Thursday, September 21, 2006

Jardim denuncia estratégia "criminosa" de Lisboa


Jardim denuncia estratégia "criminosa" de Lisboa

As provocações da República visam, em última instância, a autonomia regional da Madeira

in DN a 21-09-2006



Alberto João Jardim denunciou ontem, na Ponta do Sol, a estratégia de provocações de Lisboa e garantiu que, ao contrário do que esperam, está disposto a "jogar ao gato e ao rato" com o Governo de José Sócrates. O que é certo é que não dará argumentos para que digam, na Assembleia da República e ao Presidente da República, que «a pátria está em perigo».

Na inauguração do infantário do Livramento, na Ponta do Sol, o presidente do Governo falou das invejas e das provocações, mas também da atitude criminosa que Lisboa está a ter com os madeirenses. «Nem sequer é com o Alberto João», mas com a população, a quem se pede que seja solidária e se retira direitos e dinheiro. E isso, na opinião do chefe do executivo, «é criminoso», pois significa que, na Madeira, o povo não terá as mesmas condições que no resto do território português.

Isso, explicou depois, é uma provocação, um ataque à autonomia regional, uma forma de atingir a Assembleia Legislativa. Aliás, já com o discurso feito, a placa descerrada e as instalações visitadas, Alberto João Jardim confessou aos jornalistas que em Lisboa há uma estratégia deliberada de provocação. Todos os dias, de um modo ou de outro, tentam provocar, com a questão do dinheiro, reacções excessivas no Governo e no PSD. «Fazem isso conhecendo o meu feitio e o de alguns companheiros de partido».

O objectivo é dizer, com base nessas reacções, que «a pátria está em perigo» na Assembleia da República e ao Presidente da República . No entanto, Jardim, que já percebeu as intenções, está disposto a aguentar, a "jogar ao gato e ao rato". As reacções excessivas só tem quando quer. No fim, se verá quem ganhou o combate.


Marta Caires

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