Sol não brilhou para todos
Pontassolense perdeu o primeiro lugar nos últimos minutos, Ribeira Brava e Machico garantiram a manutenção
in DN a 08.05.2007
Das três equipas regionais que jogavam as suas ambições na última jornada da II Divisão apenas o Pontassolense não teve o 'brilho' do sol do seu lado. Mesmo assim, a equipa de Lito Vidigal teve o primeiro lugar 'preso' por minutos, até o Freamunde marcar em Bragança, já em tempo de compensação, e acabar de vez com a ilusão madeirense.
A época terminou em tristeza depois de o 'play-off' ter sido uma certeza para quem teve uma vantagem tão alargada para os adversários.
Tristeza foi o que não houve em Machico e na Ribeira Brava. A equipa de Humberto Câmara sabia que a vitória por duas bolas de diferença 'selava' a manutenção e cumpriu à risca o seu objectivo enquanto o conjunto orientado por Carlos Graça nem precisou dos três pontos para se pôr a cobro da despromoção. A ganhar despediram-se o União, a Camacha, que acabou no pódio, e o Portosantense, que depois de alguma convulsão interna, consegue um tranquilo oitavo lugar.
Na III Divisão, o Caniçal caminha decidido para juntar o título de campeão da série E à ascensão ao escalão secundário, enquanto o Santana continua a procurar melhorar a sua classificação e o Câmara de Lobos só muito dificilmente não irá garantir a permanência.
Em foco - Equipas madeirenses: muitas razões para festejar
Chegados ao fim de mais uma edição do campeonato nacional da II Divisão são muitas mais as razões para festejar que o contrário no balança à produção das sete equipas madeirenses que nele participaram.
Uma conclusão pode ser retirada desde logo. A Madeira vai manter, no mínimo, o seu número de representantes na prova, devido a não se ter verificado nenhuma descida, e à subida do Caniçal. E, caso o União não consiga a promoção à Liga de Honra, a região terá oito equipas em competição em 2007/08.
De um modo geral, os objectivos anunciados no início da temporada foram alcançados, com maior ou menor dificuldade, conforme o caso, ao ponto de apenas esta tendência se poder pôr apenas em causa em relação ao Pontassolense que teve tudo para chegar à frente na sua série e, vítima da sua irregularidade, acabou por ser ultrapassado já em cima da linha de meta. De tal modo foi inglório que se passou, que se pode afirmar que só muito dificilmente o clube da Ponta da Sol voltará a ter outra oportunidade igual a esta no futuro.
Machico e Ribeira Brava também deixaram a resolução das suas situações para 'segundas épocas' mas tiveram um final feliz, tal como o União, justo vencedor da série B, ou a Camacha, brilhante terceira classificada, e até o Portosantense, conduzido por Lima Pereira, que resistiu bem às vagas de choque vindas de onde menos se esperava. E mesmo o Marítimo tem motivos para se sentir satisfeito, mesmo que a última imagem, goleada caseira frente ao Pontassolense, não estivesse de acordo com o produzido nas 25 jornadas anteriores.
Emanuel Pestana
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