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Thursday, September 21, 2006
Criminosos na mira de Jardim
Presidente recusa que a Madeira seja solidária à força com as asneiras do Estado
Criminosos na mira de Jardim
Jardim não esteve ontem pelos ajustes na inauguração de um infantário na Ponta do Sol. Denunciou as manobras que estão a ser feitas para que a Madeira pare o percurso de desenvolvimento, lembrando que houve História antes da Autonomia. E com muito dinheiro mandado para Lisboa.
in JM a 21-09-2006
Alberto João Jardim, que por euquanto se recusa a qualificar pessoalmente, o ministro das Finanças, classifica de loucura os cortes provocados pelo governante no que toca aos pagamentos para as obras públicas até ao final do ano.
«Toda a gente sabe que todos os portugueses são iguais à face da Lei». Esta foi uma das frases de Alberto João Jardim, ontem, pouco antes de explicar que «é criminoso estar a tirar os meios que permitam ao povo madeirense ter igualdade de direitos ao do continente».
A medida que o Governo da República quer tomar para provocar uma asfixia às contas da Região, é uma forma de tentar fazer com que a Madeira seja «solidária» à força com o Estado, algo terminantemente recusado pelo chefe do Executivo por três razões: a História da Madeira começa antes de 1976, quando se deu a autonomia, estivemos 550 anos a mandar dinheiro para Lisboa e a insularidade torna as coisas mais caras.
Alberto João Jardim, que por euquanto se recusa a qualificar pessoalmente, o ministro das Finanças, classifica de loucura os cortes provocados pelo governante no que toca aos pagamentos para as obras públicas até ao final do ano.
O líder do Executivo recordou, então, que «há trinta anos que andamos a dizer que as políticas de Lisboa estão erradas, tendo alertado o suficiente para agora questionar o que é isto que nos estão a fazer».
Por outro lado, o presidente do Governo Regional não entende porque é que «querem que os madeirenses sejam solidários com ele, mas dizem que não são solidários com os madeirenses». «Parece que está tudo louco», concluiu Jardim.
Antes de terminar, garantindo que não será solidário com os que fizeram asneiras, o governante classificou de mais grave ainda o facto de na Madeira existirem pessoas que colaboram com a pouca vergonha que essa gente está a fazer ao povo madeirense, porque é triste ver os nossos a nos trair».
Jardim não se esqueceu de cumprimentar o ex-autarca António Lobo, que esteve presente na cerimónia.
Por seu lado, quando usou da palavra, Rui Marques, o presidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol, aproveitou para pedir a Jardim que continue a dar uma «mãozinha» ao concelho.
Cristina Costa e Silva
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