10-01-2007
Cooperação depende de pedido de desculpas
90% das obras anunciadas para a Ponta do Sol estão por cumprir, acusa o PS
Qualquer tentativa de diálogo entre os Governos Regional e da República só é viável se Jardim mostrar arrependimento pelo "registo de ofensa" e pela "guerrilha" contra o primeiro-ministro. O alerta é do líder do PS-Madeira.
Ontem, na Ponta do Sol, Jacinto Serrão considerou ainda que não vale a pena o líder do Executivo madeirense apelar à intervenção de Cavaco Silva, se não provar que está interessado em acabar com "os insultos" e com o seu "baixo nível educacional".
O presidente do PS-M acredita que o facto de Jardim ter admitido, na passada segunda-feira, que Belém também deve ter iniciativa para promover a cooperação institucional entre as Regiões Autónomas e o Governo central é já um "pedido de desculpas implícito" e "uma manifestação clara do arrependimento".
Ainda assim, Serrão deixa um aviso: "O Presidente da República não é muito dado a jantarinhos, nem o primeiro-ministro".
No entender do líder do PS, a confirmar-se a intervenção de Cavaco Silva, será o próprio Presidente da República a 'fazer' com que o líder do GR peça desculpa aos membros do Governo central.
As declarações de Serrão foram proferidas ontem no intervalo de um encontro promovido com os autarcas do PS da Ponta do Sol. Um dia antes de Jardim se reunir com a Câmara local, os socialistas acusaram o governo "laranja" de prejudicar o concelho, cortar no investimento e não concretizar as obras anunciadas.
Nas palavras do vereador José Manuel Coelho, a Ponta do Sol é, hoje, um concelho endividado e sem capacidade para investir. "A meio do mandato, 90% das obras anunciadas estão por concretizar", acusa o socialista que considera também urgente a revisão do Plano Director Municipal.
Patrícia Gaspar
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