De acordo com Manuel António Correia, uma das principais alterações prende-se com as transferências de dinheiro do Governo Regional e da União Europeia, as quais deverão passar directamente dos cofres públicos para os agricultores, «indo directamente para as suas contas, para evitar os atrasos que se têm vindo a suceder». O governante disse que do ponto de vista jurídico, os apoios da União Europeia têm de passar pelas cooperativas, mas acrescentou que «vamos introduzir a obrigação de a cooperativa assinar uma ordem de transferência quase directa, para melhorar os prazos de pagamento».

O secretário regional aproveitou para sublinhar que a produção de banana é «muito importante, não só em termos económicos, como também em termos sociais e ambientais, porque contribui para compor a nossa paisagem». Segundo referiu, a produção está estabilizada à volta das vinte mil toneladas. Enquanto que o ano passado houve uma quebra causada por factores naturais externos ao sector, nomeadamente um «péssimo ano hidrológico», neste momento «já estamos em recuperação e vamos estabilizar rapidamente nos valores tradicionais».

Manuel António Correia disse ainda que a Madeira sofreu uma transformação estrutural «muito grande» nos últimos trinta anos, sendo que o desenvolvimento, aliado à escassez de terreno e à orografia acidentada, fez com que houvesse uma redução da produção. Contudo, esclareceu que a diminuição da quantidade foi prevista e que não havia outra alternativa senão a da melhoria das condições de vida dos madeirenses.

Além da ronda pelas barracas, o responsável visitou uma exploração de bananeiras e registou que um agricultor está a exportar este fruto, produzido de forma biológica, para França e que já foi contactado por armazéns ingleses para lá colocar o seu produto.


Ricardo Caldeira

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