Friday, February 23, 2007

7,5 milhões para estabilizar a escarpa do Lugar de Baixo

Todo o talude foi vedado com malha metálica, para evitar a queda de materiais. O desafio maior é 'desmontar' o rochedo e eliminar o perigo.


in 23-02-2007

7,5 milhões para estabilizar a escarpa do Lugar de Baixo

A obra de consolidação da falésia sobranceira à marina foi adjudicada à 'Construtora do Tâmega Madeira SA'



O Governo Regional vai despender pelo menos 7,5 milhões de euros para resolver o problema da instabilidade na escarpa sobranceira à marina do Lugar de Baixo.

A obra destinada à estabilização da falésia foi adjudicada à empresa 'Construtora do Tâmega' Madeira, S.A.', pelo montante de 7.485.260 euros (a acrescer de IVA). Segundo a resolução n.º 74/2007, publicada no Jornal Oficial da Região, a 13 deste mês, a obra deverá ser realizada no prazo de um ano.

A decisão foi tomada em plenário do Conselho de Governo, reunido no dia 1, mas surge na sequência de uma resolução anterior, datada de 28 de Setembro.

Desconhecida é, para já, a data para o início da obra. O pedido de demissão de Alberto João Jardim e a perspectiva de a Assembleia Legislativa da Madeira vir a ser dissolvida limita bastante o campo de execução do Governo Regional. Ao DIÁRIO, fonte do Gabinete do secretário regional do Equipamento Social, Santos Costa, referiu que os trabalhos "começarão em breve, logo após serem resolvidas as questões de disponibilidade dos terrenos que lhes dão acesso, processo que está nesta data já em curso".

A intervenção na escarpa deverá atender às recomendações de um estudo geológico efectuado pelo Laboratório Regional de Engenharia Civil, dias após o problema de risco de quebrada ter sido levantado por uma reportagem publicada nas páginas deste matutino, em inícios de Abril. Desde então, as medidas adoptadas pela Sociedade de Desenvolvimento da Ponta Oeste (que tem a concessão da marina) têm sido preventivas. O acesso foi vedado e a falésia sustentada com malhas metálicas, evitando a queda das pedras de pequeno porte.

A 'Construtora do Tâmega' ficará incumbida de resolver o problema a montante, no sítio conhecido precisamente por Quebradas. É no topo da escarpa, onde os terrenos de bananal estão sob forte irrigação, que a erosão processa o desgaste da falésia, ameaçando ruir.


Ricardo Duarte Freitas

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