Monday, September 11, 2006

Música das Vespas na Ponta do Sol motiva várias queixas na PSP

O volume intenso dos sons electrizantes fez com que algumas casas do concelho da Ribeira Brava estremecessem

in DN a 11-09-2006


Música das Vespas ao vivo no túnel da Ponta do Sol incomodou moradores da Ribeira Brava.

Os sons electrónicos tocados durante a madrugada de domingo no túnel da Ponta do Sol - que agora funciona como parque de estacionamento - originaram uma onda de protesto motivada pelos residentes do concelho vizinho, a Ribeira Brava.

A intensidade da música do evento The Tube fez com que as pessoas que moram no concelho da Ribeira Brava não conseguissem dormir, ficando várias horas acordadas.

Em declarações ao DIÁRIO, Ezequiel Silva, um dos moradores que apresentou queixa à PSP, disse que «as pessoas não pregaram olho durante a madrugada» por causa da festa organizada pelas Vespas.

Ezequiel Silva explicou também que as casas estremeciam porque o volume da música «estava altíssimo». Só por volta das 6h00, altura em que terminou a festa, as pessoas puderam descansar, mas não sem antes contactarem as autoridades policiais.

Indignado com toda a situação, este ribeira-bravense acusou a Câmara da Ponta do Sol de «faltar ao respeito para com os moradores da Ribeira Brava» porque, de acordo com o queixoso, o executivo camarário da Ribeira Brava aprovou um regulamento que proíbe a realização de eventos musicais a partir das 23h00.

Alguns populares telefonaram para o Comando Regional da Polícia de Segurança Pública (PSP) e para a esquadra da Ponta do Sol, por forma a que os agentes tomassem alguma medida. Ezequiel Silva foi um dos moradores que apresentaram queixa junto das autoridades policiais, que, no momento da apresentação da denúncia, nada puderam fazer porque o evento musical estava devidamente licenciado pela autarquia.

Os moradores da Ribeira Brava que apresentaram queixa dizem que se o cenário voltar a acontecer, «vamos organizar um movimento de cidadãos e pedir explicações à Câmara. Situações destas não podem voltar acontecer», conclui.


Filipe Gonçalves

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